Economia

Retomada de Angra 3 é tema de debates em seminário na Uerj

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A retomada da Usina Nuclear Angra 3, cujas obras recomeçam em agosto, foi um dos temas do 6º Seminário sobre Energia Nuclear: Aspectos Econômicos, Políticos e Ambientais, que começou nesta terça-feira (21) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) do Instituto de Geografia da Uerj e Casa Viva Eventos, com patrocínio da Eletronuclear, o seminário termina amanhã (22).

Em sua exposição, o chefe do Departamento de Controle de Bens e Serviços da Eletronuclear, Jean Campelo Brunswick, que até ontem (20) desempenhou a função de superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos, disse que a empresa está desenvolvendo o Plano de Aceleração da Linha Crítica, que deverá se estender até a contratação do Epecista, de modo que não se perca tempo e se mantenha o cronograma de entrada comercial da usina, estimado para fevereiro de 2028.

“Isso é o que está sendo considerado hoje pela Eletronuclear”, afirmou.

Mobilização

Brunswick disse à Agência Brasil que o Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3 está começando. A assinatura de contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que permitirá a retomada das obras da usina nuclear Angra 3, foi em fevereiro deste ano, e o consórcio está, no momento, mobilizando pessoal e iniciando pequenas obras no canteiro.

A previsão é que já entre com concreto em agosto e, a partir daí, ocorra efetivamente a retomada da obra, acrescentou Brunswick. A conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3 é considerada como um marco importante “porque é uma efetiva retomada”. Ele ressaltou, entretanto, que as obras já foram retomadas, a partir da contratação do consórcio liderado pela Ferreira Guedes.

Em 2015, quando as obras foram paralisadas, com 65% delas já concluídas, tinham sido gastos R$ 7,8 bilhões na usina. “A gente vai passar desses 65% para 100%, em 2028”, disse o executivo da Eletronuclear, que não soube precisar o montante de investimentos que ainda será aplicado no projeto.

O consórcio realiza algumas obras de infraestrutura que as próprias empresas vão usar, como vestiário e refeitório, além de trabalhar na central de concreto que vai ser usado no edifício do reator.

Na fase atual, entre 99% e 100% da mão de obra contratada serão nacionais. “Porque mão de obra estrangeira é muito específica e, normalmente, está associada a algum tipo de trabalho de um componente nuclear ou alguma estrutura mais específica. Vai ser pontual, pelo menos nessa fase. Hoje, é 100% nacional o que está lá”.

Próximo passo

Segundo Brunswick, o próximo passo será a contratação do Epecista, ou projetista, fornecedor e construtor, simultaneamente. Este foi o modelo definido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a retomada de Angra 3. Na verdade, será uma empresa ou consórcio que finalizará as obras civis e a montagem eletromecânica da usina, o que ocorrerá por meio de contrato de EPC (sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e construção). Nessa fase, será contratada também mão de obra estrangeira, porque são diversos componentes, muitos dos quais, importados e que têm assistência da Framatome, um dos principais líderes mundiais no setor da energia nuclear, cuja participação é significativa na etapa atual do Plano de Aceleração.

A previsão é que a contratação do Epecista ocorra por volta de 2024. “Quem entrar vai ter que fazer o restante das obras civis, a montagem eletromecânica e o comissionamento”, destacou Brunswick. Ele disse que a privatização da Eletrobras não altera em nada a operacionalização das usinas nucleares Angra 1 e 2.

De acordo com Brunswick, o que muda é que, antes, a usina estava sob controle da Eletrobras e que agora, a ex-holding do setor elétrico passa a ser uma investidora do projeto. “Do ponto de vista prático, não muda, porque o estudo de modelagem do BNDES continua, vai ter a licitação do mesmo jeito.” O que muda é a questão da fonte de recursos, que passa a ser da nova holding Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), criada pelo governo federal, que vai abrigar ativos de Eletronuclear e Itaipu Binacional, explicou. “Não afeta o cronograma de Angra 3 de modo algum”, concluiu.

Edição: Nádia Franco

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Sorteio da Nota Fiscal Goiana premia moradores de 34 municípios

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Ao todo foram 158 ganhadores em abril. Prêmio máximo de R$ 50 mil foi sorteado para uma moradora de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Economia, realizou na manhã desta quinta-feira (25/04), o sorteio mensal da Nota Fiscal Goiana (NFG) com premiações que somam R$ 200 mil. O maior prêmio, de R$ 50 mil, saiu para a moradora da capital, Catarina Amato Ferreira. A relação de todos os ganhadores já está disponível para consulta no site do programa.

O coordenador da Nota Fiscal Goiana, Leonardo Vieira de Paula, revela que a ganhadora do prêmio máximo concorreu com 16 bilhetes, em um universo de quase 3,7 milhões gerados para essa edição, de número 88. Foram consideradas as notas fiscais com CPF das compras do mês de março no varejo goiano.

Outros 157 inscritos tiveram seus bilhetes sorteados e vão ganhar os demais prêmios: três de R$ 10 mil; quatro de R$ 5 mil; 50 de R$ 1 mil e 100 de R$ 500,00 cada. Os nomes dos ganhadores já estão divulgados no site do programa https://goias.gov.br/nfgoiana, que também deve ser acessado para solicitar o pagamento do dinheiro.

Do total, 80 residem em Goiânia, 15 em Aparecida de Goiânia, nove em Anápolis, cinco em Trindade e cinco em Rio Verde. Moradores de outras 28 cidades goianas e dois do Distrito Federal também foram sorteados. A premiação foi acompanhada por vários servidores da Economia e pelo superintendente de Informações Fiscais, Luciano Pessoa.

Dia das Mães
Quem não foi sorteado neste sorteio pode continuar pedindo o CPF na nota para concorrer à edição de maio, prevista para o final do mês. “O Dia das Mães é uma das datas em que o comércio está mais aquecido. Então, é uma excelente oportunidade para os participantes no programa aumentarem suas chances de ganhar. A compra pode ser de qualquer valor, não existe valor mínimo, basta ter o CPF na nota para concorrer. Ao somar R$ 100 em compras, o inscrito ganha um bilhete”, detalha Leonardo.

Quem ainda não é inscrito, terá a oportunidade de participar do sorteio de maio desde que se inscreva, pelo site, e peça o CPF na nota em todos os estabelecimentos do varejo goiano. A NFG também concede desconto de até 10% no valor do IPVA do participante, além de beneficiar os times de futebol da primeira divisão do campeonato goiano.

Fotos: Secretaria da Economia / Secretaria da Economia – Governo de Goiás

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