Geral
Combate à dengue ganha reforço para regiões onde há mais mosquitos – Agência Brasília
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O ataque ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, será intensificado a partir desta semana em várias regiões do Distrito Federal. Em reunião na última sexta-feira (21), no Palácio do Buriti, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde – órgão da Secretaria de Saúde – e diversos administradores ajustaram ações para o combate à doença. Segundo números da pasta, foram notificados 800 casos prováveis de dengue na primeira quinzena de janeiro na capital.
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Levantamento mensal feito pela subsecretaria apontou que seis regiões administrativas (RAs) do DF apresentam alto índice de infestação do mosquito. Estão no vermelho as seguintes RAs: lagos Sul e Norte, Park Way, Sobradinho II, Planaltina e Itapoã. Tais regiões receberão nessa semana a ação do fumacê e a visita de técnicos da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival).
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“Estamos atuando em todo o DF. Porém, o estudo apontou que essas cidades apresentam no momento maior vulnerabilidade para a dengue. Dessa forma, várias ações de combate serão realizadas nesses locais”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
“Não se trata somente de visitas domiciliares, agora faremos o tratamento focal no combate ao mosquito. Sabemos que ele está ali no local e vamos eliminá-lo”, complementou.
O DF conta atualmente com 1.257 agentes de vigilância ambiental, já em ação na ‘guerra’ ao Aedes aegypti. Além do tradicional fumacê, estratégias como o uso de armadilhas para o vetor da dengue, de drones para identificar áreas infestadas e a ‘fabricação’ de mosquitos com a bactéria Wolbachia, que inibe a transmissão da doença, são empregadas pela Secretaria de Saúde.
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Valero, no entanto, lembra que a colaboração da população é fundamental neste enfrentamento. “É importantíssimo que cada cidadão incorpore o papel de agente contra a dengue dentro do próprio domicílio. O morador deve observar seu quintal e checar se há algum depósito com água, um balde que possa acumular água quando chover. Verificar também se a caixa d’água está fechada corretamente. Tudo isso é indispensável”, frisou.
Em cada cidade, tipos diferentes de foco
Um dos participantes do encontro, o administrador do Itapoã, Marcus Cotrim, contou que se surpreendeu com o alto índice de infestação em sua RA. “Trata-se de um problema antigo no Itapoã e temos de reforçar esse combate. Em nossa cidade, o acúmulo de lixo nas residências e também a existência de muitos terrenos baldios são as principais dificuldades”, pontuou.
Já o gestor do Park Way, Maurício Tomaz, destacou a preocupação em conscientizar os moradores sobre a necessidade de eliminar qualquer tipo de água parada. “A ‘guerra’ é individual, mas o resultado é coletivo. É necessário divulgar, fazer ações midiáticas para que o cidadão possa fazer sua parte e combater o mosquito”, finalizou.
Geral
Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino
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No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.
Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural
A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.
O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.
Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.
“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.
A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.
PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.
“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.
A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.
Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.
CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.
Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.
“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.
O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.
“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.
AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.
As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.
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