Distrito Federal

População debate o uso dos meios de transporte

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A necessidade de mudar paradigmas no uso dos diferentes modos de transporte foi o tema discutido, por mais de duas horas, na terceira reunião virtual da série “Encontros para Pensar o Território”. Cerca de 60 representantes da sociedade civil e técnicos do GDF participaram do evento, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), na noite desta quarta-feira (31).

O objetivo do debate foi incentivar a participação popular na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), que é um instrumento essencial para a política territorial do Distrito Federal. O tema abordado foi o mais votado pela população para o eixo temático “Mobilidade”, um dos oito abordados na revisão do Plano Diretor.

Ao todo, 60% responderam que usavam o transporte individual, como carros e motos. 76% responderam que, durante a pandemia, pararam de se deslocar para o trabalho ou estudo para ficar em casa

Na dinâmica da reunião, foi proposto aos participantes um exercício coletivo para refletir sobre como aumentar no Distrito Federal o uso do transporte público e da mobilidade ativa, que são pedestres e ciclistas. Os participantes também debateram sobre as mudanças trazidas pela pandemia e de que forma isso afetou o deslocamento das pessoas.

Para isso, uma enquete on-line foi aberta com a seguinte pergunta: antes da pandemia, qual o meio de transporte era utilizado com maior frequência no deslocamento para o trabalho ou estudo? Ao todo, 60% responderam que usavam o transporte individual, como carros e motos. Ao fim da enquete, 76% dos participantes responderam que, durante a pandemia, pararam de se deslocar para o trabalho ou estudo para ficar em casa, no home office.

Logo depois, todos foram divididos em três salas virtuais, onde discutiram as problemáticas que envolvem os transportes nas cidades, tanto nas mais próximas dos centros urbanos como nas mais distantes.

Um exemplo disso são as dificuldades na mobilidade entre o Distrito Federal e o Entorno, lembrada pela secretária executiva da Seduh, Giselle Moll. Entre elas, a escassez de transporte público nos pequenos núcleos urbanos de baixa renda.

“Mesmo de carro há um grande tempo gasto no trânsito. Com o transporte público é maior ainda. Há impactos negativos na qualidade de vida nesse sentido. E com a pandemia, há uma necessidade maior de se pensar globalmente essa questão”, ponderou Giselle Moll.

“O Pdot vai dar uma série de respostas para nossa cidade, não só para as futuras gerações como para essa geração. Esse é um momento grave e não podemos nos omitir. E isso não será possível sem a participação de todos”secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira

Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, as dificuldades impostas na pandemia exigem mais ainda da população a construção coletiva do Plano Diretor de Ordenamento Territorial. “O Pdot vai dar uma série de respostas para nossa cidade, não só para as futuras gerações como para essa geração. Esse é um momento grave e não podemos nos omitir. E isso não será possível sem a participação de todos”, ressaltou.

Cenários e impactos

Na dinâmica do encontro, os participantes foram divididos em grupos e apresentados a três cenários diferentes, onde precisaram identificar os impactos gerados por cada contexto e pensar em melhorias para as problemáticas apontadas.

O bairro A ficava no centro e tinha diferentes meios de transporte disponíveis, alta oferta de empregos, comércio e equipamentos públicos, mas pouca área verde e maior emissão de gases poluentes. O bairro B ficava a 45 minutos de distância do centro indo de ônibus, com menos empregos, comércio, saúde e educação. Já o bairro C ficava uma hora e meia de distância do centro indo de ônibus, sem oferta de emprego, comércio, cultura ou equipamentos públicos, mas tinha uma área verde mais abrangente.

A ideia foi trazer exemplos de dilemas que envolvem a mobilidade e são enfrentados pela população que mora mais distante da cidade, e os aspectos positivos e negativos de morar mais próximo dos centros urbanos. Muitos dos participantes elogiaram as situações trazidas pela Seduh.

Uma delas foi Deborah Pacheco. “Esse exercício de pensar bairros de cidades imaginárias nos faz refletir sobre a nossa cidade e como podemos pensar em transportes mais eficientes e adequados. Adorei a iniciativa e o trabalho. Parabéns a equipe da Seduh”, elogiou.

Contribuições

Houve muitas contribuições recebidas pela equipe da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, responsável pelo evento. Elas poderão ser analisadas e acrescentadas à revisão do Pdot.

Entre elas, a importância de ter diferentes formas de deslocamento até o trabalho; aumentar a oferta de emprego, comércio e lazer ao longo do trajeto até o centro urbano e no local; melhorar a qualidade da infraestrutura da mobilidade e diminuir o tempo de viagem; e criar novas centralidades, diminuindo a dependência do centro.

Próximo encontro

O próximo encontro está agendado para o dia 7 de abril, quando será abordado o tema: “a importância do planejamento, desenvolvimento e integração dos centros urbanos”. O assunto está dentro do eixo temático “Desenvolvimento Econômico Sustentável e Centralidades”.

As reuniões serão sempre virtuais, às 18h30, e abertas a toda a população, com um link de acesso disponibilizado dias antes no portal do Pdot. Os encontros serão realizados semanalmente.

Confira a programação completa, com as datas de cada encontro.

* Com informações da Seduh

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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