Política

Teófilo busca aumentar teto salarial para pagamento de precatórios de pequeno valor

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Alterar a Lei nº 17.034/10, de 2 de junho de 2010, que regulamenta o pagamento de precatórios, por intermédio de acordo direto com os credores, e fixa o limite para requisições de pequeno valor. Essa é uma postulação do deputado Delegado Humberto Teófilo (Patriota), formalizada através do projeto de lei nº 10138/22, que iniciou tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Com a alteração proposta por Teófilo, o artigo 3º, da Lei nº 17.034, de 02 de junho de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º O limite máximo para pagamento das requisições de pequeno valor, nos termos autorizados pelo art. 100, § 4°, da Constituição Federal, é fixado em 60 salários mínimos.” 

Em sua justificativa parlamentar, o olegisaldor aponta que precatórios são ordens de pagamento oriundas de condenação transitada em julgado. Em síntese, diz ele, é o procedimento pela qual a Fazenda Pública paga as dívidas decorrentes de condenação judicial, com exceção das dívidas de pequeno valor. No conceito de Fazenda Pública dever ser entendido todos os entes que possuem personalidade jurídica de direito público, compreendendo a União, estados, Distrito Federal, municípios, territórios, bem como autarquias e fundações públicas.

E acrescenta: “Finalizado o processo judicial, o credor ingressa, obrigatoriamente, em uma fila de ordem cronológica, que em certos casos podem demorar anos para receber o crédito devido. Além disso, os precatórios são divididos em dois tipos: alimentícios e não alimentícios”.

Teófilo ressalta que, por ordem constitucional, os precatórios de natureza alimentar devem ser pagos primeiro, haja vista que geralmente tratam de questões que envolvem a fonte de renda do indivíduo e de sua família. Ele reforça que a Constituição Federal estipula uma ordem de preferência dentro da categoria dos precatórios de natureza alimentar, classificados como ‘superpreferenciais’, de forma a assistir as pessoas com 60 anos de idade ou mais, as com doenças graves e as com deficiência.

O parlamentar esclarece que os precatórios se encontram regulados pela Constituição Federal, em seu artigo 100. E, depois de cita argumento judicial em que poderá o credor do Estado, desde que o crédito devido seja até certo valor, requisitar que se faça a execução contra a Fazenda Pública mediante Requisição de Pequeno Valor (RPV), de forma a evitar a expedição de precatórios e a morosidade no pagamento do crédito devido.

Coloca outros argumentos jurídicos e afirma que, em Goiás, atualmente, o limite máximo é definido pelo artigo 3° da Lei n° 17.034/2010 em 20 salários mínimos. “Observa-se, portanto, que além do teto está abaixo do estipulado pelo art. 87 do ADCT – 40 salários mínimos -, também está abaixo do limite estipulado para as condenações envolvendo a União (60 salários mínimos). Logo, se o valor do crédito for maior que 20 salários mínimos na data da expedição da requisição judicial, o pagamento dar-se-á por meio do precatório, que, usualmente, leva um longo tempo para ser creditado”.

Teófilo pondera: “O atual limite afeta, especialmente, os servidores públicos, visto que as dívidas do Estado em precatórios são, em sua maioria, resultantes de ações em que o Estado foi condenado por cometer ilegalidades no pagamento do funcionalismo. São indivíduos que foram lesados pelo Estado e que estão deixando de receber o que têm direito, com decisão confirmada pelo Judiciário”.

E afirma que o limite proposto por ele é um esforço no sentido de manter um valor mais razoável, de forma a beneficiar sucessivamente o jurisdicionado e a advocacia local. “Além do positivo impacto econômico para toda a sociedade, visto que grande parte dessas ações são de caráter social e alimentar, preserva-se, também, o cumprimento do pagamento de honorários advocatícios, no prazo ágil, evitando-se que tanto credores como advogados tenham que esperar na fila de precatórios por anos”.

Por fim, após outros argumentos, o deputado enfatiza que a sua proposta trará mais celeridade aos pagamentos devidos aos litigantes contra a Fazenda Pública e moralizará os gastos públicos com as obrigações assumidas por atos (comissivos ou omissivos) que geram lesão aos administrados.

Na Comissão de Constituição, Justiça e Redação a proposta está sob relatoria do deputado Talles Barreto (UB).

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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