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SP reduz latrocínios, roubos a pessoas, veículos e cargas em julho

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O estado de São Paulo encerrou julho com queda em praticamente todos os tipos de roubos contabilizados nas estatísticas – de carga, de veículos, em geral e de latrocínios (roubos seguidos de morte). 

A única exceção foram os roubos a bancos, que se mantiveram estáveis. Todos os indicadores caíram nos sete primeiros meses do ano, inclusive os de roubo a bancos. No estado, a taxa móvel de homicídios dos últimos 12 meses (de agosto de 2021 a julho de 2022) foi de 6,17 por 100 mil habitantes, a menor da série histórica iniciada em 2001. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). 

Segundo a pasta, a análise dos dados criminais usa como referência o mês de julho e os sete primeiros meses de 2019, ano pré-pandemia, em que não houve restrição da circulação das pessoas. Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social, causado pela pandemia do covid-19, que impactou na dinâmica criminal. 

Em 2020, a média de pessoas que permaneciam em suas casas, medida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foi de 45%. Já em 2021, o número ficou em 42%. O índice de isolamento social, amplamente divulgado nos dois anos, foi calculado pelo IPT com base em informações sobre a movimentação de celulares, fornecidas pelas prestadoras de serviços de telecomunicação.

Os roubos de veículos em julho caíram 8,4%, de 3.691 para 3.381 ocorrências. Nos primeiros sete meses do ano, o indicador também recuou 20%, de 27.349 para 21.892. Já os roubos de carga retrocederam 13,8%, de 629 para 542 casos. No acumulado do ano, recuaram 9,1%, de 4.165 para 3.785 registros.

Os roubos em geral diminuíram 8,6%, de 21.957 para 20.063 ocorrências. No acumulado do ano, tiveram queda de 6,3%, de 148.485 para 139.079 casos. 

Os roubos a bancos permaneceram estáveis, com dois casos em julho de ambos os anos. Em contrapartida, de janeiro a julho, houve queda de três casos neste indicador, que passou de 13 para 10 ocorrências, o menor total já registrado na série histórica. Em 21 anos, os roubos a bancos de janeiro a julho caíram 93% no Estado, de 138 registros, em 2001, para 10 este ano.

Quanto aos latrocínios, que são os roubos seguidos de morte, foram registrados três a menos em julho, passando de 16 para 13 ocorrências. Nos sete primeiros meses do ano, o recuo foi de 4,9%, de 103 para 98 delitos. Os totais registrados no mês e no acumulado do ano foram os menores da série histórica, excetuando os anos agudos de pandemia.

Estupros e homicídios

Os estupros oscilaram de 850 para 1.071 casos, alta de 26% em julho. Os homicídios dolosos registraram aumento de 38,7%, com 258 registros em julho. A SSP informou que, apesar da alta, a taxa de homicídios dolosos dos últimos 12 meses (de agosto de 2021 a julho de 2022), de 6,17 para cada 100 mil habitantes, foi a menor da série histórica, quando comparada com o mesmo período dos anos móveis anteriores.

Os furtos em geral cresceram 11,4%, passando de 43.402 para 48.341 delitos em julho. Os furtos de veículos, por sua vez, caíram 8,6% no mês, com redução de 7.868 para 7.193 no número de casos. No acumulado do ano, o recuo foi 53.202 para 51.492, queda de 3,2%. Os dados estatísticos completos podem ser vistos clicando aqui

Policiamento

O trabalho das polícias paulistas no estado, no mês de julho, resultou em 13.870 prisões e na apreensão de 819 armas de fogo ilegais. Também foram registrados 3 mil flagrantes por tráfico de entorpecentes, com apreensão de 34,2 toneladas de drogas.

Operação Sufoco

Para reduzir os indicadores criminais, especialmente neste período pós-pandemia, com aumento na circulação de pessoas nas ruas, o governo de São Paulo iniciou, no dia 4 de maio, a operação Sufoco. A ação dobrou o número de policiais na capital por meio de atividades extras e reforçou o policiamento em outras regiões do estado, integrando policiais civis, militares e guardas municipais. 

Nos primeiros 100 dias, completados no último dia 11, foram mais de 2 mil veículos recuperados, outros 83,7 mil vistoriados e 12,2 mil detidos. A s polícias ainda apreenderam 76,6 toneladas de drogas e 5,5 mil celulares.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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