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A importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil

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O setembro dourado chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil que, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), já representa, no Brasil, a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. No Distrito Federal, é a primeira causa de morte por doença na faixa etária de 5 a 19 anos.

Segundo a médica oncologista e hematologista pediátrica Isis Magalhães, diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), o câncer em crianças e adolescentes apresenta características biológicas distintas do câncer em adultos. “Por serem predominantemente de natureza embrionária, são constituídas de células indiferenciadas, normalmente de crescimento rápido e células tumorais que atingem outros órgãos além de seu local primário, ou, como podemos dizer, trata-se de uma doença sistêmica”, explica.

A médica destaca que, paradoxalmente, esse comportamento agressivo da doença, com número grande de células em divisão, faz com que os tumores na infância sejam mais sensíveis à quimioterapia, tornando essa modalidade de terapia a principal arma para o tratamento do câncer em crianças e adolescentes.

Os tipos mais prevalentes nessa fase são as leucemias, linfomas e os que atingem o sistema nervoso central.

Diagnóstico precoce

Ainda não é possível falar em prevenção quando se trata de câncer infantojuvenil. Isso porque, de acordo com a diretora técnica do HCB, diferentemente do que ocorre no adulto, não existe evidência sobre exposições ambientais específicas estarem relacionadas ao desenvolvimento da doença nesse público. Assim, ela alerta que a ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce, preciso e ao tratamento adequado.

“Com o uso de protocolos multi-institucionais baseados em quimioterapia sistêmica, é possível alcançar taxas significativas de cura. Em alguns tipos como a leucemia linfoide aguda, o mais comum, as taxas de cura chegam hoje a 80%”, destaca.

Sintomas

Segundo Isis, é muito importante que os profissionais de saúde, principalmente, o pediatra geral estejam atentos a algumas formas de apresentação do câncer na infância, tendo em vista que, às vezes, apresentam sintomas semelhantes aos de doenças comuns na infância.

Além disso, a médica faz um alerta aos pais. “É importante que estejam atentos para o fato que a criança não ‘inventa’ sintomas e que, ao sinal de alguma anormalidade, leve seus filhos ao pediatra para avaliação”, indica.

Ela complementa ressaltando que, na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas o acompanhamento daqueles que se prolongam além do habitual deve incluir avaliações adicionais do médico especialista.

Tratamento

O tratamento se inicia com o diagnóstico precoce e correto, além de exames específicos e necessários para identificar os vários subtipos de cada câncer, sua extensão ou estadiamento (processo que determina a localização e extensão do câncer no corpo do paciente) para planejamento do tratamento adequado.

“Os protocolos podem aliar várias modalidades de terapia, sendo que a cirurgia e a radioterapia também podem ser usadas em sequência à quimioterapia”, pontua.

Ao término do tratamento, a médica informa que a criança e o adolescente devem ser acompanhados para os riscos de recaída do tumor nos primeiros cinco anos, bem como para monitorar os efeitos tardios do tratamento e conscientizar sobre práticas de vida saudável para prevenção de câncer na fase adulta.

Atendimento

O HCB é parte integrante da rede de saúde pública do DF e presta assistência especializada em pediatria voltada a doenças de maior complexidade. O hospital não atende emergências, sendo necessário o encaminhamento de um médico/pediatra da rede para marcação de consulta na Central de Regulação.

“O HCB oferece à população pediátrica uma saúde pública de qualidade com equidade e de forma integral no enfrentamento do câncer infantojuvenil”, reforça a médica.

Setembro dourado

Foi idealizado pela Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc) para informar e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.

* Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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