Economia

BC regulamenta depósitos remunerados de instituições financeiras

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As instituições financeiras poderão depositar voluntariamente dinheiro no Banco Central (BC) em troca de uma remuneração e ajudando no controle da inflação. O órgão regulamentou hoje (19) os procedimentos para operar os depósitos voluntários remunerados.

Segundo o órgão, o novo instrumento de política monetária poderá começar a ser usado na última semana de agosto, depois de testes na próxima semana. A data exata ainda será decidida pela diretoria do BC. “Com a nova ferramenta, o Banco Central aperfeiçoa a gestão da liquidez bancária e se equipara a outros importantes bancos centrais do mundo que já atuam com o instrumento”, informou o BC em nota.

Presentes em diversos países, os depósitos voluntários remunerados ajudam no controle da inflação porque retiram dinheiro em circulação da economia. O uso desse instrumento estava autorizado pela Lei 14.185, sancionada em julho pelo presidente Jair Bolsonaro.

Além dos depósitos voluntários, o BC tem três ferramentas para fazer política monetária e regular a quantidade de dinheiro em circulação. A mais usada são as operações compromissadas, venda e compra de títulos públicos na carteira do Banco Central por prazos curtos, e que sustentam a taxa Selic fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Os outros instrumentos são os depósitos compulsórios, dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas a manter no Banco Central, e as operações de redesconto, empréstimos para socorrer por algumas horas ou dias bancos que não conseguem cumprir os requisitos mínimos de capitais das instituições financeiras.

Sem endividamento

Diferentemente das operações compromissadas, que envolvem títulos da dívida pública, os depósitos voluntários não impactam o endividamento do governo. Segundo o chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do BC, André de Oliveira Amante, a remuneração dos depósitos voluntários deve ser semelhante à das operações compromissadas, atrelada à Selic.

Apesar da remuneração similar, o volume voluntariamente depositado pelas instituições financeiras no Banco Central deve ficar bem abaixo dos níveis das operações compromissadas. Atualmente, existem de R$ 920 bilhões a R$ 930 bilhões em operações compromissadas de curto prazo no país.

Para o chefe de departamento do Banco Central, a grande vantagem dos depósitos voluntários está na simplicidade e na praticidade. “Do lado do Banco Central, eles são muito favoráveis porque independe da existência de lastro na carteira de títulos [do BC]. Isso está em linha com a lei de autonomia do BC”, justificou.

Os depósitos voluntários, informou Amante, serão oferecidos de duas maneiras: em leilões com hora marcada e em ofertas permanentes, que permitem aos bancos fazerem os depósitos quando quiserem. Segundo ele, o BC pretende começar a oferecer os depósitos voluntários pela segunda modalidade. Os testes operacionais serão feitos no próximo dia 25. Dependendo do resultado, o instrumento pode entrar em vigor a partir do dia 30, mas a data ainda precisa ser ratificada pelos diretores do órgão.

Edição: Fábio Massalli

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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