Saúde

Anvisa esclarece divergência com OMS sobre uso do rendesivir

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu hoje (11) porque decidiu liberar o antiviral rendesivir para tratamento de covid-19, apesar de o medicamento não ser recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em novembro do ano passado, a mesma medicação, da biofarmacêutica americana Gilead Sciences, foi liberada para uso no tratamento do novo coronavírus pela Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa.

“O estudo da OMS avaliou mais a ocorrência de mortalidade e pacientes com perfil um pouco diferente dos avaliados nos outros estudos que consideramos para liberar o remédio. O estudo que consideramos válido focou na redução do tempo de hospitalização dos pacientes e vimos que houve uma redução na hospitalização”, ressaltou a gerente de avaliação de segurança e eficácia da Anvisa, Renata Soares, acrescentando que a situação de ocupação de leitos de UTI no país pesou na decisão.

Ainda segundo a Anvisa, o antiviral está liberado, exclusivamente, para uso hospitalar e é recomendado para internados com pneumonia, com suplementação de oxigênio, e não se restringe à forma leve, moderada ou grave, desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica ou por membrana extracorpórea.

O medicamento deve ser administrado de maneira venosa em pacientes com idade superior ou igual a 12 anos, que tenham, no mínimo, 40 quilos. O tratamento é feito em, no mínimo, 5 dias, com tempo máximo de 10 dias.

“É importante ressaltar que esse é o primeiro medicamente com indicação, em bula, para covid-19, fruto de análise de eficácia e qualidade”, destacou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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