Economia
Venda de livros no primeiro semestre aumenta 48,5% em relação a 2020
O mercado de livros nacional encerrou o primeiro semestre do ano com venda de 28 milhões de exemplares, o que representa alta de 48,5% em relação aos 18,9 milhões vendidos no mesmo período de 2020.
Em termos de valor, o faturamento alcançou R$ 1,19 bilhão, cerca de 39,9% a mais que os R$ 846,2 milhões apurados no acumulado até julho do ano passado. O preço médio no período recuou 5,78%, passando de R$ 44,86 para R$ 42,26.
O Painel do Varejo de Livros no Brasil foi divulgado hoje (11) pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), a partir de pesquisa feita pela Nielsen BookScan. De acordo com o presidente do Snel, Marcos da Veiga Pereira, a alta registrada reflete dois momentos distintos do mercado, apontando, em 2021, para um setor livreiro mais consolidado, contra um mercado atingido duramente pela pandemia de covid-19, em 2020, com as medidas de isolamento social impostas pelas autoridades sanitárias para impedir a disseminação da doença.
“São situações muito diferentes. Isso cria uma base de comparação muito desfavorável”, analisou Pereira, em entrevista à Agência Brasil. Pra ele, importante é olhar o que está acontecendo em 2021, tendo em vista que a base de comparação com 2020 é deprimida, devido à pandemia. Ele acredita que daqui para frente vão começar a ser vistos dados que mostrarão quando “começou a virar a curva e experimentar o crescimento”.
Redescoberta
Segundo Marcos da Veiga Pereira, desde setembro de 2020, o aumento do consumo de livros vem demonstrando resultados positivos, fruto de ações promocionais, oferta de bons lançamentos e o estreitamento do relacionamento com os leitores nas redes sociais: “com a pandemia, a gente teve uma oportunidade que foi a redescoberta da leitura e essa redescoberta foi possibilitada pelo atendimento, principalmente naquele primeiro momento, do varejo online”.
O comparativo entre o sétimo período de 2021 (21 de junho a 18 de julho) e o período imediatamente anterior (de 24 de maio a 20 de junho) revela crescimento no mercado livreiro nacional de 26% de vendas em volume e de 23,7% em valor. “Essa é uma ótima notícia! O movimento de leitura continua fortalecido. Agora, a gente está vivendo um momento em que tem a reconexão com a leitura, tem a reabertura das livrarias. Então, a gente tem uma responsabilidade como indústria de manter a leitura em alta. Essa é a minha preocupação permanente”.
O presidente do Snel disse que durante muito tempo o varejo foi passivo. A pandemia fez com que o setor livreiro ficasse mais ativo, no sentido de procurar os leitores, de conhecer melhor os consumidores. Pereira considera difícil o mercado continuar crescendo em dois dígitos, porque vai ter uma base de comparação cada vez mais forte. Apesar disso, apostou que comparando 2021 com 2020, o setor fechará o ano com mais de 20% de expansão.
Edição: Denise Griesinger
Economia
Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes
Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital
O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.
Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.
A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.
Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.
Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).
Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.
No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.
Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás
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