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Prefeitura de Campos monitora vazão do Rio Paraíba do Sul

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A prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, está preocupada com a elevação do nível do Rio Paraíba do Sul. De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Civil, em nove horas o nível subiu 26 centímetros, chegando à cota de 10,91 metros às 9h15 de hoje (12). Pelos cálculos do secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto, mantida a média de elevação de dois a quatro centímetros por hora, a cota de 11 metros pode ser atingida ainda nesta quarta-feira.

Desde quinta-feira (6), a Defesa Civil monitora o Paraíba do Sul. Nesse dia, a pasta emitiu alerta sobre um acumulado significativo de chuvas em Campos. As previsões também indicavam a possibilidade de grande volume de chuva em toda a região de influência hídrica do rio. Além do Paraíba do Sul, o Setor de Monitoramento também acompanha o comportamento de todos os afluentes e da calha principal, porque eles impactam diretamente o nível do Paraíba do Sul na cidade.

Nos pontos onde a água do rio está voltando pelas galerias, as equipes da Defesa Civil e do governo seguem colocando sacos de areia, ao mesmo tempo em que equipes técnicas estão realizando vistorias para verificação de todas as informações que chegam sobre pontos de risco.

“Estamos de prontidão, concentrando todos os nossos esforços para minimizar os possíveis impactos das cheias. Nosso foco é o povo, dar assistência ao povo, fazer chegar informação e auxílio a todas as pessoas afetadas, que precisam do governo nesse momento. O prefeito Wladimir está atuante junto com o Gabinete de Crise, definindo com a Defesa Civil as medidas a serem tomadas a cada mudança de cenário”, disse o secretário da Defesa Civil.

No final da tarde de ontem (11), como medida preventiva, a Defesa Civil interditou a ponte Barcelos Martins, no centro, logo após o Rio Paraíba do Sul ultrapassar a cota de transbordo, atingindo 10,43 metros. “A interdição é necessária, uma vez que a correnteza do rio está forte e há acúmulo de vegetação nos pilares da ponte, o que acaba provocando pressão nos pilares, podendo comprometer a estrutura da ponte”, justificou a prefeitura.

Ponte de Campos interditada Ponte de Campos interditada

Ponte de Campos interditada – Aldo Vianna/Prefeitura de Campos

Para impedir o tráfego de motocicletas, bicicletas e a passagem de pedestres, a Guarda Civil Municipal está no local. “A desinterdição só acontece depois que o nível do Rio Paraíba é normalizado e a Defesa Civil realiza vistoria”, completou a prefeitura.

Desalojados 

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sedec-RJ), o número de desalojados em consequência das chuvas que caem desde sexta-feira (7) subiu para 7.800, e há cerca de 700 desabrigados nos municípios atingidos pelos temporais, especialmente nas regiões norte e noroeste do estado.

Conforme a secretaria, agentes estaduais continuam visitando as áreas atingidas para verificar a situação e prestar todo apoio às defesas civis municipais. A Sedec-RJ e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) estão mobilizados para atuar na prevenção e na diminuição dos danos causados pelas chuvas que atingem o estado do Rio. Todas as regiões registram áreas de inundações, deslizamentos, alagamentos e quedas de árvores.

De acordo com a Defesa Civil, até o momento, os municípios de Bom Jesus do Itabapoana, Natividade, Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Cachoeiras de Macacu decretaram Situação de Emergência.

Desde sábado (8), o CBMERJ realizou mais de 360 atendimentos relacionados às chuvas. Até o momento, não há registro de mortos.

Previsão

As avaliações do Centro Estadual de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais do Rio de Janeiro (Cemaden-RJ) indicam, para as próximas horas, a previsão de chuva fraca a moderada isolada durante a manhã e pancadas de chuva moderada a ocasionalmente forte, de forma isolada, a partir da tarde, em todas as regiões do estado.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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