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“HomenAUgem” aos bravos cães da segurança pública do DF
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O Comando do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) da Polícia Militar do DF (PMDF) realizou, na manhã desta sexta (15), a primeira cerimônia de Honra ao Mérito K9 em homenagem a nove cães da PMDF e dois do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), que se aposentaram após cumprirem anos de deveres e missões em seus respectivos batalhões.
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Os cães homenageados receberam uma medalha e seus respectivos condutores foram agraciados com um diploma de honra ao mérito pelos serviços prestados. Os binômios cães – policiais atuaram em centenas de missões por mais de oito anos, como busca por pessoas desaparecidas e foragidos da Justiça, detecção de drogas, armas, munições e explosivos, além de proteção e defesa.
“Nossas tropas especializadas são referência nacional. É muito merecida essa homenagem em vida aos cães e aos servidores, que adotaram esses cães depois que eles se aposentaram”Cel Márcio Vasconcelos, comandante-geral da PMDF
“O trabalho de policiamento com cães é essencial hoje em dia”, resumiu o comandante do BPCães, major Carlos Augusto Reis. “Não existe equipamento que se equipare à capacidade deles de detecção de odores específicos. A PMDF é grata aos cães por esses anos de dedicação, eficiência e inigualável trabalho realizado junto aos seus condutores”.
Um dos homenageados foi o cão Kalel, que em 2019 participou de uma missão na qual foram apreendidas duas toneladas e meia de drogas, além de quatro mil munições e duas armas, na BR-060, na altura do Engenho das Lajes. O primeiro-sargento Ricardo Monteiro, condutor de Kalel nas missões, se emociona ao comentar sobre a parceria com o cão. “Ele mudou a minha história profissional. Moro em Florianópolis, mas vim especialmente para a homenagem para honrar tudo o que fizemos juntos”, afirma.
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O comandante-geral da PMDF, coronel Márcio Vasconcelos, exaltou o trabalho feito no BPCães e em outros batalhões da corporação. “Nossas tropas especializadas são referência nacional. É muito merecida essa homenagem em vida aos cães e aos servidores, que adotaram esses cães depois que eles se aposentaram. Vocês são um grande orgulho para a gente”, ressaltou.
O secretário de Economia, André Clemente, reforçou a importância que o trabalho com cães tem na vida da sociedade do DF. “São criaturas importantes no sistema de segurança pública. As forças são o exemplo de maior presença do Estado, que nos permite viver em harmonia. Homenagear estes cães é um reconhecimento deles como servidores, que fizeram um trabalho exemplar e merecem este cuidado”, afirmou.
Geral
Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino
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No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.
Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural
A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.
O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.
Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.
“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.
A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.
PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.
“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.
A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.
Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.
CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.
Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.
“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.
O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.
“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.
AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.
As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.
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