Saúde

“Se todos judicializarem não há doses para todo mundo”, diz Queiroga

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a judicialização para entrega de doses da vacina CoronaVac e avisou que se todos procurarem a Justiça não haverá “doses pra todo mundo”.

Ele lembrou que a falta de imunizantes para a segunda aplicação em cidades como a dele, João Pessoa, fez com que a capital da Paraíba garantisse as doses de CoronaVac por decisão judicial.

“Só que, se todos judicializarem, não há doses para todo mundo. Não é a judicialização que vai resolver esse problema. O que resolve isso aqui são políticas públicas efetivas, que é o que nós temos tentado colocar em prática no ministério”, alertou ao participar, nesta segunda-feira (26), de audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19, no Senado.

O ministro informou que a previsão é de que novas doses da vacina CoronaVac só sejam distribuídas pelo Instituto Butantan daqui a 10 dias. Sem dar detalhes, ele informou que a pasta deve emitir nos próximos dias uma nota técnica sobre a aplicação da segunda dose de vacinas contra a covid-19.

Queiroga lembrou que essa é uma preocupação da pasta há mais de um mês quando o ministério autorizou a utilização imediata de todas as vacinas contra a covid-19, sem a necessidade de manutenção de estoques para aplicação da segunda dose.

Agora, “em face do retardo dos insumos vindos da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose”.

Cronograma

Sobre os motivos para redução no número de vacinas disponíveis em relação ao divulgado pelo ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello, Queiroga disse que um deles está relacionado ao fato de a estimativa ter incluído 20 milhões de doses da Covaxin, do Instituto Bharat Biotech. A importação, em caráter excepcional, de doses da vacina Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech foi negada no mês passado pela Agência Nacional de Vigilância Santitária (Anvisa).

Outro fator que contribuiu para um menor número de doses foi a demora na chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que vem da China. O atraso comprometeu a entrega do imunizante contra a covid-19 tanto pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quanto pelo Instituto Butantan.

“O IFA, como os senhores sabem, é originário da China, e isso sempre dá uma variação, que pode ser para maior ou pode ser para menor. Questões logísticas também estão aqui consideradas. O fato é que temos trabalhado fortemente para conseguir mais doses”, garantiu.

Pfizer

Para a próxima quinta-feira (29), há expectativa de chegada do primeiro lote da vacina da farmacêutica Pfizer, no Aeroporto de Viracopos, em São Paulo.

“São doses prontas, e o Ministério da Saúde já organizou toda a logística para essa vacina, que, como os senhores sabem, tem uma peculiaridade em relação à cadeia de frio. Nós temos capacidade, sim, para aplicar a vacina da Pfizer com bastante segurança”, disse.

A Anvisa autorizou o armazenamento da vacina desenvolvida pela Pfizer a -20ºC, por até duas semanas. A mesma autorização foi concedida pela FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos. Inicialmente, o laboratório indicava o armazenamento do imunizante a -75°C.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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