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Solidariedade e alegria marcam a ASP neste sábado (26)

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As máscaras faciais, necessárias e obrigatórias como medida de segurança sanitária, não impediram os sorrisos na manhã especial deste sábado (26), na Estrutural, durante as atividades do programa Área de Segurança Prioritária (ASP). Foram realizadas diversas atividades culturais e de cidadania voltadas à população local. As ações foram acompanhadas pelo secretário de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo, além de gestores da Secretaria de Segurança Pública (SS) e forças de segurança.

Serviços como emissão de carteira de identidade também foram ofertados à população | Fotos: Divulgação/SSP

“Olhar nos olhos dessas pessoas e estar por perto das atividades foi muito gratificante e emocionante” Delegado Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública

Desde o início da manhã, a população marcou presença nas atividades programadas, que tiveram início com a apresentação da Banda de Música da Polícia Militar do Distrito Federal e seguiu com palestras sobre primeiros socorros, atendimentos voltados à saúde da mulher, emissão de carteiras de identidade e demonstração das forças de segurança. Tudo foi feito respeitando os protocolos de segurança sanitária, como uso de máscaras, distanciamento e uso de álcool gel.

“Tivemos dias intensos na Estrutural, com ações necessárias para contribuir com a qualidade de vida dessas pessoas, facilitar o acesso aos nossos serviços e levar uma programação leve e de interação com esse público”, relato o secretário de Segurança Pública. “O resultado não poderia ter sido melhor. Olhar nos olhos dessas pessoas e estar por perto das atividades foi muito gratificante e emocionante.”

A programação, definida pela Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec), é dividida em três blocos: atendimento à população, projetos sociais e ocupação de espaços. Cada um dos eixos terá duração de cerca de um mês. “Nós dividimos a programação da ASP em blocos de atuação de forma que possamos atender a população da forma mais integral possível”, explicou o subsecretário de Prevenção à Criminalidade, Sávio Ferreira.

Criançada também pôde se divertir, com brincadeiras e teatrinho

As crianças aproveitaram bastante. As atrações encantaram os pequenos moradores, como de Júlia Souza, de 9 anos. “Eu amei o teatro e a demonstração de helicóptero! Podia ter esse evento todos os dias”, disse. O pai da pequena, Noel Gomes, levou toda a família para participar da programação. “É muito importante esse tipo de ação para nossa população”, declarou.

Olhar infantil

Mais de cem crianças participaram da oficina realizada pela Subsecretaria de Defesa Civil, iniciada na quarta-feira (23). Focada em de 3 e 12 anos, a atividade teve como objetivo ensinar a identificar riscos como buracos e erosões, ligações clandestinas de energia e paredes trincadas.

A Defesa Civil distribuiu, ainda, 250 marmitas, doadas por um empresário de Taguatinga. “Ele nos procurou para fazer a doação, então identificamos a melhor forma de entregar os alimentos, de forma que não houvesse aglomeração”, relatou o gerente de Estudos, Pesquisas e Gerenciamento em Desastres, Cláudio Brasil.

Até o final da edição da ASP na Estrutural, a Defesa Civil permanece disponível para fazer o cadastro de famílias vulneráveis e também de voluntários. “Será uma ação contínua, além da identificação de situações de risco que faremos na cidade”, detalhou o gestor.

Mais de 300 agendamentos

Foram agendados 310 atendimentos para o Posto de Identificação Biométrico (PIB) localizado no Cruzeiro, junto à 3ª Delegacia de Polícia, e também para o posto do Na Hora, na Rodoviária do Plano Piloto. “Esses agendamentos foram feitos para aqueles que não podiam aguardar nesses dias ou não conseguiram atendimento”, informou o chefe da Seção de Operações Papiloscópicas Externas do Instituto de Identificação da Polícia Civil do DF, Venceslau Franco. “A população compareceu em peso. Chegamos a atender famílias inteiras”.

A solicitação para confecção dos documentos ocorreu no ônibus do Instituto de Identificação (II), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que funcionou no estacionamento da Administração Regional da Estrutural, das 9h às 13h, diariamente. Além dos agendamentos, outras 300 pessoas foram atendidas e poderão buscar os documentos no PIB do Cruzeiro nos próximos dias.

O Museu Itinerante de Drogas da PCDF, que também fez parte da programação da ASP, registrou a participação de 120 pessoas nas visitas guiadas pelos policiais.

Secretaria da Mulher

“Esse serviço que estamos oferecendo por meio de nossa unidade móvel foi planejado de forma especial para levar orientação, cuidado e empoderamento para as mulheres” Fernanda Falcomer, subsecretária de Promoção das Mulheres da Secretaria da Mulher

A unidade móvel da Secretaria da Mulher (SM) atuou no atendimento de 97 mulheres por meio de serviços de promoção e proteção do público feminino. Houve explanações sobre prevenção do câncer do colo de útero e de mama. O enfrentamento da violência doméstica e divulgação dos canais de denúncia e serviços de atendimento da SMDF também foram temas abordados.

Em parceria com a Secretaria de Saúde (SES) e a União Pioneira de Integração Social (Upis), foram feitas 25 abordagens clínicas, testagens e orientações para atendimento na Rede de Saúde.

Unidade móvel da Secretaria da Mulher foi um dos destaques da ação

Na avaliação da subsecretária de Promoção das Mulheres (da Secretaria da Mulher), Fernanda Falcomer, poder participar da ASP é essencial para busca ativa de mulheres. “Esse serviço que estamos oferecendo por meio de nossa unidade móvel foi planejado de forma muito especial para levar mais orientação, cuidado e empoderamento para as mulheres”, informou. “ É uma oportunidade maravilhosa de aproximação e um convite para que elas possam buscar nossos serviços, nossos cursos de capacitação e também para que estejam preparadas para ajudar outras mulheres na denúncia de casos de violência doméstica”.

A ação foi elogiada pela população. “Fui atendida no ônibus da mulher [unidade móvel da SM] e achei ótimo, de fácil acesso, e pude fazer exames preventivos, sem precisar sair da minha cidade”, contou a moradora Valdinei dos Santos, de 60 anos. “É muito importante cuidar da saúde”.

De acordo com a administradora da Estrutural, Vânia Gurgel, a população local sempre adere a essa programação. “É maravilhoso e muito importante para nossos moradores, que sempre participam de ações como essa, que foi preparada de forma tão especial para nossa população”, comemorou.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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