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Saiba como é o trabalho de acolhimento às pessoas em situação de rua

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O acolhimento de pessoas em situação de rua faz parte do serviço socioassistencial promovido pelo GDF. Servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com organizações da sociedade civil (OSCs), integram equipes em todo o Distrito Federal com o objetivo de tirar pessoas da rua e ajudar para que elas retornem ao convívio familiar e social.

O Serviço Especializado em Abordagem Social da Sedes tem 18 equipes espalhadas pelo DF que trabalham todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Quem observar uma pessoa em situação de rua pode comunicar à Sedes, que encaminha uma equipe para tentar ajudá-la.

A paraense Valdete Teixeira, de 49 anos, teve apoio da equipe de abordagem e foi encaminhada para acolhimento na Casa Flor, em Taguatinga Sul | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Em 2020, cerca de 250 crianças e adolescentes retornaram aos lares de origem, após terem sido acolhidos

“Muita gente acha que vamos retirar a pessoa da rua à força, mas não é assim. É um trabalho de convencimento, e, se a pessoa não quiser sair da rua, garantimos o atendimento dela na nossa rede”, afirma a diretora dos Serviços de Acolhimento da Sedes, Daura Carolina de Campos Meneses. “Em toda equipe tem uma pessoa que já passou pela situação de rua e sabe como conversar com essas pessoas”.

Os servidores e parceiros tentam levar as pessoas para as casas de acolhimento, onde há 720 vagas para adultos e famílias que costumam ser recebidas juntas, além de 300 vagas para idosos e 430 para crianças. A Sedes mantém seis unidades próprias, e há outras 43 de OSCs parceiras que prestam esse serviço.

Casos exitosos

No ano passado, cerca de 250 crianças e adolescentes retornaram aos lares de origem, depois de serem acolhidos. No caso de adultos, como a saída do serviço é facultada ao cidadão, não há dados precisos, mas não faltam relatos nas casas de acolhimento.

Há alguns dias, a Sedes soube de uma pessoa que estava há cerca de uma semana com desorientação mental e pernoitando em uma parada de ônibus no Guará II. Trata-se da paraense Valdete Teixeira, de 49 anos, que teve apoio da equipe de abordagem e foi encaminhada para acolhimento na Casa Flor, em Taguatinga Sul.

No local, destinado exclusivamente a mulheres, a transexual relatou sua história de vida e disse que busca contato com a mãe, Adolar Paiva. Segundo a acolhida, sua mãe se encontra, provavelmente, em algum lugar próximo a Belém (PA). “Mãe, eu estou em Brasília e quero te achar”, enfatiza Valdete.

Hospedada em um dos quartos exclusivos para transexuais na Casa Flor, ela é acompanhada pela equipe de especialistas da unidade, composta por assistentes sociais e psicólogos. “Conseguimos perceber que, aparentemente, a desorientação mental ocorre em virtude das fragilidades vivenciadas nas ruas”, conta a gerente do Serviço de Acolhimento para Mulheres, Alamarque Bernardes.

De acordo com a especialista, a partir de agora, a equipe vai buscar familiares e tentar a reinserção de Valdete no convívio do lar. “Nem sempre é possível voltar à família, mas tentamos a volta à comunidade”, conta Alamarque. “Qualquer pessoa, quando sai de casa, tem dificuldades para retornar. Então, às vezes, não é o caso de tentar recolocá-la nesse núcleo, mas em algum próximo”.

Ainda de acordo com a assistente, isso pode ocorrer por meio de um auxílio-aluguel e com a concessão de algum benefício que garanta a subsistência temporária da pessoa até que ela alcance a autonomia necessária para prover os próprios recursos.

Depois de 40 anos

“Trata-se de um momento delicado, pois, se o vínculo não for devidamente restabelecido e a estrutura devida não for dada, a pessoa retorna às ruas e todo trabalho se perde”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Algumas pessoas foram reinseridas no contexto familiar após 40 anos sem qualquer vínculo com conhecidos. Um caso assim ocorreu há uma semana, quando a Casa Flor conseguiu promover o encontro de uma mulher de 59 anos, que estava em situação de rua há 23, com a filha.

“A chave para isso foi o Cadastro Único”, destaca Alamarque. “Como se trata de uma ferramenta nacional, começamos a cruzar os dados das informações que ela tinha sobre a filha com informações do documento. Encontramos, então, a filha morando em Águas Lindas [GO].”

Após o retorno, a família segue referenciada e acompanhada por uma unidade socioassistencial. Conforme destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, muitas vezes, é necessário continuar dando suporte àquela pessoa. “Trata-se de um momento delicado, pois, se o vínculo não for devidamente restabelecido e a estrutura devida não for dada, a pessoa retorna às ruas e todo trabalho se perde”, esclarece a gestora.

Abaixo, confira os anais de comunicação e solicitações de atendimento para a população em situação de rua:

  • Central de Atendimento, pelo telefone 3322-1441: todos os dias de semana (inclusive finais de semana e feriados), das 8h às 20h.
  • Ouvidoria do GDF: na na internet ou pelo telefone 162.

*Com informações da Sedes

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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