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Reconstrução inovadora em paciente com câncer

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O procedimento inovador foi conduzido pela cirurgiã plástica Laudicely de Araújo Costa que, além de uma grande equipe, contou também com um microscópio de última geração, utilizado em neurocirurgias | Fotos: Davidyson Damasceno/Iges-DF

Uma paciente com câncer passou por um procedimento inovador de reconstrução do calcanhar no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Trata-se de uma cirurgia em que foi usado tecido da coxa esquerda da própria paciente para reconstituição do pé direito após a retirada de um tumor. Normalmente, nesses casos tratados no HBDF, a cirurgia realizada envolve a transferência de tecido da panturrilha, conhecida popularmente como “batata da perna”, porém, os resultados são menos satisfatórios, porque aumentam as chances de sequelas, o que pode exigir que mais cirurgias sejam feitas posteriormente para atingir o resultado desejado.

“Essa paciente vai ter um resultado estético melhor, mas o principal diferencial é que essa cirurgia reduz as chances de sequela. Com isso, ela vai ter o melhor funcionamento do membro, vai poder andar, apoiar o pé no chão, desenvolver a vida normalmente”Laudicely de Araújo Costa, cirurgiã plástica

A cirurgiã plástica que coordenou a equipe responsável pelo procedimento, Laudicely de Araújo Costa, explicou que toda a operação teve duração de aproximadamente sete horas. Primeiro, foi necessário retirar o tumor, o que levou menos de uma hora. Depois, foi necessário fazer a reconstrução de maneira minuciosa. A equipe contou com a participação voluntária do cirurgião plástico Carlos Gustavo Neves, que trabalhou muitos anos no Hospital de Amor, referência em oncologia em Barretos e, agora, mora em Goiânia, mas veio à Brasília exclusivamente para essa cirurgia.

Para garantir o sucesso da operação, também compuseram a equipe profissionais da enfermagem, anestesistas, residentes e uma instrumentadora. Além da força de trabalho humana, foi necessário contar com um microscópio moderno de última geração, aparelho disponível no próprio HB que geralmente é usado em neurocirurgias. “Esse equipamento foi essencial para costurar a artéria e a veia, de maneira que esse novo tecido tenha a oxigenação garantida pela reconstituição da irrigação sanguínea. É um procedimento similar a um transplante de órgão”, só que utilizando o tecido do próprio paciente, esclareceu a médica.

A artesã Maria Aguiar de Lima, de 51 anos, foi diagnosticada com câncer no calcanhar pela segunda vez, agora com um tumor de maiores proporções

Segundo ela, desde 2013 a cirurgia plástica atua no Hospital de Base fazendo reconstruções em pacientes com câncer, mas essa cirurgia foi inovadora. “Essa paciente vai ter um resultado estético melhor, mas o principal diferencial é que essa cirurgia reduz as chances de sequela. Com isso, ela vai ter o melhor funcionamento do membro, vai poder andar, apoiar o pé no chão, desenvolver a vida normalmente”, disse.

Para a médica, essa primeira cirurgia abre portas para novas reconstruções. “Nossa expectativa é que mais pacientes sejam beneficiados com essa técnica já usada em outros lugares”, finalizou a cirurgiã, ao contabilizar que uma cirurgia desse tipo na rede privada custaria mais de R$ 100 mil em razão do material, equipe e estrutura empregados.

Gratidão

Internada no sexto andar do HB, a artesã Maria Aguiar de Lima, 51 anos, moradora de Santa Maria, foi a paciente beneficiada com o procedimento. Ela foi diagnosticada com câncer no pé pela primeira vez em 2017 e submetida à cirurgia para retirada do câncer em 2018. Porém, o tumor voltou em maiores proporções em 2021. Por isso, foi necessário usar uma maior quantidade de tecido na reconstrução.

“Comecei sentindo muita dor no pé e imaginei que fosse um calo. Depois da biópsia, descobri que era câncer. Comecei a ter dificuldade de locomoção. Agora que descobri novamente, fui atendida de maneira rápida. A médica explicou que essa era uma cirurgia nova e a minha expectativa é voltar a ter uma vida normal, poder andar. Por isso, agradeço muito a equipe de médicos do hospital”, finalizou a paciente.

*Com informações do Iges-DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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