Geral

Baixas temperaturas mudam a rotina no Jardim Zoológico

Publicado

em


Com temperaturas abaixo dos 10° C registradas, o frio começa a dar as caras no inverno brasiliense. Mas não é só a população que busca um lugarzinho ao sol. A rotina dos animais do Jardim Zoológico de Brasília também muda nessa época do ano. A alimentação reforçada é um dos cuidados, além de novos abrigos que são colocados para garantir o conforto térmico da bicharada.

As cobras ganharam novas tocas e aquecedores para ajudar no controle da temperatura corporal  | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A reportagem da Agência Brasília visitou o parque e acompanhou o trabalho dos funcionários. O uso de aquecedores térmicos, a criação de novas tocas, o feno para forrar as superfícies e até pequenas mantas são recursos utilizados na atual estação para que o frio não comprometa a saúde dos animais.

150kg de feno são utilizados mensalmente para ajudar a manter os animais aquecidos

Os répteis estão entre os animais que não controlam a temperatura do corpo e têm o seu metabolismo reduzido no inverno. No serpentário, 12 aquecedores tomam conta do espaço, e espécies como a jiboia arco-íris e a corn snake ganharam novas tocas que as protegem das baixas temperaturas e permite que continuem a se alimentar. Os aparelhos mantêm a temperatura do ambiente em torno dos 25° C.

“As cobras precisam do calor do ambiente para se aquecer e iniciar suas atividades”, explica o diretor do Setor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do zoo, Carlos Eduardo Nóbrega. “A gente ainda consegue dar uma espreguiçada e fazer um exercício na academia. Já esses bichos precisam primeiro acordar, se aquecer e depois rastejar por um recinto e procurar suas presas.”

“Alguns animais gostam de ficar mais entocados ou dormindo. Quando o sol bate nos recintos, eles correm atrás de um pouco de calor” Luísa Helena Rocha, superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico

Feno e cobertores

O feno, utilizado na alimentação de alguns animais, também se torna um item indispensável na época do frio. É com as chamadas “camas de feno” que se acalentam diferentes espécies, como mamíferos e aves. O zoológico gasta uma média de 150 kg da forragem por mês na estação de baixas temperaturas.

Os macacos e o tamanduá Tarumã agora têm suas casinhas equipadas com o material. A dieta se torna mais calórica para enfrentar a temporada.  “Nossos zootecnistas aumentam as calorias da comida, pois esses animais gastam mais energia para manter a temperatura do corpo”, explica o biólogo Thiago Marques. “Também deixamos pequenos cobertores de feltro para os primatas, pois eles os apreciam, assim como humanos”.

Dieta enriquecida

As aves, que costumam eriçar as penas no frio, também carecem de cuidados. São cerca de 250 espécimes no zoológico, e o aviário onde moram ganha barreiras como bambus e folhagens de palmeiras nas telas para segurar o vento. O feno vai para os ninhos. A alimentação, por sua vez, é reforçada com a introdução de castanhas, sementes de girassol, e grãos com maior quantidade de gordura.

O comportamento dos bichos, naturalmente, muda. “Podemos dizer que ficam mais preguiçosos”, adianta a superintendente de Conservação e Pesquisa da instituição, Luísa Helena Rocha. “Alguns gostam de ficar mais entocados ou dormindo. Quando o sol bate nos recintos, eles correm atrás de um pouco de calor”. Segundo Luísa, no frio, há um tipo de adaptação a ser processada de acordo com a classe do animal.

Aos visitantes do zoo, um casaco é recomendado especialmente no período da tarde.  O parque está aberto de terça-feira a domingo e atualmente recebe um limite de 2,5 mil pessoas por dia. O horário de funcionamento é de 9h às 17h, período durante o qual são obrigatórios o uso de máscara e adoção de distanciamento, aproveitando o tamanho do espaço.

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Geral

Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

Publicados

em

Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA