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Adriana Accorsi propõe prioridade para mães solo em políticas públicas de formação de capital humano

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Com o objetivo de favorecer a formação humana das mães solo e auxiliar seus dependentes nas áreas do mercado de trabalho, assistência social, educação infantil, habitação e mobilidade, a deputada Adriana Accorsi (PT) está propondo, através do projeto de lei número 10283/22, que mulheres nessa condição e seus filhos tenham prioridade no acesso às políticas de formação de capital humano. 

Pela definição da Academia Brasileira de Letras, mãe solo é a que assume de forma exclusiva todas as responsabilidades pela criação do filho, tanto financeiras quanto afetivas, em uma família monoparental. O termo veio substituir a designação de “mãe solteira”, pois o entendimento contemporâneo é de que a parentalidade não tem relação com estado civil. 

O capital humano é um conceito que pode ser traduzido como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que favorecem a realização de trabalho de modo a produzir valor econômico, levando-se em consideração que investimentos em educação e saúde podem aprimorar essas habilidades e a vontade de trabalhar dos indivíduos e aumentando sua satisfação e produtividade.

A proposta de Adriana Accorsi se baseia em preceitos constitucionais, como direito à proteção do mercado de trabalho da mulher e o dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos das crianças.  

O PL prevê, entre outros pontos, que as políticas públicas de educação infantil, habitação, mobilidade e concessão de crédito deverão ser formuladas tendo como um de seus objetivos o aumento da taxa de participação da mãe solo no mercado de trabalho e que os programas habitacionais ou de regularização fundiária, em qualquer esfera, deverão dispensar atendimento prioritário à mãe solo. 

Outro artigo da propositura estabelece que as políticas públicas de intermediação de mão de obra e de qualificação profissional terão como objetivo promover a inserção de mães solo no mercado de trabalho e combater a desigualdade salarial entre mulheres e homens. 

A matéria também propõe que a lei (se aprovada e sancionada) terá a vigência de 20 (vinte) anos ou até que a taxa de pobreza em domicílios formados por famílias monoparentais chefiados por mulheres seja reduzida a 20% (vinte por cento). 

A parlamentar apresenta dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para justificar a propositura. Os últimos dados da pesquisa apontam uma taxa de desemprego de 40% a mais para as mulheres em relação aos homens. As mulheres também são as mais afetadas pela informalidade. Segundo dados o IBGE, são mais de 11 milhões de mães solo no Brasil. 

Accorsi entende também que a crise econômica pela qual o país passa, atinge mais as mulheres, e especialmente as que chefiam sozinhas famílias inteiras. “Elas perderam empregos e, com o fechamento das escolas, passaram a viver uma jornada do lar ainda mais desafiadora, o que dificultou ainda mais a sua inserção no mercado de trabalho”, alega. 

A deputada cita ainda dados que comprovam que recursos destinados às mulheres geram maiores impactos sociais. Segundo dados da Iniciativa de Educação de Meninas das Nações Unidas, quando a renda de uma mulher instruída aumenta, ela investe noventa por cento dessa renda de volta em sua família. 

Na compreensão de Adriana Accorsi, o auxílio emergencial ofertado em cota dobrada, em 2020, às mães solo, também mostrou os efeitos positivos dessas políticas voltadas para mulheres, além de ter ajudado a minimizar a perda de renda. Mas para ela, agora é hora de dar um caráter permanente ao benefício. “É preciso ajudá-las em definitivo, apoiando permanentemente as mães solo, não só na Assistência Social, mas também em outras políticas que a ajudem no mercado de trabalho. Investir na mãe solo é fundamental para vencermos a pobreza infantil”. 

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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