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Voto feminino

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Nesta quinta-feira, 3, é comemorado, no Brasil, o Dia da Instituição do Direito ao Voto da Mulher. A data, inserida no calendário do Governo Federal em 2015, foi instituída por meio da Lei n. 10.086. Ela é celebrada devido a criação do projeto de lei sobre o tema, em 1930.

No Congresso Nacional, está em tramitação o projeto de lei 1951/21, do Senado, que estabelece um percentual mínimo e gradativo de cadeiras nos legislativos (federal, estaduais e municipais) para candidatas mulheres. Caso o caráter de urgência aprovado houvesse se mantido, o escalonamento já teria começado a valer a partir das eleições deste ano, atingindo 18% das vagas proporcionais nas diferentes instâncias do Poder Legislativo. O mesmo percentual também se aplicaria para o pleito municipal de 2024, chegando até o limite de 30% em 2038 e 2040.

Caso já tivesse sido sancionada, as mulheres teriam conquistado, nas eleições deste ano, um total de sete vagas no Parlamento goiano. O número é quase o dobro do atual resultado das urnas, que elegeu apenas quatro mulheres como deputadas estaduais para a próxima legislatura. 

Entre as eleitas estão Bia de Lima (PT), Vivian Naves (Progressistas), Rosangela Rezende (Agir) e Zeli Fritsche (PRTB). Todas estreiam mandato parlamentar na Casa, a partir de fevereiro do ano que vem. Com a medida entrando em vigor, a perspectiva é de que conquistem 12 cadeiras no Plenário da Alego, até 2038.

Para saber mais sobre o assunto, basta acessar matéria completa divulgada pela Agência Câmara de Notícias.

Vale destacar que, conforme o Mapa das Mulheres na Política 2020, feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de representação feminina no parlamento. Na América Latina, por exemplo, está à frente de Belize (169º) e Haiti (186º), mas atrás de Argentina (19º) e Bolívia (3º). Ao todo, na lista, estão presentes 191 países.

A busca pela justa representação feminina na política é fruto de um longo histórico de luta. Ela remonta o período imperial, com a conquista do direito das mulheres à educação escolar. Vale lembrar que “ser alfabetizado” foi durante muito tempo um requisito obrigatório para o exercício do voto. Veja, a seguir, uma breve cronologia desta história, que também é resgatada nas comemorações acionadas pela data de hoje.  

Cronologia do voto feminino

1827 – Com a Lei Geral – promulgada em 15 de outubro – as mulheres conquistam o direito à educação básica. 

1832 – A  educadora, escritora e poetisa do Rio Grande do Norte, Nísia Floresta, publica o livro “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”. O artigo exigia igualdade e educação para todas. A escritora também defendeu a emancipação dos escravos, a liberdade de culto e a federação das províncias sob um sistema de governo republicano.

1891 – No primeiro dia do ano, 31 constituintes assinam uma emenda ao projeto de Constituição conferindo o voto à mulher brasileira. A emenda foi rejeitada. 

1910 – Ano de fundação do Partido Republicano Feminino (PRF), o primeiro do gênero na história do país. Liderada integralmente por mulheres, a legenda chegou a contar com mais de 100 representantes femininas entre seus membros. A professora indigenista Leolinda Daltro se destaca como a fundadora e principal liderança da legenda, que tinha como premissa promover a emancipação da mulher brasileira e estender a elas os direitos constitucionais da República. 

1922 – A bióloga, educadora, diplomata e política paulista, Bertha Lutz, lidera a fundação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). A organização atuava em prol dos direitos civis e políticos das mulheres

1927 – No Rio Grande do Norte, é aprovada a Lei Estadual nº 660, em 25 de outubro. A legislação tornou o Rio Grande do Norte o primeiro estado a reconhecer o direito ao voto feminino. A professora potiguar Celina Guimarães se destaca mundialmente não apenas como a primeira eleitora brasileira, mas também como a primeira mulher a exercer o voto feminino na América Latina.

1929 – A também potiguar Alzira Soriano se elege a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita no Brasil e na América Latina. Comandou a prefeitura de Lages, no interior do Rio Grande do Norte, até a Revolução de 1930. Em seu mandato, foi responsável pela construção de estradas, escolas, mercados e pela implantação da iluminação pública a vapor. Voltou a ocupar outro cargo eletivo, em 1947, como vereadora, no mesmo município. 

1932 – O sufrágio feminino é garantido no Código Eleitoral brasileiro, sendo acatado na Constituição de 1984. 

1934 – A médica paulista Carlota Pereira de Queiroz é a primeira mulher deputada federal eleita. Ela foi igualmente a primeira a participar dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, nos anos de 1934 e 1935. Ocupou o cargo até o Golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso. Em seu mandato, defendeu mulheres e crianças em diversas áreas, especialmente na educação. No pleito, concorreram 19 candidatas, no total. Bertha Lutz assume como suplente em 1936. 

1951 – Berenice Artiaga é eleita a primeira mulher deputada estadual em Goiás.

1988 – A chamada Constituição Cidadã reafirma o direito à participação política das mulheres como eleitoras, legitimando também a possibilidade de se candidatarem e serem  eleitas.  

2011 – A economista mineira, Dilma Rousseff, torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da República do País. 

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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