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Reeleito como o 6º deputado mais bem votado, Antônio Gomide trata sobre perspectivas para a próxima Legislatura

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Entre os deputados reeleitos mais bem votados em Goiás nas eleições 2022, Antônio Gomide (PT) conquistou o 4º lugar com 45.256 votos, sendo que de todos os 41 eleitos ele ocupa o 6º lugar. Além disso, consagrou-se como o parlamentar estadual mais bem votado da história do Partido dos Trabalhadores (PT), em Goiás.

Trajetória

O odontólogo é natural de Goianésia, mas mudou-se para Anápolis em 1961, município que representa desde que foi eleito vereador, em 1996. Em 2000, foi reeleito e em 2005 foi o vereador mais bem votado da cidade.  Em 2008, disputou a prefeitura de Anápolis e obteve 75,6% dos votos em segundo turno, sendo eleito. No ano de 2012, obteve uma marca histórica, na disputa pela reeleição. Foi o prefeito mais votado do Brasil em cidades com dois turnos, chegando à marca de 88,93% dos votos, vencendo ainda no primeiro turno.  

Como reflexo de uma gestão séria, equilibrada e competente, Gomide foi reconhecido duas vezes consecutivas como prefeito empreendedor do estado de Goiás pelo Sebrae Nacional. 

Em sua gestão, recebeu o prêmio nacional Chico Mendes por seis vezes consecutivas – por destaque em políticas do meio ambiente.  Em 2014, se desincompatibilizou da Prefeitura, por força da lei, para disputar as eleições ao governo do Estado, na qual obteve 319.233 votos, mas não foi eleito. Ao final de sua administração, seu trabalho foi aprovado por 92,4% dos anapolinos.  

Em 2016 Antônio Gomide foi eleito vereador por Anápolis, sendo, proporcionalmente, o mais bem votado do Brasil, com 11.647 votos. Em 2018 foi eleito deputado estadual com votação recorde em Anápolis, sendo o 10º mais bem votado do estado de Goiás. 

Perspectivas futuras e análise do panorama atual

Diante desse cenário, o parlamentar concedeu entrevista à Agência Assembleia de Notícias para tratar sobre a atual Legislatura e as perspectivas futuras para a seguinte e, além disso, trouxe sua análise sobre o cenário político brasileiro em geral. Confira: 

Além de Anápolis, quais são os municípios que representa?  

Antônio Gomide: Anápolis é a principal base eleitoral onde que recebi votos em 239 dos 246 municípios goianos. Tenho forte atuação na região do Vale do São Patrício, nas regiões Norte, Nordeste do estado e Chapada dos Veadeiros e também fui bem votado no Sudoeste e Sudeste, com o trabalho expressivo dos correligionários do Partido dos Trabalhadores. 

Qual balanço que pode ser feito sobre o trabalho realizado durante as eleições 2022?  

Antônio Gomide: Houve um crescimento expressivo do número de apoiadores, colaboradores e simpatizantes, que me levaram a ser o deputado estadual mais votado da história do PT de Goiás, com 45.256 votos, ficando na sexta colocação entre os 41 deputados eleitos. Essa votação aumenta a nossa responsabilidade perante os municípios que representamos e incentiva o mandato a continuar buscando benefícios à população e a apresentar projetos que sejam do interesse do povo goiano. 

Ter sido o 6º candidato mais bem votado, em Goiás, faz exercer influência sobre os planos de trabalho que será realizado nos próximos quatro anos?  

Antônio Gomide: Realizamos um mandato atento às principais demandas sociais. Durante a pandemia de covid-19 fui o legislador que mais cobrou a compra das vacinas e o início da imunização da população. Também fiz cobrança de ações sociais, como a aprovação de um programa de renda mínima para atender às famílias que perderam renda ou estavam desempregadas durante o isolamento imposto pela pandemia. Na educação, lutei por mais investimentos na Universidade Estadual de Goiás (UEG) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). Criamos a Frente Parlamentar em defesa das universidades públicas que defendeu o retorno da destinação de 2% do orçamento do Estado para UEG. Fui o deputado que mais destinou emendas parlamentares, R$ 2 milhões no total para manutenção da UEG e UFG. Nosso mandato também se destacou na defesa do meio ambiente. Criamos a Frente Parlamentar em Defesa da Chapada dos Veadeiros que aprovou cinco leis na Alego, que foram sancionadas pelo governador Ronaldo Caiado, destacando-se as que criaram o Banco de Sementes do Cerrado, Leis de Fortalecimento da Agricultura Familiar e para apoio às comunidades tradicionais. Esse legado dos primeiros quatro anos de mandato serão a base para o planejamento do próximo quadriênio, que vai manter a marca da democracia, ouvindo todos os colaboradores e apoiadores nos municípios na hora de destinar recursos e de elaborar leis e requerimentos junto aos órgãos governamentais. 

Que partidos saíram fortalecidos durante esse processo?  

Antônio Gomide:  As eleições de 2022 foram as mais polarizadas desde o início da redemocratização e por isso os partidos que mais se destacaram foram aqueles que estavam à frente da disputa presidencial. No caso do PT, o crescimento foi expressivo. Lula venceu o primeiro turno, com 48,4% dos votos e segue à frente no segundo turno com 53%, segundo a última pesquisa Data Folha. O partido elegeu três governadores no primeiro turno (CE, RN, PI) e disputa em quatro estados (BA, SP, SE e SC), elegeu quatro senadores (PE, PA, PI, CE) e chegou a 69 deputados federais, dois deles eleitos em Goiás (Delegada Adriana Accorsi e Rubens Otoni). Eduardo Suplicy foi o deputado estadual mais votado do Brasil com 807.0152 votos e o PT chegou a 118 deputados estaduais, com crescimento expressivo da bancada feminina, que passou a ter 34 deputadas, uma delas em Goiás, no caso da companheira Bia de Lima. Em Goiás, saíram fortalecidos o partido do governador Ronaldo Caiado, União Brasil e o MDB, do vice-governador Daniel Vilela e o PL, que elegeu o senador Wilder Morais. 

Educação, cultura, meio ambiente, etc. são pautas sempre defendidas em seus mandatos passados. Pretende manter a defesa dessas pautas? Qual é a expectativa para próxima Legislatura?  

Antônio Gomide:  O mandato tem um caráter participativo, inclusivo, democrático e popular. Os projetos, as emendas, os requerimentos e as leis são feitas ouvindo os companheiros e companheiras nos municípios.  É com a participação de todos, com as colaborações e reivindicações que realizamos o trabalho parlamentar. Esse perfil é a nossa marca e vamos continuar atuando em sintonia com as demandas da população e a experiência que adquirimos com nossa passagem pelo Legislativo municipal, os dois mandatos como prefeito de Anápolis e este primeiro mandato na Alego. 

Como está seu relacionamento e do partido com o Governo estadual reeleito?  

Antônio Gomide:  A população nos elegeu novamente como deputado de oposição, o que nos coloca na função de fiscalizar os atos do governo que foi eleito. Desempenhamos esse papel com responsabilidade no nosso primeiro mandato. Cobramos ações que achávamos necessárias, como a compra de vacinas, a implantação de um programa de renda mínima para população vulnerável e outras demandas, como a recuperação de rodovias, a implantação de redes de fornecimento de água ou de tratamento de esgoto, reformas de escolas, o retorno dos 2% do orçamento do estado para a UEG e muitas outras demandas. Acreditamos num tratamento respeitoso e de diálogo entre oposição e governo. Goiás e o Brasil precisam estimular esta postura republicana, de respeito entre as instituições. O ex-deputado federal Alfredo Nasser, cujo busto está à frente da antiga Assembleia Legislativa, sempre foi deputado de oposição ao PSD, do governador Pedro Ludovico. Nasser dizia que “oposição também governa”, observando que as demandas da oposição fazem o governo agir, não deixando que fique acomodado. Penso que essa é uma função importante dos deputados de oposição: fiscalizar a aplicação das verbas públicas, cobrar melhorias à população e propor melhorias. Nosso entendimento é que podemos buscar sempre o melhor para a nossa população. 

Quanto ao cenário nacional, qual a expectativa para o segundo turno? 

Antônio Gomide:  Apesar de toda a força da máquina federal, Lula chegou à frente neste primeiro turno e lidera com uma vantagem de 6 milhões de votos sobre o presidente Jair Bolsonaro. Nunca antes na história desse País um governo usou tanto dinheiro público numa eleição. Foi um vale-tudo que teve orçamento secreto, a aprovação do “pacote de bondades” em meio a escândalos de uso da máquina que deveriam ter sido coibidos pelos órgãos de fiscalização como o Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa avalanche de recursos desequilibrou a balança em favor de candidatos ligados à máquina federal, proporcionando a eleição de uma grande bancada de deputados e senadores. Penso que a força dessa manipulação de recursos perde força nesse segundo turno, onde a população irá escolher com mais tranquilidade entre dois candidatos que tem perfis completamente opostos. Lula tem experiência administrativa, governou o país com maestria e foi no seu governo onde se gerou mais emprego e renda para a população. Com Lula o Brasil foi a quinta maior economia mundial, o país expandiu a sua pauta de exportações. O agronegócio ganhou força com o governo Lula abrindo os mercados da China, da Índia, dos países árabes e da Rússia. Lula criou o Bolsa Família, que Bolsonaro quis acabar, e só não pôs fim porque o PT e os partidos de oposição brigaram durante a pandemia para que ao invés de R$ 150 reais de auxílio, como queria o ministro Paulo Guedes, fossam destinados R$ 600,00 para a população vulnerável.  

Nesse segundo turno estão com Lula os principais líderes de mercado como os Setúbal, donos do banco Itaú, o empresário Pedro Passos, fundador da Natura. Líderes políticos da envergadura do ex-presidente Fernando Henrique, os economistas responsáveis pela criação do Plano Real, 12 governadores, os ex-candidatos a presidência Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), além de milhares de lideranças religiosas, sindicais, dos meios jurídico, cultural, estudantil e comunitário. 

Lula demonstra que tem mais apoios dentro e fora do País para governar e é essa capacidade política de organizar uma frente ampla, de pessoas responsáveis e com legado de contribuição para o Brasil é que vai levar Lula a ser eleito no dia 30 de outubro.  

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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