Geral
Projeto Borboleta: do Piauí diretamente para as escolas do DF
Inspirado em um ser pequenino, mas de simbologia forte, o Projeto Borboleta viaja do Piauí até o Distrito Federal para transformar a educação de escolas em regiões de vulnerabilidade social. Fruto de prática pedagógica que usa os ensinamentos da natureza, o projeto pauta a troca de conhecimento como ferramenta principal da arte de lecionar.
Inicialmente, a secretaria de Educação se prepara para receber a proposta em três escolas: CEF Boa Esperança, de Ceilândia; CED Irmã Regina Velana Régias, de Brazlândia; e Escola Classe Itapeti, do Itapoã.
Articulado pela Agência das Nações Unidas para a Educação (Unesco), o Projeto Borboleta tem o objetivo de aumentar os índices de desempenho da educação básica. Por isso, as escolas foram escolhidas com base na baixa pontuação obtida no Índice de Educação Básica (Ideb).
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, conta que o projeto é de grande valor para a educação em perspectiva nacional: “Esse é um projeto muito especial, que revolucionou a educação não só em Oeiras (PI), como em todo Brasil. Me emociono ao recebê-lo nas primeiras escolas do Distrito Federal”.
Projeto que acolhe
A professora Ruthneia Vieira Lima, precursora do projeto, fala sobre a importância de uma educação baseada no amadurecimento: “A borboleta inspira a transformação e por isso deu nome ao projeto. Ela não se permite mais rastejar como a lagarta, pois prepara uma nova roupagem com força e esperança para voar. É a borboleta que carrega a simbologia de sair de um estado e ir para o outro, sempre com muita paciência e tolerância”.
Ruthneia conta que tudo começou na Escola Municipal Casa Meio Norte, em Teresina (PI). “O Projeto Borboleta veio de uma região periférica, mergulhada dentro da vulnerabilidade social. Um espaço onde a comunidade é fruto de invasão, onde as casas eram feitas pela manhã e queimadas de noite”, lembra.
Com resultados revolucionários para a educação local, as asas da borboleta levaram as pinceladas do projeto para o Maranhão e, de lá, chegou ao município de Oeiras. A secretaria de Educação do município buscava alternativas para melhorar a educação das crianças e viu na proposta a possibilidade de salvação.
A mudança começou com as turmas de 5º ano, com as quais a professora constatou que 7 de cada 10 crianças da turma não sabiam ler.
“Tínhamos que correr atrás do prejuízo de leitura e de escrita. Precisávamos correr para as crianças construírem as habilidades que não tinham construído até ali. Conseguimos fazer o diagnóstico na rede e implantar o projeto no mês de maio. Assim, na primeira quinzena de junho, estávamos com todas as crianças lendo”, destaca a professora.
Ali o projeto cresceu. Chegou para os estudantes do 1º ao 4º ano e em seguida na educação infantil. “Oeiras conseguiu fortalecer a sua base por meio do Projeto Borboleta. Qualificando o nível da alfabetização, conseguimos melhorar os anos finais”, conta Ruthneia.
Agora, chegando ao DF, o Projeto Borboleta vem para acolher e auxiliar na construção de uma nova perspectiva da educação. A ideia é aplicar estratégias pedagógicas que estimulem o crescimento da aprendizagem local. O trabalho promete envolver cultura, arte, literatura, famílias e professores em um cenário de crescimento para os estudantes.
Assim, como argumenta a professora Ruthneia, o lugar das famílias é na escola: “Nossa proposta é chamar todas as famílias para o compromisso da educação. Com trabalho baseado em gráficos, mostramos os avanços dos estudantes e causamos uma reflexão coletiva. Dessa forma discutimos temáticas para consolidar o entrelaçar de mãos entre escolas e famílias”.
* Com informações da Secretaria de Educação
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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