Saúde

Butantan testa isolamento eficiente em cidades do interior paulista

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As cidades de Batatais e Taquaritinga, no interior paulista, vão ser alvo de um projeto do Instituto Butantan, que pretende testar, rastrear e monitorar a transmissão local da covid-19. O projeto, chamado de Isolamento Inteligente, entra em prática neste sábado (29) em Batatais e, na próxima quinta-feira (3), em Taquaritinga.

Para o projeto, o Butantan vai fornecer testes rápidos de antígeno e de RT-qPCR, que serão distribuídos para as unidades básicas de saúde (UBSs). Os testes serão aplicados em pacientes sintomáticos ou assintomáticos que tiveram contato com pessoas com diagnóstico confirmado de covid-19.

“A testagem é uma estratégia muito importante que, associada ao rastreamento de contatos, pode otimizar o isolamento correto das pessoas que testaram positivo para a doença, de modo que o vírus não circule na cidade. A ideia é democratizar o acesso à saúde e gerar impactos positivos no combate à pandemia em Batatais”, disse a secretária da Saúde de Batatais, Bruna Toneti. O município está em lockdown desde o dia 15 deste mês.

Aplicativo

Todas as informações coletadas nos testes serão integradas à plataforma Tainá/Global Health Monitor. Por meio desse aplicativo, os moradores dos dois municípios vão receber os resultados dos testes, além de dicas de prevenção, endereço de hospitais mais próximos e mapas de risco.

As pessoas terão que baixar o aplicativo e fazer, diariamente, uma autoavaliação, que consiste em responder a questões rápidas sobre os sintomas, contato com indivíduos infectados, hábitos de prevenção e transporte, vacinação e distanciamento. Se a autoavaliação indicar que a pessoa pode ter a doença, ou já estar com sintomas de quadro leve, moderado ou grave, ela será orientado a se dirigir a uma UBS e fazer um exame de detecção de covid-19.

Se a pessoa já estiver com sintomas (febre, tosse, nariz escorrendo ou entupido, dor de barriga ou diarreia, enjoo, dificuldade para sentir cheiros ou gostos, dores no corpo, dor de garganta, dor de cabeça que vai e volta, dificuldade para respirar, ou cansaço maior do que o normal), deve buscar os locais onde se realizam os testes RT-qPCR.

Caso não apresente sintomas, mas tenha tido contato com alguém que está com sintomas, ou que teve diagnóstico positivo, a pessoa deve buscar os locais onde são feitos os testes rápidos de antígeno. O resultado do exame será enviado por meio do aplicativo. Se o diagnóstico for positivo, a pessoa terá que se manter em isolamento em casa.

Por meio do aplicativo, o morador da cidade também vai ser notificado de casos positivos confirmados próximos de seu endereço e monitorar sua exposição ao vírus nos lugares em que transita.

As informações dos participantes do projeto são sigilosas.

Inquérito domiciliar

O Butantan informou que vai realizar também inquérito domiciliar em cerca de 2 mil residências de Batatais e Taquaritinga. Cada município vai ser dividido em 11 regiões, denominadas clusters. Em cada cluster, serão sorteadas 32 residências que receberão a visita de dois agentes de saúde. Todos os moradores, sem limite de idade, poderão fazer o teste rápido de antígeno para detectar a presença do coronavírus. A cada 15 dias, haverá novo sorteio, e novas casas serão selecionadas em cada cluster. Essa rotina vai se repetir por três meses.

“Com o isolamento inteligente, será possível manter as pessoas infectadas em suas residências e monitorar os contactantes em tempo real. Essa medida, aliada à vacinação, pode contribuir para que gradativamente os municípios possam manter suas atividades econômicas e, ao mesmo tempo, conter a transmissão do vírus”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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