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Um novo futuro por meio da educação dos filhos e netos

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A família de Maria Cruz de Oliveira luta e sonha por dias melhores, vivendo em espaço reduzido em uma ocupação na Asa Sul | Foto: Álvaro Henrique/SEE

“O que eu posso fazer pelos meus filhos é dar a chance de estudar. Coloco cada um na escola desde os 4 anos para eles não viverem o que eu vivo”Maria Cruz de Oliveira, líder da família

Mulher, 45 anos, 11 filhos, 2 netos. Dona Maria Cruz de Oliveira não aprendeu a ler nem escrever, mas vê na educação dos filhos e dos netos uma chance de conquistas para a família: quer que eles tenham bons empregos no futuro.

Assim, ela lidera a família inteira e estimula os filhos a serem os estudantes mais aplicados da Escola Meninos e Meninas do Parque, que fica dentro do Parque da Cidade.

“O que eu posso fazer pelos meus filhos é dar a chance de estudar. Coloco cada um na escola desde os 4 anos para eles não viverem o que eu vivo”, conta.

Reconstrução

A crença na reconstrução da própria história por meio da educação pública do Governo do Distrito Federal move o dia a dia da família. Dona Maria perdeu a mãe aos seis anos. Até os dez, ficou sob a guarda da irmã mais velha, mas logo estava sozinha e sem perspectiva nas ruas de Brasília.

“Todos os dias eu procuro passar para os meus filhos o que aprendi com minha mãe. Meu tempo com ela foi curto, mas eu me lembro bem, e é tudo que tenho. Educo para respeitarem os mais velhos, para não responder e serem gentis”, relembra.

“O conhecimento é para todos, independentemente da classe social. A descoberta do mundo pela escrita e pela leitura é a concretização dos sonhos de cada um. Fortalecemos aquilo que cada um traz, principalmente os talentos”.Amélia Oliveira, diretora da Escola Meninos e Meninas do Parque

Com as dificuldades intensificadas pela pandemia da covid-19, a luta por oportunidades ficou ainda mais latente. “Nesta pandemia, nossa dificuldade de sustento familiar aumentou. Além do material impresso para as aulas das crianças, ajudam com roupa e mantimento. A escola que está sendo mãe e pai dos meus filhos”, conta dona Maria.

Como diz a diretora da escola Meninos e Meninas do Parque, Amélia Oliveira, “nossos alunos sabem que, por meio da educação, uma pessoa pode reescrever sua história de vida. A educação possibilita ir atrás dos sonhos”.

Seguindo as palavras de Amélia e com todo apoio da mãe, Shirley, a filha de 16 anos de dona Maria, desenha o sonho profissional na procura de melhores oportunidades. A adolescente sonha em ser veterinária e assume a tarefa de auxiliar os irmãos mais novos nas atividades escolares. “Eu gosto do conteúdo da escola e quero aprender várias coisas para colocar no meu currículo. A matéria que tenho mais facilidade é Português, e a que acho mais difícil é Inglês”, acrescenta.

Escola também é casa

É com o apoio da escola que dona Maria e os filhos recebem produtos de higiene, comida e a esperança de dias melhores. “Ela se dedica para que os filhos possam realizar todas as atividades, admiramos a felicidade nos olhos dela com a conquista de cada criança”, conta a diretora, que também é pedagoga e especialista em Direitos Humanos.

Amélia descreve dona Maria como o exemplo e a imagem da mãe que se esforça o tempo todo para manter os filhos na escola. “A gente acredita que é, por meio do estudo, que cada aluno vai rever sua história e autossuperar-se. Acreditamos em uma educação humanizada, emancipatória e feliz”, argumenta.

Segundo Amélia, é na escola que estudantes e familiares tem a chance de se reconhecer em um lugar de pertencimento. Assim, a professora das filhas de dona Maria, Viviane Araújo, acrescenta: “As famílias se sentem acolhidas pela escola. Por isso, a aproximação maior neste tempo de pandemia, pois a escola tenta auxiliar em todas as demandas apresentadas por elas, buscando solucionar, sempre que possível, o que está ao alcance”. Mesmo com atividades remotas e conteúdos impressos, é a escola que leva acolhimento até os estudantes.

Viviane é professora das jovens há pouco mais de um ano. Descreve a família com amor: “Meninas de poucas palavras e muitos sonhos. Apesar das poucas conversas, pude perceber o brilho no olhar a cada fala. Observei que a dona Maria, bem como as outras mulheres que ela gerou, vivem a luta cotidiana de manter a sua família unida, buscando um futuro melhor por meio da educação. Mesmo com pouco conhecimento, sempre se esforçam para ajudar nas atividades das crianças”.

Professora e diretora da Escola Meninos e Meninas do Parque defendem um ambiente pedagógico que nutre corpo e alma: “O conhecimento é para todos, independentemente da classe social. A descoberta do mundo pela escrita e pela leitura é a concretização dos sonhos de cada um. Fortalecemos aquilo que cada um traz, principalmente os talentos”.

*Com informações da Secretaria de Educação

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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