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Rio está longe de uma “situação confortável”, diz Paes sobre covid-19

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que a cidade ainda está longe de uma “situação confortável”, em relação à pandemia de covid-19, e que não é para esperar que a administração do município corra atrás das pessoas nas praias, para fazer cumprir as medidas restritivas que impedem a permanência de frequentadores nas areias durante o fim de semana.

De acordo com as medidas, prorrogadas por meio de decreto até o dia 10 de maio, no sábado e no domingo fica permitida apenas a prática esportiva individual, como caminhadas e surf. Já de segunda a sexta-feira, os banhistas podem permanecer nas praias e está permitido também o trabalho de ambulantes fixos e os que circulam na areia. O decreto do prefeito do Rio, Eduardo Paes, com a prorrogação foi publicado hoje (30) no Diário Oficial do Município.

“Já temos a cidade bastante aberta, enfim, as atividades econômicas podendo funcionar quase na sua plenitude. Existem algumas restrições sendo impostas ainda, principalmente esse negócio da praia no fim de semana. A gente está permitindo que as pessoas possam fazer as suas práticas esportivas e o seu lazer na praia. Durante a semana pode ficar, no fim de semana, não. Mas não esperem que a gente vai ficar também correndo atrás das pessoas nas praias. É uma tentativa de minimizar grandes aglomerações e grandes deslocamentos nos fins de semana”, disse hoje (30), durante a apresentação do 17º Boletim Epidemiológico da Prefeitura do Rio.

Na avaliação da prefeitura, como o número de casos suspeitos de síndrome gripal e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas redes de urgência e de emergência, que apresentava queda, se estabilizou em um nível ainda alto nos últimos dias, o prefeito decidiu continuar com as restrições em vigor e foi mantida também a classificação de risco muito alto. Paes lembrou que esse é o dado que a prefeitura observa para decidir sobre as medidas restritivas a serem adotadas no município.

“A gente nota que, infelizmente, há uma certa estabilizada nesta curva, mas mantendo um platô bastante alto. Só olhar a curva que a gente vê isso. Tomamos as medidas com bastante antecedência quando começou a ter um aumento na rede de urgência e de emergência. Esse dado é o mais primário de todos. Ali, começa a se identificar que as pessoas podem estar contraindo a doença. A gente se animou quando há umas três semanas ele parou de crescer e começou a cair um pouco, mas agora deu uma estabilizada. Mais uma vez esse é o dado que está mais nos norteando”. observou.

Paes disse que também é avaliado o número de óbitos, que é o dado final que ninguém quer que exista, mas é muito importante entender que ainda há uma incidência muito grande de pessoas procurando a rede municipal de saúde com sintomas da doença. “Isso mostra que a gente está longe de estar em uma situação confortável, por isso, a manutenção das medidas restritivas, permitindo que a cidade funcione. A gente sabe que não dá para fechar tudo para todo o sempre”, pontuou, alertando para a gravidade do comportamento da doença.

“A gente chama novamente a atenção das pessoas para que tenham esse cuidado, esse zelo. É uma situação melhor do que era quando a gente começou a impor medidas restritivas, mas ainda não é uma posição de situação confortável”.

Bares e restaurantes

Com as medidas prorrogadas, bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e outros estabelecimentos semelhantes, só podem receber clientes sentados às mesas e até as 22h, com tolerância de uma hora para que o atendimento seja encerrado com o esvaziamento completo das pessoas e o fechamento total do estabelecimento para o público. Após esse horário, é permitido o funcionamento interno, com as portas fechadas, mas exclusivamente para entrega em domicílio (delivery), retirada no local (take away) ou drive thru.

O prefeito contou que, desde o início das medidas restritivas no Rio, ele não ia a um restaurante para jantar, mas ontem resolveu ir, e o estabelecimento respeitou as determinações. Para Paes, a adoção de horários de funcionamento acabou alterando os hábitos dos consumidores, que acabam saindo um pouco mais cedo.

Ele voltou a pedir a colaboração da população para que siga as medidas: “a gente espera voltar a avançar, mas é um momento de muita conscientização das pessoas e de muita colaboração da população. Sei que algumas pessoas até ironizam quando faço referência a colaboração da população, mas não vou parar de pedir a colaboração da população, porque essa é a única maneira de fato para combater o vírus”.

Em 2021, a cidade do Rio registrou 63.536 casos de covid-19, sendo 15.458 graves. No período, 5.462 pessoas morreram em consequência da doença. A taxa de incidência alcançou 953,8 por 100 mil habitantes, a de letalidade chegou a 8,6% e a taxa de mortalidade 82,9 por 100 mil habitantes.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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