Saúde

São Paulo suspende aulas presenciais por duas semanas

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou hoje (12) a suspensão das aulas presenciais da rede pública municipal e nas escolas particulares a partir da próxima quarta-feira (17) até o dia 1º de abril. Com o feriado prolongado da Páscoa, na prática os estudantes só deverão voltar à sala de aula no dia 5 de abril, depois do domingo de Páscoa (4 de abril). 

A antecipação do recesso de julho na capital paulista complementa a medida que já havia sido tomada pelo governo de São Paulo em relação à rede estadual. O governo paulista anunciou ontem (11) um endurecimento da quarentena contra o novo coronavírus no estado, com  a interrupção das aulas presenciais, fechamento de setores considerados essenciais e toque de recolher a partir das 20h. Na capital paulista, as escolas privadas poderão também antecipar o recesso ou manter as aulas de forma remota.

“Essa medida se faz necessária para que a gente consiga conter o avanço da covid-19 na cidade”, disse Covas ao fazer o anúncio. A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais municipais está em 82%. No entanto, um balanço do governo estadual divulgado na última quarta-feira (10) apontava que nove hospitais públicos do município estavam com todos os leitos de UTI ocupados e outro só tinha 5% das vagas disponíveis.

Contaminação na cidade

A prefeitura também aprimorou a metodologia do inquérito sorológico que vem acompanhando a evolução da contaminação na cidade. Além do teste imunomatográfico que vinha sendo feito com a coleta de sangue de voluntários, foi realizado o exame Elisa, semelhante ao usado para detecção do HIV. O segundo exame foi aplicado nos casos com resultado negativo na primeira testagem.

Como resultado, foi verificado um aumento significativo no percentual de pessoas contaminadas com o novo coronavírus na cidade. Assim, 25% dos habitantes da capital paulista já tiveram contato com o vírus, de acordo com o inquérito.

A prevalência é maior na zona sul da capital (28,6%) e menor na parte centro-oeste (19,4%). Nas zonas leste e norte o percentual de contaminados ficou em 26%.

Entre a população mais rica, em regiões com índice de desenvolvimento humano (IDH) mais alto, 20,1% já tiveram contato com o vírus, enquanto entre os que vivem nas áreas com o Índice de Desenvolvimento Humano  (IDH) mais baixo, 28,8% já foram contaminados. A faixa de idade com maior contato com o vírus é entre 18 e 35 anos, com um índice de contaminação de 29,4%.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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