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A orquestra e as guerras da Espanha e de Canudos, em julho

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A programação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), no canal do YouTube, em julho celebra produções conjuntas com outros países por meio das embaixadas em Brasília. A organização de concertos é uma das formas de parceria realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), juntamente com as representações internacionais sediadas na capital.

A violinista Barbara Galante se apresenta no dia 13, no Concerto Austríaco | Fotos: Divulgação/Secec

Neste mês, o ponto alto será no dia 20, com um trecho da ópera “For Whom The Bells Toll” (Por quem os Sinos Dobram), composta pelo estadunidense Brian Gundstrom, baseada no livro do escritor Ernest Hemingway (1899-1961). Trata-se de uma iniciativa entre Brasil e Estados Unidos, com o corpo sinfônico nacional sendo encorpado por solistas e intérpretes do outro lado do equador.

No mesmo dia, os seguidores da OSTNCS no canal poderão assistir a um vídeo que documenta, a partir de uma série de entrevistas, como surgiu a ideia da colaboração entre os artistas dos dois países

Juntos,  mas remotamente, gravaram um trecho da ópera nomeada “Robert Jordan Doesn’t Teach English”, que conta a história do personagem que representa Hemingway, um professor de espanhol, na luta contra o fascismo na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), eixo do clássico da literatura mundial.

No mesmo dia, os seguidores da OSTNCS no canal poderão assistir a um vídeo que documenta, a partir de uma série de entrevistas, como surgiu a ideia da colaboração entre os artistas dos dois países. O regente da OSTNCS, Cláudio Cohen, aparece entre os participantes ouvidos pela diretora da Ópera de Seatle, Christina Scheppelmann, encarregada de puxar o fio condutor da narrativa. Um outro vídeo fecha a programação do dia. Trata-se do poema para orquestra “Contentment”,  também de Brian Gundstrom, gravado em Brasília em 2016.

“Canudos” abre a programação

Nesta terça (6), o público poderá rever outra versão musical de um confronto épico: “Canudos, Poema Sinfônico”, do trompista da OSTNCS, Fernando Morais. Um poema sinfônico é uma obra orquestral baseada em narrativa extramusical. O próprio instrumentista diz que “esse é o primeiro concerto brasileiro para trompa e orquestra sinfônica”. Desde 2000, Morais atua como trompista da OSTNCS e é professor da Escola de Música de Brasília (EMB).

“Esse episódio terrível nunca havia sido retratado em música por nenhum compositor da época”, explica o trompista Fernando Morais sobre “Canudos, Poema Sinfônico”

Fernando informa que o poema sinfônico ganhou resenha internacional, e foi classificado como uma das grandes obras para o trompete. A duração aproximada é de 26 minutos, escrita em três movimentos. A motivação para a peça ocorreu há 30 anos, quando Morais conheceu um homem que era descendente direto das pessoas que participaram da guerra. “Esse episódio terrível nunca havia sido retratado em música por nenhum compositor da época”, justifica.

“Canudos”, de 2018, traz uma orquestração grande e complexa, utilizando vários instrumentos de percussão. Ele explica que, para a composição do poema sinfônico, foram utilizados pequenos quadros imaginários que retratam cenas em sequência, começando com o cenário da seca e seguindo para outros marcadores, como por exemplo o homem do sertão cercado pela Caatinga, a aparição do líder Antônio Conselheiro, os embates entre jagunços e expedições militares, o massacre do vilarejo e o cortejo fúnebre.

O restante do mês

No dia 13 de julho, é a vez do Concerto Austríaco, que executará de Louis Spohr (1784-1859) o “Concerto para Quarteto de Cordas e Orquestra”. A audição, gravada em 2016, tem a presença de solos do Quarteto Auner, composto naquele ano por Daniel Auner (primeiro violino), Bárbara Galante Auner (segundo violino), Natalia Binkowska (viola, hoje substituída por Nikita Gerkusov) e Konstantin Zelenin (violoncelo).

Bárbara explica que o compositor, regente e violinista alemão, foi um músico conservador para sua época, cujas peças lembram um pouco o estilo de Mendelssohn e Schumann. Sobre esse concerto para quarteto e orquestra, pontua que ele “explora o virtuosismo individual de cada solista, desafiando a técnica de cada um com escalas e arpejos, sem perder o estilo romântico charmoso e um certo apelo melódico”.

“Podemos dizer que em julho teremos uma série de concertos que demonstram a versatilidade da OSTNCS em suas parcerias celebradas com outros países”Cláudio Cohen, regente da OSTNCS

No dia 27, a OSTNCS apresenta, de Johannes Brahms (1833-1897), o “Concerto para Violino e Orquestra Op.77”, com solo de Oscar Bohorquez. O músico relata que o concerto foi escrito para o compositor húngaro Joseph Joachim, que na época tocou também concertos recitais com Brahms ao piano.

Oscar conta que, para o concerto de Brahms, Joachim escreveu a cadenza, passagem virtuosística, na qual o solista tem oportunidade de exibir sua técnica. “O resultado é que o concerto funciona muito bem para o solista”, resume Oscar, que toca um violino de Guarneri del Gesù do ano 1729 e um arco de Dominique Peccatte de 1845.

“Podemos dizer que em julho teremos uma série de concertos que demonstram a versatilidade da OSTNCS em suas parcerias celebradas com outros países”, finaliza Cohen.

Programação

Canal do YouTube

6/7

Fernando Morais – Canudos Poema Sinfônico

Cine Brasília (28/08/2018)

Regência – Fernando Morais

13/7

Concerto Austríaco

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro

Solista – Quarteto Auner

Daniel Auner – Barbara Galante (violinos)

Natalia Binkowska (viola)

Konstantin Zelenin (violoncelo)

Regente – Alejandro Orellana

Centro Cultural da ADUnB – Universidade de Brasília

(4/10/2016)

20/7

Brian Gundstrom – “Robert Jordan Doesn’t teach English” cena da opera

“For whom the bells tolls” baseada na obra do escritor Ernest Hemingway.

Regência- Cláudio Cohen

Solistas – Alan Naylor, Eliza Bonet, Malte Roesner, Aurélio Dominguez, Lori Sen, Jose Sacin, Antony Zwerdling e Gustavo Ahualli.

Entrevista para “Robert Jordan Doesn’t Teach English”, conduzida por Christina Scheppelmann

“Contentment”, Poema para Orquestra

Concerto Americando

Brian Grundstrom –

Regência – Jeffrey Dokken

(Teatro Pedro Calmon – 13/12/2016)

27/7

Johannes Brahms concerto para violino e orquestra Op.77

Solista – Oscar Bohorquez

Regência – Cláudio Cohen

Cine Brasília (23/7/2016)

*Com informações da Secec

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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