Política

Poder Executivo veta projeto que cria memorial pelas vítimas da covid-19

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A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) abriu debate sobre o projeto de lei nº 10.005/22, da Governadoria, que veta integralmente o autógrafo de lei nº 95, de 13 de abril de 2022, que propõe alterar a Lei estadual nº 11.878, de 30 de dezembro de 1992, que dispõe sobre a criação do Parque Ecológico de Preservação Ambiental e Florestal, para determinar o plantio de 10 árvores para cada vítima da covid-19 em Goiás.

A matéria é oriunda do projeto de lei nº 3582/21, de autoria do deputado Antônio Gomide (PT). O veto foi recebido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e será distribuído a um relator. Se receber aval pela manutenção ou rejeição do veto, o texto vai ao Plenário da Casa para votação em duas etapas.

O texto destaca que a proposta estipulava a criação do espaço denominado “Memorial em Homenagem às Vítimas da covid-19 em Goiás” em área do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, com o plantio de 10 árvores da espécie nativa ipê-do-cerrado para cada pessoa que perdeu a vida em decorrência do coronavírus no estado. 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), recomendou o veto total ao autógrafo de lei. O órgão aponta que se forem levados em consideração os 26.444 mortos, teriam de ser cultivadas 264.440 unidades do vegetal. A SEMAD evidenciou que a quantidade torna o projeto de lei inexecutável.

“A SEMAD ainda destacou que deve ser observado que cada muda de ipê-do-cerrado demanda uma área que varia entre 9m2 e 12m2: considerados apenas os casos de óbitos, seriam necessários entre 234 hectares a 312 hectares para cobrir a área exigida em lei. Ressalta-se ainda que a área do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco tem 2.100 hectares, logo seria necessário utilizar aproximadamente 10% da área total para criar o referido memorial”.

Também foi informado pela SEMAD que a natureza do parque ecológico é área de preservação, com diretrizes específicas, o que já impede o plantio de uma quantidade expressiva de árvores da mesma espécie. “Se o objetivo é conservar a riqueza biológica desse espaço, a implantação da medida reduziria significativamente a diversidade.”.

Por fim, a pasta constatou que a proposta não especificou a responsabilidade pela doação das mudas a serem utilizadas na implantação da proposta. Isso resultaria na responsabilidade do Estado por arcar com os custos de mudas, plantio e infraestrutura, o que segundo a pasta, afronta as medidas de austeridade contidas no Regime de Recuperação Fiscal ao qual o Estado aderiu.

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) também recomendou o veto integral ao autógrafo de lei, alegando que o órgão jurídico indicou a ausência do demonstrativo de impacto orçamentário-financeiro exigido pelo inciso I do art. 167 da Constituição Federal.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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