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Projeto no Rio retoma concertos gratuitos sobre Imortais da Música

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O Projeto Música no Museu retoma amanhã (11) a programação gratuita, iniciada em novembro passado, da série Os Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ). Os concertos terão a soprano Georgia Szpilman e a pianista Maria Luiza Lundberg revisitando a obra de Chiquinha Gonzaga, tendo o clarinetista Moises Santos como convidado especial. A série seguirá até abril, informou o idealizador e diretor do projeto, Sergio da Costa e Silva.

Segundo ele, a série ressalta os gênios da música brasileira, como Villa-Lobos, Francisco Mignone, Ernesto Nazareth, Ary Barroso, Tom Jobim. São 15 autores e músicos brasileiros que a gente está ressaltando e também os estrangeiros, como Beethoven, Bach, Mozart, Brahms. Os grandes nomes da música clássica internacional e nacional”.

No dia 14 deste mês, o projeto inaugura a parceria Música no Museu Especial com a Casa Museu Eva Klabin. Esse novo espaço cultural se une ao projeto, com o diferencial de oferecer também gratuidade, a partir de agora, ao público visitante. “O diferencial é que, anteriormente, a entrada era paga e, agora, será gratuita, como acontece com todos os outros locais”. Será realizado um concerto por mês. Os músicos estão sendo escolhidos, e a programação é definida em conjunto. O primeiro concerto contará com a pianista Clara Sverner, duas vezes indicada ao Grammy Latino. Ela interpretará clássicos de Mozart e Chopin.

A programação de janeiro será encerrada no dia 25, com o pianista Cláudio Vettori e o tenor lírico Rodrigo Mathias se apresentando no CCBB. O programa inclui Carlos Gomes e árias das óperas La Bohème e Tosca.

Carnaval

Em fevereiro, o projeto levará ao público Os Clássicos no Carnaval. “Músicas clássicas de carnaval são cantadas por artistas líricos, como Estrela D’Alva”, explicou Costa e Silva. Mulher à frente do seu tempo, Chiquinha Gonzaga terá a música imortal Ô Abre Alas abrindo a programação carnavalesca. Entre outros destaques, Eliane Salek (piano e voz) tocará os sambas e as marchinhas de carnaval de Waldemar Henrique, no Museu da República, no dia 5, em homenagem ao compositor.

Os locais das apresentações serão os mesmos onde normalmente são feitas as séries do projeto, entre os quais o CCBB, o Museu do Exército, o Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF).

No dia 11, o Música no Museu Especial trará de São Paulo a pianista Eudoxia de Barros para executar, no Casa Museu Eva Klabin, repertório variado com composições de Schubert, Liszt, Lina Pesce, Luiz Levy e outros grandes nomes.

Outro destaque de fevereiro é o programa Do Outro Lado do Carnaval, que reunirá no dia 15, no CCBB, os músicos Adriana Kellner, Cecilia Guimarães, Ezequiel Peres, Fernanda Cruz e Maria Helena de Andrade.

Em março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, no dia 8, o Projeto Música no Museu terá só musicistas do sexo feminino “e, de preferência, com peças de compositoras e músicas com nome de mulheres”, disse o criador do projeto. “É interessante, porque dá dinamismo”, completou. Sergio da Costa e Silva comentou que no mês de março, o total de locais é ampliado, atingindo 12 espaços, com a volta de outros locais, como o Museu da Justiça, o Consulado de Portugal, o Forte de Copacabana, que reabrem naquele mês. “São alguns locais que só vão voltar em março. Então, a gente vai aumentar e chegar a esse número”.

Patrimônio

No ano passado, ao completar 25 anos, o Projeto Música no Museu recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro. “Esse título, na área da música clássica, só a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e o Música no Museu têm. É uma honraria muito grande para a gente”, afirmou Costa e Silva.

Ele adiantou que, no decorrer deste ano, o projeto vai fazer apresentações nas cidades portuguesas de Lisboa, Coimbra e Porto e também em Viena, na Áustria, “levando músicos e música brasileira para o exterior. Nós estamos dando continuidade ao que já vínhamos fazendo desde 2006”. Essas apresentações serão iniciadas em fevereiro próximo.

No primeiro trimestre de 2023, o projeto lançará o livro Música no Museu 25 Anos – Do Rio de Janeiro para o Mundo. “Porque o projeto já fez concertos em cidades de países em todos os continentes. Já foi à Austrália, à Índia, ao Vietnã, ao Marrocos, se apresentou no Carnegie Hall, em Nova York”, concluiu.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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