Política

Recebe veto parcial projeto sobre atendimento a crianças com câncer

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A Governadoria protocolou na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) a propositura 10874/22, que veta parcialmente o autógrafo de lei 474, proposta pelo deputado Paulo Cezar (PL), que pretendia alterar a Lei n° 16.140 (2 de outubro de 2007), que dispõe sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização, regulamentação, fiscalização e o controle dos serviços correspondentes e, ainda, a Lei n° 16.445, (31 de dezembro de 2008), que institui a Campanha Estadual de Conscientização do Câncer Infantil.

Para justificar o veto parcial, o governador Ronaldo Caiado (UB) sustentou o parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para atestar a inconstitucionalidade da matéria, por vício formal da iniciativa e, ainda, por vício formal orgânico. 

Consultada a respeito da constitucionalidade e da legalidade da pretensão normativa, a PGE, recomenda o veto aos dispositivos referenciados. Inicialmente, a PGE esclarece que o parágrafo único a ser acrescido ao artigo1° da Lei estadual n° 16.445, de 2008, apresenta vício formal orgânico. Ele considera que o público infantil é composto por crianças e adolescentes, nos termos do artigo 2° da Lei federal n° 8.069 (Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA), de 13 de julho de 1990. Esse artigo, de acordo com a citação da PGE, prevê que “considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade”. 

Entretanto, salienta a PGE que a disposição contraria as normas gerais da Lei Federal nº 14.308 (8 de março de 2022), que institui a Política Nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica, cujo artigo primeiro, parágrafo único, considera abrangidos pela política referida às crianças e os adolescentes com suspeita ou diagnóstico de câncer, na faixa etária de até 19  anos. Logo, não haveria compatibilização entre o regramento estadual e o federal. 

Em seu despacho, a PGE recomenda o veto aos dispositivos que padecem de inconstitucionalidade formal de iniciativa. O primeiro prevê que “os exames e cirurgias devem ser iniciados e realizados no prazo de cinco dias, após a requisição médica” e que “ao acompanhante da criança deve ser proporcionada estrutura necessária para hospedagem e alimentação”. Já o último determina a “implantação, no mínimo, de uma unidade de saúde especializada em cada Município-Polo”. Segundo a PGE, esses dispositivos interferem na organização, no funcionamento e na gestão dos órgãos e das entidades de saúde do Poder Executivo, pois versam sobre matéria de iniciativa legislativa reservada ao governador.  

Em outro trecho, a Procuradoria sustenta que é necessária a estimativa do impacto orçamentário-financeiro do projeto, uma vez que ele ocasiona a criação de despesa obrigatória para o Estado, na parte em que determina o fornecimento de hospedagem e alimentação ao acompanhante do paciente e obriga a implantação de, no mínimo, uma unidade de saúde especializada em cada município-polo. Contudo, não consta do processo legislativo a referida estimativa para o exercício em que a medida deveria entrar em vigor, o que configura a inobservância da exigência estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, o autógrafo contraria o Regime de Recuperação Fiscal na medida em que cria despesa obrigatória de caráter continuado. 

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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