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Proposta de Paulo Cezar, Alego debateu Sistema de Regulação da Saúde em Goiás, em audiência pública nesta 5ª-feira, 26

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Foi realizada, na manhã desta quinta-feira, 26, audiência pública que debateu o Sistema de Regulação da Saúde em Goiás. O evento foi conduzido pelo propositor, deputado Paulo Cezar (PL), que ressaltou o papel fiscalizador exercido pelo Legislativo no que tange ao atendimento oferecido pelo Sistema de Regulação no estado. O parlamentar ressaltou a importância do tema para os pacientes que aguardam atendimento. 

Além de Paulo Cezar, integraramm a mesa diretiva: os deputados tucanos e médicos Helio de Sousa e Gustavo Sebba, Delegado Humberto Teófilo (Patriota); o secretário de Estado da Saúde, Sandro Rogério Rodrigues Batista; Kárita Cristina, representando a superintendente de Regulação no Estado de Goiás, Neusilma Rodrigues; Madson Bedim, superintendente da Secretaria de Saúde de Goiânia, representando o titular da pasta, Durval Pedroso; o advogado Arthur Silveira Miranda, secretário adjunto da Comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde; e a secretária de Saúde de Inhumas, Patrícia Palmeira, representando o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO). 

Avaliação dos médicos

O deputado Hélio de Souza lembrou sua participação nas políticas públicas no estado — foi secretário estadual de Saúde (2008-2009). Ele parabenizou o colega Paulo Cezar pela realização do debate e considerou que sua experiência enquanto médico e parlamentar foi essencial para a elaboração de projeto de lei cujo objetivo é que as próprias unidades de saúde no estado possam se regulamentar sem a necessidade de aval das secretarias de saúde do estado e dos municípios.

O tucano apontou que a avaliação dos médicos que atuam nas unidades de saúde é que a legislação atual corrobora a falta de agilidade para o atendimento à população. “A regulação das unidades de saúde em Goiás é um gargalo que só será resolvido com debates como este.”

Apoio do Legislativo

 O presidente da Comissão de Saúde da Alego, deputado Gustavo Sebba, lembrou que a regulação e gestão de hospitais e unidades de saúde pública são de responsabilidade do Estado. O tucano, que é médico, apontou que o veto da Governadoria ao projeto que alterava a lei de regulação das unidades de atendimento à saúde é prejudicial à população. “Os hospitais estão ociosos com algumas cirurgias. Os diretores das unidades podem confirmar que os hospitais estão aptos para a realização de procedimentos, mas que a regulação não permite. Existe leito e existe, ainda, filas para cirurgias eletivas.”

Dirigindo-se ao secretário de Estado da Saúde, Sandro Rogério Batista, Sebba ofereceu apoio e suporte do Legislativo goiano. “Em relação à saúde, pode contar com essa Casa. Governo e oposição estarão juntos nesse projeto. Pode contar conosco, estamos à disposição para ajudar.”

Paulo Cezar apontou que garantia à saúde é dever do Estado. “Nossa preocupação não é tirar poder das secretarias ou favorecer outros servidores, estamos preocupados com as vidas que podem ser salvas em Goiás”, disse, ressaltando o poder fiscalizador do Legislativo e pontuando que uma eventual Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) poderia ser instalada para apurar os problemas. Ele considerou que é angustiante andar nas filas dos hospitais e ouvir as histórias de quem precisa realizar cirurgias eletivas.

Secretarias de Saúde

Em sua participação, o secretário de Estado da Saúde, Sandro Rogério Batista, fez um balanço dos investimentos na área, nos últimos três anos, de R$ 11 milhões. Sandro apontou os 11 hospitais e seis policlínicas instalados pela gestão, a fim de melhorar o acesso da população aos serviços de saúde. E assinalou que, de outubro até o momento, foram realizadas mais de 10 mil cirurgias.

O secretário pontuou a complexidade do serviço oferecido. “Sei como a rede funciona e os desafios que temos. Entretanto, tudo que foi planejado pelo governo foi executado”, assinalou e ressaltou a vivência passada que ele tem na Regulação. “Em saúde, a gente trabalha com rede. Temos que pensar porque os hospitais têm porta aberta. Temos que ver o que está acontecendo”, assinalou. 

O gestor disse que a Regulação em Goiás nunca foi problema. “Pega o processo, avalia e faz o ranqueamento”, explicou. “O motivo da Regulação ter sido transferida para o estado é a transparência”, complementou, afirmando que se trata de um processo e que isso foi transformado. 

O superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde da capital, Madson Bedim, ressaltou que a entidade regula, aproximadamente, 25 municípios que solicitam vagas de urgência diretamente à Goiânia, por falta de vagas ou por falta de infraestrutura. Ele ponderou a importância da política de complemento, para briefing (registro de dados) e diagnósticos da situação atual, que auxilia a secretaria para solicitar recursos. “Temos a intenção de melhorar as cirurgias que possuem uma demanda maior e diminuir, por conseguinte, as filas de atendimento.”

O superintende apontou que a relação entre as secretarias municipal e estadual é harmônica e que ambas lutam em conjunto para melhoria do sistema. Bedim apontou que o paciente precisar ser direcionado para o tratamento ideal, de modo a evitar a permanência em leitos destinados a outras áreas. Outro ponto é melhora das unidades de saúde no interior, permitindo ao paciente acesso a tratamento de qualidade no município onde é residente, aliviando ainda o sistema de saúde da capital. 

Soluções

O deputado Paulo Cezar questionou os representantes do estado e do município, sobre o que poderia ser feito para desafogar a superlotação com encaminhamento para hospitais privados. “O município está em busca desse modelo com uso de tesouro municipal, para complementar o atendimento. Tem prestadores interessados”, respondeu Madson Bedim, representante do titular municipal de Saúde, Durval Pedroso. “O município está otimizando a utilização dos serviços privados, a exemplo de cirurgias e exames cardíacos e urologia”, informou. 

Por sua vez, o secretário de Estado, Sandro Rogério, afirmou que a SES não tomou a Regulação do município. “Tudo foi feito dentro da legalidade. Ele pontuou, ainda, a necessidade de discussão de valores a título de pacientes de Goiânia e outros municípios a fim de que os pacientes tenham acesso, a partir da complementação de cada município. 

O gestor estadual informou que já é feito o processo de cirurgias seletivas com hospitais privados. 

Diálogo

Arthur Silveira Miranda, secretário adjunto da Comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Goiás), enfatizou que o diálogo entre a instituição, o Poder Legislativo, Ministério Público e a sociedade civil é essencial para construção de alternativas aos problemas que ainda fazem parte da saúde pública no estado.

Ele reiterou que a centralização da saúde pública é um dos problemas que ocasionam as longas filas para atendimento médico em Goiás. Arthur apontou como alternativa a parceria entre os setores público e privado. “A iniciativa privada também deve integrar, através de contratos fiscalizados pelo Poder Legislativo, ações públicas de saúde para a população. Precisamos capilarizariar o atendimento primário à saúde e, ainda, em alguns procedimentos mais complexos que precisem de uma receita orçamentária mais robusta.”

O advogado reforçou o compromisso da OAB-Goiás para atuar em defesa do cidadão e reafirmou que a instituição compadece com os anseios de melhoria na saúde de Goiás.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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