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Prevenção à violência na Primeira Infância: experiências vivenciadas do zero a seis anos determinam o desenvolvimento para toda a vida

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Instituída pela Lei nº 11.523/2007, a Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, realizada entre os dias 12 e 18 de outubro, tem como objetivo sensibilizar e informar a população a respeito da importância do período de zero a seis anos na formação de um indivíduo, uma vez que as experiências vivenciadas nesta fase determinam a estrutura neural para o desenvolvimento das habilidades físicas, cognitivas e socioemocionais necessárias para garantir a saúde física e mental dos indivíduos durante toda a vida.

Com isso, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) alerta para a importância de a sociedade estar atenta aos tipos e causas da violência, bem como formas de denunciar para erradicar quaisquer violações sofridas contra crianças de zero a seis anos.

Conforme ressalta a gerente de Promoção dos Direitos da Primeira Infância, Andréia das Neves Seles, a campanha é de suma importância para informar a sociedade civil sobre a proteção e garantia dos direitos dos pequenos. “O enfrentamento da violência na primeira infância é a garantia do direito de crescer e viver em um ambiente saudável e seguro. O cuidado responsivo nesse período peculiar de desenvolvimento da criança, propiciará a quebra de ciclos viciosos de violência, possibilitando assim que vivam livre de qualquer abuso ou negligência”, disse.

Tipos de violência

Conforme o Ministério da Saúde, os comportamentos de violência contra crianças podem ser caracterizados como abuso, definido como qualquer tipo de maus tratos, ou negligência, caracterizada pela falha dos responsáveis pela criança em cumprir com suas obrigações de ofertar um ambiente saudável e rico em estímulos e afetos positivos. As violências praticadas podem ser classificadas em quatro tipos: física, emocional/psicológico/verbal, sexual e econômica.

De acordo com a psicóloga Beatriz Maranhão dos Santos, vivenciar situações de violência durante esse período de formação traz sequelas que podem perdurar até a vida adulta. “A criança acaba tendo prejuízos nas capacidades fundamentais que permitiram o aprimoramento de habilidades futuras. Esses prejuízos se dão no aprendizado, causando dificuldade de adaptação em diferentes ambientes, atrasos na fala, dificuldade de socialização e de lidar com emoções. Podendo se tornar uma criança mais retraída, menos empática, e mais voltada para si. O contrário a isso também pode acontecer, ser muito expansiva, agitada e agressiva”, explicou.

Além disso, a psicóloga reforça que para prevenir as violências durante a primeira infância, o núcleo familiar precisa estar inteirado sobre o tema, além de dialogar com as crianças. “A informação é sempre a melhor arma de defesa. Buscar   informações sobre o tema, nos nutrindo de conhecimento e aprendizado, para identificarmos até quando nós mesmos estamos cometendo algum tipo de violência. Partindo disso, devemos também conversar com as crianças sobre alguns perigos, em uma linguagem própria em que elas possam entender. Além de acompanhar de perto a rotina, conversar, perguntar, criar laços de confiança e um espaço seguro para que elas possam se abrir”, completou.

Canais de denúncia

Em casos de violência física ou sexual, inclusive por familiares, casos de ameaça ou humilhação por agentes públicos, casos de atendimento médico negado, é possível denunciar diretamente no Conselho Tutelar. Confira aqui os contatos dos conselhos no Tocantins.

Por meio do Disque 180 é possível denunciar casos de violência contra mulheres e meninas, seja violência psicológica, física, sexual causada por pais, irmãos, filhos ou qualquer pessoa que viole esse direito. O canal de denúncia é gratuito anônimo.

O Disque 100 também é um canal de denúncia para crimes de violações de direitos de crianças e adolescentes, como violência física ou sexual, sendo denunciados anonimamente.

Palestra

Em alusão a Semana Nacional, a Gerência de Promoção dos Direitos da Primeira Infância da Seciju realizará uma palestra online voltada para profissionais que atuam na Rede de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento online tem como tema “Vacinação no Brasil e no Tocantins: a importância desse cuidado para crianças na primeira infância”.  E ocorrerá no dia 26 de outubro às 9h.

Fonte: Governo TO

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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