Geral

Robôs são aliados no atendimento à população no DF

Publicado

em


No dia 19 de outubro é celebrado o Dia Nacional da Inovação. Por isso, uma série de matérias será publicada a partir de hoje para contar por que a Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) tem se destacado nacionalmente por soluções de tecnologia e inovação que abarcam necessidades específicas encontradas na rotina das controladorias.

“Não estamos pensando somente no hoje, mas em dar ao cidadão brasiliense possibilidades que tenham impactos positivos a curto e longo prazos”Paulo Martins, controlador-geral do DF

Exemplo disso é a automatização benéfica da Inteligência Artificial (IA), já implementada nos sistemas de Ouvidoria do DF, e o desenvolvimento de uma IA em outros setores da CGDF.

Em maio deste ano a CGDF lançou oficialmente a robô IZA, que agrega IA ao processo de classificação de demandas das ouvidorias do GDF. Esse é o primeiro projeto de IA da Controladoria. Com a atuação da IZA, a Ouvidoria-Geral do DF — gestora das ouvidorias do GDF –, vai empenhar menos tempo de trabalho reclassificando as manifestações dos cidadãos, garantindo assim um atendimento mais rápido e satisfatório.

Atualmente, a IZA está sendo treinada a partir dos registros e por meio das manifestações dos ouvidores para que possa compreender melhor os padrões, unindo o conhecimento humano acumulado à capacidade da máquina de processar informações. Com a robô, as demandas serão automaticamente analisadas e classificadas.

“Todo o nosso empenho em trazer uma tecnologia mais avançada tem o objetivo claro de melhorar as entregas para a população. Não estamos pensando somente no hoje, mas em dar ao cidadão brasiliense possibilidades que tenham impactos positivos a curto e longo prazos”, afirma o controlador-geral do DF, Paulo Martins.

“Trazer a IA e incluir no sistema da Ouvidoria nada mais é do que utilizar uma tecnologia já existente, mas dar a ela uma nova função dentro da nossa atividade, que é a de automatizar um processo que custa tempo”Guilherme Modesto, subcontrolador de Tecnologia da Informação da CGDF

Martins explica ainda que as ferramentas de Business Intelligence (BI) e IA utilizadas pela CGDF são executadas pelos próprios servidores da controladoria e sem a contratação de empresas para realizar esses serviços. “Ou seja, aproveitamos nossos servidores talentosos da própria CGDF e entregamos inovação”, completa Martins.

O objetivo é que, em um futuro próximo, a IZA atenda diretamente ao cidadão que for registrar sua demanda por meio do Sistema OUV-DF. Atualmente, o usuário necessita categorizar algumas questões, como assunto e tipologia da demanda. No futuro, bastará escrever a manifestação e a IZA já realizará a leitura de informações de forma automática, tornando esse registro mais simples, fácil e rápido.

“Trazer a IA e incluir no sistema da Ouvidoria nada mais é do que utilizar uma tecnologia já existente, mas dar a ela uma nova função dentro da nossa atividade, que é a de automatizar um processo que custa tempo. Essa mudança resolve um problema e facilita o retorno ao cidadão”, ressalta o subcontrolador de Tecnologia da Informação da CGDF, Guilherme Modesto.

Mais inovação

A CGDF também está trabalhando para a implementação de um outro robô de IA que vai categorizar automaticamente as despesas públicas de acordo com o objeto do contrato. A ideia é verificar se o lançamento da categoria e do grupo da despesa pública está em conformidade com a legislação e minimizar erros humanos, agilizando o processo classificatório quando o assunto é orçamento público. Esse robô está em fase de desenvolvimento, com testes e treinamento de algoritmos.

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Economia, também tem disponível a assistente virtual ÍRIS, que agora contempla também as interações de Ouvidoria. A integração foi proposta pela Ouvidoria-Geral do DF, unidade da Controladoria-Geral do DF, para facilitar o acesso do cidadão, apresentando os serviços por meio do chatbot.

Anteriormente, caso o usuário tivesse alguma dúvida com relação ao Sistema de Ouvidoria, não havia um canal específico para que ele entrasse em contato. Agora, pelo aplicativo WhatsApp, por meio do número (61) 9228-4814, ele pode contatar a ÍRIS e tirar suas dúvidas.

*Com informações da Controladoria-Geral do DF

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Geral

Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

Publicados

em

Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

Infográfico
Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA