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Barco Papaguapé limpa o Lago Paranoá

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Carlos, o operador do barco, conta que já tirou TVs e até uma geladeira do lago | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Conhecido como “Papaguapé”, um barco diferente navega pelo Lago Paranoá semanalmente. Tem uma missão nobre, que é realizar a limpeza do espelho d’água e controlar a quantidade de plantas aquáticas em toda a extensão do lago. De propriedade da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), está em operação desde 2012.

“Já retirei aqui do braço sul do lago televisores, restos de sofá e até mesmo uma geladeira. Nesses casos, um barco de apoio nos ajuda a retirar. Acho que é preciso mais conscientização e também educação para a população, né?”Carlos Augusto Oliveira, operador do barco

A máquina tem 12 metros de extensão, quatro metros de largura e motor a diesel. Conta com três esteiras e dois ceifadores verticais, que servem para cortar a vegetação. Foi batizada de Papaguapé pois, quando chegou à Caesb, retirava quilos e mais quilos de aguapés (espécie aquática) que se espalhavam pelas margens. Hoje, a população dessa planta quase não existe mais e foi substituída pelas carcaranas.

Mas passou a chamar a atenção uma quantidade enorme de inservíveis e lixo que hoje também ocupa a carga da embarcação. Em 2020, foram recolhidos 9,7 mil metros cúbicos de material, o que corresponde a 1.940 contêineres cheios. Já esse ano, até o final de fevereiro, o barco já retirou cerca de 600 metros cúbicos, ou seja, 120 contêineres lotados de sujeira do lago.

Confira o vídeo:

O lixo jogado no Paranoá é dos mais variados, como conta o operador do barco, Carlos Augusto Oliveira. “Já retirei aqui do braço sul do lago televisores, restos de sofá e até mesmo uma geladeira. Nesses casos, um barco de apoio nos ajuda a retirar”, explica. “Acho que é preciso mais conscientização e também educação para a população, né?”, sugere.

Ele tem como ponto de partida a Estação de Tratamento de Esgoto Sul (ETE Sul), próximo à Faculdade Unieuro. E circula muito pela parte sul do espelho d’água, nas proximidades da Ponte das Garças. O parque Deck Sul, por exemplo, é um dos locais onde muito lixo é retirado. Mas, o Papaguapé já fez serviços também nas margens do Lago Norte e atende sob demanda.

“Recebemos muitas vezes ligações de moradores, informando de resíduos nas margens, situações que precisamos limpar. E, assim, vamos organizando a rota”, pontua a gerente de operações da Caesb, Lucilene Batista. “Toda a manutenção e a operação é feita pela companhia. E o material recolhido segue todo para o Aterro Sanitário de Brasília”, completa.

“Recebemos muitas vezes ligações de moradores, informando de resíduos nas margens, situações que precisamos limpar. E, assim, vamos organizando a rota”Lucilene Batista, gerente de Operações da Caesb

Controle ambiental

Conhecidas como macrófitas, as plantas aquáticas se desenvolvem rapidamente e estão muito presentes no espelho d’água de Brasília. Um “tapete verde” de carcaranas se concentra nas proximidades do Deck Sul. São cortadas pelo barco ceifador, mas não em sua totalidade.

Segundo a bióloga do Brasília Ambiental, Danielle Lopes, as espécies não devem ser eliminadas, sob hipótese nenhuma. “São plantas fundamentais para o ecossistema, pois servem de alimento e dão abrigo para animais menores como peixes e anfíbios, entre tantas propriedades ”, observa.

Por fim, ela aponta que o crescimento exagerado traz sinais importantes . “Esse alastramento exagerado é um sinal de que a água dali tem muita matéria orgânica. É preciso cuidar “, conclui Danielle.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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