Política Nacional
Witzel: faltou diálogo para definição de ações contra a pandemia
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta quarta-feira (16), o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel disse que a situação da pandemia de covid-19 no Brasil seria melhor se tivesse ocorrido um “diálogo” entre os governos estaduais e federal.
Para o ex-governador, se o Brasil tivesse negociado com os governos chinês, alemão e norte-americano para comprar insumos, respiradores e vacinas, “nós não teríamos ficado à mercê dos preços dos mercados internacionais”.
Witzel relatou à CPI que tanto governadores como prefeitos ficaram desamparados. “Os governadores, prefeitos de grandes capitais e pequenos ficaram totalmente desamparados do apoio do governo federal, isso é realidade inequívoca documentada em várias cartas que encaminhamos ao presidente da República”, afirmou. O político sugeriu ao relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que todas essas cartas sejam encaminhadas à CPI e constem do relatório.
Cooperação
Perguntado sobre a cooperação entre o Ministério da Saúde e os governos estaduais durante o tempo em que esteve como governador, Wilson Witzel disse que diversos pedidos, feitos por meio de ofício, de hospitais de campanha e insumos enviados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro ficaram sem resposta. “O nível de cooperação foi praticamente zero”, afirmou.
O ex-governador disse ainda que foi um dos primeiros a implementar o isolamento social, inclusive determinando o fechamento de praias. Ele relatou à CPI que questionou o governo federal sobre a demora no auxílio emergencial, mas que não havia respostas claras aos governadores.
Hospitais de campanha
Ainda ao falar sobre as medidas adotadas no estado por causa da pandemia, disse que “houve uma sabotagem dos hospitais de campanha por alguns deputados estaduais”. Sem citar nomes, lembrou que um desses políticos teria dito à imprensa “que tinha gasto nos hospitais de campanha de R$ 25 milhões com jardinagem”. “Mentira, porque a planilha dizia que o gasto era para limpeza de leito de CTI”, argumentou.
Impeachment
Ex-juiz federal, Witzel estava afastado do posto de governador desde agosto de 2020 e perdeu o cargo o final de abril, após o Tribunal Especial Misto aprovar por unanimidade seu impeachment. À época, o político foi considerado culpado pelo crime de responsabilidade na gestão de contratos da área de saúde durante a pandemia de covid-19 no estado. No depoimento, Witzel disse ter sido vítima de perseguição.
Aos senadores, Witzel disse ainda que sabe que corre “risco de vida” ao depor na CPI da Pandemia, por conta de milícias ligadas à gestão de Saúde no Rio de Janeiro. Segundo ele, seu “calvário” político teria começado quando avançaram as investigações do caso do assassinato da então vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Três anos depois do atentado, o mandante do crime não foi esclarecido. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou os ex-policiais militares Ronie Lessa e Élcio de Queiroz por homicídio. Os dois estão presos.
Habeas corpus
A ida de Witzel à CPI ocorreu mesmo depois da decisão de ontem (15) do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Marques concedeu a Witzel o direito de não comparecer à CPI da Pandemia. Ainda pela decisão, ele não precisou assumir o compromisso de dizer a verdade e não é obrigado a responder às perguntas. O ex-juiz federal também ganhou o direito de ser acompanhado por seu advogado.
Depois de pouco mais de três horas de depoimento, Witzel usou o habeas corpus e pediu para se retirar da reunião da CPI. O ex-juiz federal teve o pedido atendido pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), que encerrou a sessão. Até esse momento, ele só havia respondido a perguntas de senadores oposicionistas e de um aliado ao governo, Jorginho Mello (PL-SC). Os demais senadores da base estavam aguardando a ordem estabelecida por inscrição para fazer perguntas.
Edição: Bruna Saniele
Política Nacional
Bolsonaro: militares têm a obrigação de garantir a liberdade
O presidente Jair Bolsonaro reiterou hoje (21) as afirmações que vem fazendo, de que entre as obrigações das Forças Armadas está a de garantir a liberdade da população. A declaração foi feita durante a cerimônia de formatura de 281 novos sargentos da Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP).
Estou aqui, hoje, vendo uma garotada que se espalha pelos quatro cantos do Brasil para levar patriotismo e dedicação às cores de nossa bandeira”, disse o presidente em rápido discurso. “E a obrigação maior de todos nós militares, além de fazer cumprir a nossa Constituição, é garantir a nossa liberdade; aquilo que realmente nos move, nos dá alegria e prazer”, acrescentou.
De acordo com a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto, o presidente retorna, em seguida, a Brasília, onde se reunirá, ainda hoje, com ministros.
Edição: Valéria Aguiar
-
Cidades28/04/2024
Eleitores de Turvelândia vão as urnas hoje eleger prefeito interino
-
Saúde29/04/2024
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
-
Ação Social29/04/2024
Agehab começa construção de casas a custo zero em 43 novos municípios
-
Caldas Novas27/04/2024
Aeroporto de Caldas Novas (GO) teve aumento de 23% de passageiros no 1º trimestre de 2024 em relação a 2023
-
Nacional02/05/2024
Governo lança campanha “Fé no Brasil” e destaca avanços na economia
-
Internacional02/05/2024
Brasil lidera diálogos sobre integridade da informação e regulação de plataformas
-
Agro02/05/2024
Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo