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Começa, nesta terça (14), a Semana do Alimento Orgânico

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Com abertura nesta terça (14), às 11h, no Parque Granja do Torto, a Semana do Alimento Orgânico no Distrito Federal, que faz parte da Exposição Agropecuária de Brasília (Expoabra), segue até sábado (18). A abertura será nesta terça-feira, às 11h, no Parque Granja do Torto, onde também haverá uma feira de produtos orgânicos. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) estará presente com palestras técnicas sobre o tema.

Palestras, que são virtuais, fazem parte da programação da Expoabra | Arte: Divulgação/Emater

“Este ano, o tema tem o objetivo de atrair mais consumidores, dar mais credibilidade aos produtos orgânicos e também ampliar o número de produtores” Verinaldo da Silva Sousa, presidente da Comitê da Produção Orgânica do DF

Os debates serão virtuais, totalizando cerca de 14 horas de apresentações ao vivo, reunindo mais de 40 profissionais do setor, que vão trazer conteúdos diversos para produtores rurais e o público em geral. Para participar, é necessário inscrever-se previamente no site da Expoabra.  Iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Semana do Alimento Orgânico é realizada anualmente, em todo o país.

Com o tema Alimento orgânico: sabor e saúde em sua vida, a campanha tem como meta ressaltar os benefícios do alimento orgânico na promoção da saúde, na segurança alimentar e nutricional, bem como o sabor e o aproveitamento integral dos alimentos, aliado ao respeito ao meio ambiente e à justiça social.

O objetivo também é informar os consumidores onde encontrar e como identificar os produtos e serviços vinculados à produção orgânica. “Este ano, o tema tem o objetivo principal de atrair mais consumidores, dar mais credibilidade aos produtos orgânicos e também ampliar o número de produtores”, resume o representante do Grupo Korin e presidente da Comitê da Produção Orgânica (CPOrg) do Distrito Federal, Verinaldo da Silva Sousa.

A programação virtual inclui a participação de técnicos da Emater e nutricionistas, com informações sobre alimentos orgânicos, e também chefs de cozinha, com receitas simples e práticas sobre pratos que representam uma boa alimentação. No formato presencial, o Parque de Exposições da Granja do Torto apresentará feiras e exposições.

Para os produtores, também serão apresentados resultados de pesquisas da Embrapa e da Universidade de Brasília (UnB). Uma das lives organizadas pela Emater vai trazer informações e orientações sobre compras governamentais. O objetivo é mostrar aos produtores de orgânicos esse meio de comercialização como mais uma oportunidade de negócio.

“Nossa intenção é estimular o consumo, mostrar as vantagens para quem consome e também para quem produz, além de capacitar agricultores” Daniel Oliveira o gerente do Escritório Especializado em Agricultura Orgânica e Agroecologia da Emater

No encerramento, uma grande feira vai reunir representações de produtores, cooperativas e empresas atuantes no setor de produção, comercialização e insumos. No último ano, a Semana do Alimento Orgânico também foi realizada em formato virtual. As transmissões foram assistidas ao vivo por mais de 2,3 mil pessoas.

As palestras

Entre os temas abordados nas palestras da Emater, estão benefícios para o corpo e o meio ambiente, inserção de jovens, tecnologias disponíveis, crédito e comercialização. “Nossa intenção é estimular o consumo, mostrar as vantagens para quem consome e também para quem produz, além de capacitar agricultores”, explica o gerente do Escritório Especializado em Agricultura Orgânica e Agroecologia da Emater, Daniel Oliveira.

Certificação

Atualmente, 257 produtores do Distrito Federal são certificados como orgânicos. Isso quer dizer que produzem de acordo com o que estabelece a Lei n° 10.831, de 23 de dezembro de 2003.

Essa legislação define como orgânicos sistemas de produção que “adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais” onde “não se utilizam materiais sintéticos, organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente”.

Acompanhe, abaixo, a programação das palestras on-line da Semana do Alimento Orgânico.

  • Terça -feira (14)
    Abertura: 14h, no palco principal do Parque Granja do Torto.
  • Quarta (15)
    10h30: Contribuições das instituições públicas na produção orgânica.
    14h: Orgânicos: mais do que alimento, um estilo de vida.
    15h30: Preparando um prato orgânico com mais sabor e saúde
    17h: A ciência na produção dos orgânicos.
  • Quinta (16)
    10h30: Compras governamentais: oportunidades para os orgânicos.
    14h: Garantias no alimento orgânico; conheça todo processo.
    15h30: Melhorando sua produção orgânica através do crédito.
    17h: Participação dos jovens na produção orgânica.
  • Sexta (17)
    9h: Utilizando o controle biológico na produção de orgânicos.
    10h30: Pagamentos por serviços ambientais: possível caminho para produção orgânica?
    15h30: Aumento da sustentabilidade na produção orgânica: insumos e práticas.
    17h: Sistemas de produção orgânica: casos de sucesso.

*Com informações da Emater

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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