Política

Plenário delibera 23 matérias, entre elas a Pec dos Aposentados

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Encerrando os trabalhos legislativos da semana, o Plenário da Alego também realizou, nesta quinta-feira, 16, duas sessões híbridas, sendo uma ordinária e outra extraordinária. Ao todo, houve a deliberação de 23 matérias, sendo 12, na primeira, e 11, na segunda reunião. Destas, nove eram de iniciativa parlamentar e outras 11, da Governadoria. Dentre as três restantes, uma era do TJ/GO, outra do TCM e a última do TCE . 

Dentre estas, destaque para a aprovação, em definitivo, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) protocolada com o nº 8606/21. Oriunda do Poder Executivo, a PEC altera descontos incidentes sobre a contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas do estado e dos municípios goianos.

Mediante a alteração do parágrafo 4º-A do artigo 101 da Constituição Estadual, o Governo de Ronaldo Caiado (DEM) pretende isentar aqueles que recebem proventos de até R$ 3 mil da cobrança da alíquota dos 14,25%, atualmente previstos no Regime Próprio de Previdência Social do Estado. Atualmente, o percentual do desconto é calculado sobre todas as categorias de salário, a começar pelo mínimo. 

Os aposentados e pensionistas que recebem valores superiores ao montante estipulado para retirada do desconto, ficam excluídos do benefício e deverão continuar contribuindo com o referido percentual, hoje devido à Goiás Previdência (Goiasprev).

A exclusão foi contestada pela bancada da oposição, que defendeu a concessão do desconto para todos os servidores com proventos enquadrados dentro do teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujo valor atual é de R$ 6.433,57. Embora a matéria tenha sido aprovada com 32 votos favoráveis e apenas dois contrários, dados pelos tucanos Lêda Borges e Helio de Sousa, à semelhança de ontem, quando a matéria foi aprovada em primeiro turno, os demais deputados oposicionistas presentes explicaram que votariam favoráveis, apesar de discordarem do valor da alíquota e do limite mínimo de R$ 3 mil para incidência do benefício.  

O deputado Karlos Cabral (PDT) foi o primeiro a se manifestar. Do saguão da Alego, onde estava reunido com representantes da categoria, o parlamentar encaminhou seu voto favorável sob protesto e pediu que PEC de sua autoria, de teor similar e inscrita sob o processo legislativo de nº 8215/21, anterior à matéria da Governadoria, seja devidamente analisada pela CCJ. 

Protesto similar também foi feito pelo deputado Delegado Eduardo Prado (DC), que também pediu atenção à PEC de sua autoria, em tramitação sob a proposta de nº 8218/21, que se encontra em igual situação à de Karlos Cabral. 

 Da tribuna remota, o deputado Talles Barreto (PSDB), representando a bancada de situação, criticou a postura dos oposicionistas e defendeu a atual gestão do Executivo. “Temos aqui uma oposição do desgaste, que poderia ter brigado para aumentar o limite para 4 mil mil reais. Com isso, só na educação, já seriam quase 10 mil professores beneficiados, a mais. Vejo um governo com dificuldades e que precisa reajustar as contas públicas de acordo com as necessidades da estrutura que tem. Teto do Inss não é possível. A previdência está quebrada e não queremos deixar de pagar servidor”, ponderou. 

A emenda constitucional segue, agora, para ser promulgada pela Mesa Diretora. A matéria foi aprovada, em segundo turno, durante as votações da Ordem do Dia da sessão ordinária, que foi integralmente conduzida pela presidente Lissauer Vieira (PSB). O líder da Casa também comandou, de igual forma, os trabalhos da extraordinária. Ao final, o presidente convocou nova sessão extraordinária para a próxima segunda-feira, 20, às 10 horas. Antes, às 9 horas, serão realizadas reuniões extras da Comissão Mista e CCJ.

Detalhes da proposta

Segundo consta no texto da matéria, o novo plano de custeio proposto não vai provocar desequilíbrio financeiro-atuarial em virtude da manutenção da situação superavitária do Fundo Previdenciário. “No entanto, haverá a necessidade de novos aportes do Tesouro Estadual para a cobertura da insuficiência do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)”, pondera a Governadoria. Segundo o documento, a projeção da renúncia de receita anual será, em média, de R$ 90.896.923,20.

A proposta também admite a possibilidade de que, em caso de futuro déficit atuarial no RPPS, a contribuição volte a incidir sobre valores acima do salário mínimo. Dessa forma, o ente estadual e os entes municipais poderão optar, em caso de déficit atuarial, pela adoção da medida prevista no parágrafo 1º-A do art. 149 da Constituição Federal ou do parágrafo 4º-A do art. 101 da Constituição Estadual. “Assim, a proposta atua como medida contra o engessamento da matéria tributária pela Constituição Estadual, porque faculta ao legislador comum estabelecer faixa de isenção de acordo com a realidade conjuntural que se buscar amparar.”

Demais deliberações

Sessão Ordinária

Para esgotar a pauta, que contou, ao todo, com 12 matérias, as deliberações da sessão ordinária foram prorrogadas para além do horário regimental (17 horas). O pedido de prorrogação foi feito pelo líder do governo, deputado Bruno Peixoto (MDB).

Além da chamada “PEC dos Aposentados”, o plenário validou, na ocasião, outras quatro matérias da Governadoria, sendo três delas em etapa definitiva. Também foram chancelados um projeto do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ/GO), em segunda fase, e de outros dois órgãos externos, sendo um do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e outro dos Municípios (TCM), ambos em primeira fase. Além dessas, lista-se ainda o aval dado, em definitivo, a um projeto do presidente da Casa e as emendas apresentadas a outras três propostas do Executivo. 

A seguir, detalhes de cada uma das matérias aprovadas na sessão ordinária desta quinta-feira, 16.

Governadoria

Advogados autárquicos

Também vai à sanção, por unanimidade, com de 22 votos favoráveis, o projeto  nº 9268/21, da Governadoria, que fixa o subsídio, o vencimento e o salário básico dos ocupantes de cargos e empregos públicos de advogados de autarquias estaduais. De acordo com o texto, “a regularização dessa situação evitará que os servidores dessas categorias sejam prejudicados, pois a decisão do STF, modulada com efeitos não retroativos, incide sobre o modo de formulação do ato, não sobre o vencimento, o subsídio e a remuneração em si”.

Na votação, o placar eletrônico registrou 22 votos favoráveis e nenhum contrário. Segundo o Executivo, o objetivo da propositura é regularizar o art. 3° da Lei Estadual n° 19.929, de 27 de dezembro de 2017, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal – STF, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 6.185 GO, com acórdão publicado em 25 de fevereiro de 2021.

A Secretaria de Estado da Administração (Sead) argumentou, na matéria, que a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo foi fundamentada em vício de técnica legislativa, em razão da violação dos incisos X e XIII do art. 37 e do parágrafo 1° do art. 39 da Constituição Federal. 

Saneamento Social

Outra matéria da Governadoria que segue para a sanção do Poder Executivo é o processo legislativo nº 9258/21. O projeto, que cria o Programa Goiano de Saneamento Social e autoriza a abertura de crédito especial para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foi aprovado, por unanimidade, com 27 votos favoráveis. 

De acordo com a argumentação enviada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS) à Secretaria de Estado da Casa Civil, tenciona-se garantir o subsídio de até 80% da fatura de água, conforme critérios a serem propostos pela Saneago, aprovados e regulamentados pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), às famílias residentes em Goiás em situação de vulnerabilidade econômica. O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) será utilizado para a identificação e a caracterização das famílias.

Subsídio para moradia

Já entre os projetos de lei que vão para a segunda fase está o de nº 9259/21, que altera as Leis nº 14.542, de 30 de setembro de 2003, e nº 16.559, de 26 de maio de 2009. A matéria foi aprovada, por unanimidade, com 23 votos favoráveis.

O texto, originário do Poder Executivo, autoriza a concessão de crédito outorgado do ICMS nas operações internas, com mercadorias destinadas a construções vinculadas para o programa Habitar Melhor, e também a concessão de subsídio complementar expresso em “Cheque Moradia”, relativo ao programa Habitar Melhor. A matéria propõe atualizar ainda os nomes do programa e do benefício para, respectivamente: programa “Pra Ter Onde Morar” e “Subsídio”. 

De acordo com o projeto encaminhado à Casa, terão direito ao subsídio pessoas físicas ou jurídicas que atendam aos seguintes critérios: famílias com renda mensal acima de três e não superior a seis salários mínimos; servidores públicos, civis e militares cuja renda mensal seja acima de seis e não superior a oito salários mínimos.

Os beneficiários poderão pleitear os seguintes benefícios: a construção de unidade habitacional, o subsídio pode chegar até 18 mil reais; reforma ou ampliação, o benefício é de até 11 mil reais; para ampliação ou instalação de água e energia o subsídio chega a 2 mil reais.

Na justificativa da matéria, a Agência Goiana de Habitação (Agehab) informa ser necessária a alteração proposta para atender as solicitações que envolvem a construção, a reforma, a ampliação e a melhoria das unidades habitacionais, pois há uma grande defasagem dos valores estabelecidos pelas Leis nº 14.542, de 2003, e nº 16.559, de 2009. O objetivo é viabilizar um conjunto de ações públicas relacionadas à implantação do programa “Pra Ter Onde Morar”, da Agehab.

ProGoiás

Também vai à sanção, o projeto nº 8995/21, da Governadoria do Estado, que altera a Lei nº 11.651, de 26 de dezembro de 1991, a qual institui o Código Tributário do Estado de Goiás (CTE). Na votação, o placar eletrônico registrou 27 votos favoráveis e as manifestações contrárias dos deputados Alysson Lima (Solidariedade) e Paulo Cezar Martins (MDB). 

A matéria pretende que o contribuinte beneficiário do programa ProGoiás que incorrer em irregularidades seja penalizado no mesmo patamar aplicado aos contribuintes dos programas Fomentar, do Produzir e de seus subprogramas.

Ainda conforme a proposta, a Secretaria da Economia destaca a finalidade de adequar dispositivos que tratam do Cadastro de Contribuintes do Estado de Goiás (CCE). “Ajusta-se o texto legal às situações práticas relativas aos eventos cadastrais que passarão a ser realizados, de forma automática, pela Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (RedeSim)”.

Emendados

O primeiro projeto emendado em plenário foi o de nº 6306/21,  que institui as microrregiões de Saneamento Básico do Centro-Oeste e Centro-Leste de Goiás. A emenda foi apresentada pelo deputado Antônio Gomide (PT). 

Na sequência, foi a vez do deputado Alysson Lima (Solidariedade) emendar o processo de n° 8920/21, que reformula e disciplina a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) da região Metropolitana de Goiânia (RMG). A matéria também trata de reestruturar a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) e a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). 

Por fim, houve ainda a emenda do deputado Francisco Oliveira (PSDB) ao o projeto de lei9269/21, que estabelece a regularização de passivos ambientais de imóveis rurais e urbanos e, ainda, a compensação por danos para regularizar a retirada de vegetação nativa sem a autorização prévia do órgão ambiental.

Com as emendas, as matérias retornam todas à pauta de deliberações da CCJ.

Outros órgãos

TJ/GO

O projeto de lei nº 9266/21, encaminhado pelo desembargador Carlos Alberto França, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), está entre os que seguem para sanção do governador Ronaldo Caiado (DEM). A matéria tem o objetivo de alterar a Organização Judiciária do Estado de Goiás.

No placar eletrônico foram registrados 26 votos a favor e três votos contrários, dados pelos deputados Major Araújo e Humberto Teófilo, ambos sem partido, e Alysson Lima (Solidariedade). A votação foi durante a Ordem do Dia da sessão ordinária híbrida desta quinta-feira, 16.

A matéria prevê a criação e instalação de duas novas câmaras julgadoras no Tribunal de Justiça, sendo uma Câmara Criminal e uma Câmara Cível, com os respectivos dez cargos de desembargadores, bem como as assessorias de gabinetes e das secretarias das novas câmaras.

TCE

Ainda entre os que vão à segunda fase, está o projeto de nº 9287/21, que altera a Lei Estadual nº 15.122, de 04 de fevereiro de 2005. A matéria, aprovada, por unanimidade, em primeira fase de votação, com 22 votos favoráveis, faz modificações no Plano de Cargos e Salários dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) para estabelecer o auxílio saúde aos seus servidores (efetivos e comissionados) e reduzir os percentuais da Gratificação por Incentivo Funcional (GIF). Atualmente, o benefício é concedido apenas aos servidores efetivos. 

Em ofício ao presidente da Alego, o presidente da  da Corte de Contas, Edson José Ferrari,  salienta que a matéria também tem a finalidade de reduzir “impacto financeiro com a implementação do benefício (assistência à saúde dos servidores). Como medida compensatória, propõe-se a redução escalonada do percentual da Gratificação de Incentivo Funcional, prevista, atualmente, no art. 16-1, da Lei Estadual nº 15.122/2005”.

Diz ainda o presidente do TCE: “Como está bem delineado na exposição de motivos que acompanha o referido projeto, no que tange ao aspecto orçamentário, informo que a proposta de alteração apresentada atende aos requisitos legais exigidos, pois o Tribunal de Contas encontra-se em níveis abaixo do limite de alerta prudencial, não incorrendo, dessa forma, nas vedações impostas pelo parágrafo único do art. 22, da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal”.

TCM

Já o projeto do TCM aprovado, em primeira votação, foi o de nº 9270/21, que institui o benefício da Assistência Suplementar à Saúde aos servidores ativos do órgão. A matéria alcança também os servidores que vierem a se aposentar. No placar eletrônico foram registrados 24 votos favoráveis e dois contrários, dados pelos deputados Delegado Humberto Teófilo e Alysson Lima.

De acordo com a justificativa do tribunal, a medida é uma forma de concretização do direito à saúde, garantido no artigo 6° da Constituição Federal.  

Segundo o projeto, o benefício “possui natureza indenizatória e tem por escopo auxiliar no custeio dos planos de saúde utilizados pelos servidores desta Casa, incentivando, ainda, a contratação de planos por aqueles que ainda não o tenham, o que contribuirá para a redução dos afastamentos por motivo de saúde”.

Nesse sentido, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás instituiu o programa de assistência à saúde complementar para magistrados e servidores do Poder Judiciário, regulamentado pelo Decreto Judiciário nº 2.596, de 15 de outubro de 2021. Segundo a justificativa do TCM, o valor do benefício será escalonado por faixa etária, no percentual equivalente de 9% a 14% do valor inicial do cargo de auditor de Controle Externo, na forma do Anexo Único constante desse projeto. 

“Para os fins do disposto no artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal, a estimativa do impacto orçamentário-financeiro do projeto, na ordem de R$ 449.305,87 mensal, não alterará o índice da despesa com pessoal deste Tribunal, haja vista que o índice do 2° quadrimestre de 2021, devidamente publicado no Diário Oficial do Estado do dia 30/09/2021, é de 0,49% da Receita Corrente Líquida, do total de 0,67% da RCL destinada ao TCM goiano, encontrando, portanto, adequação com a Lei Orçamentária Anual, e não afetando, destarte, as metas fiscais previstas para o exercício de 2022 e os subsequentes, conforme documentos anexos”, esclarece o órgão.

Parlamentares

Com 21 votos a favor e nenhum contra, foi aprovado, em fase definitiva, o projeto de lei nº 8507/21, cujo autor é o presidente da Casa, deputado Lissauer Vieira (PSB). O texto altera a Lei n° 20.694, de 26 de dezembro de 2019, que dispõe sobre normas gerais para o Licenciamento Ambiental do Estado de Goiás. Conforme a proposta, o objetivo é explicitar a competência municipal quanto ao licenciamento de atividades e empreendimentos de impacto local.  A matéria segue agora para sanção do governador Ronaldo Caiado (DEM).

Sessão Extraordinária

Na sessão extraordinária, realizada após deliberações da Comissão Mista e CCJ, o plenário analisou mais 11 matérias, das quais apenas uma teve a votação prejudica por emenda. Todas as demais foram devidamente aprovadas, em diferentes fases de votação.

Novamente, foram apreciadas mais três propostas da Governadoria, sendo as restantes todas de parlamentares.  A única matéria emendada foi uma de autoria do deputado Humberto Teófilo (sem partido), que tramita sob o processo de nº 6527/21. A propositura, que apresenta medidas para a eliminação de tomadas e pontos de energia no interior e nas proximidades das celas, recebeu emenda do deputado Bruno Peixoto (MDB) e, por essa razão, retorna à CCJ.

Da Governadoria, o primeiro projeto aprovado, em primeira votação, foi o que cria fundo rotativo no valor de R$ 50 mil e garante abertura de crédito especial de R$ 280 mil para a Secretaria de Desenvolvimento (processo n° 9261/21). No placar eletrônico houve 21 votos favoráveis e cinco contrários, dados pelos deputados Alysson Lima, Paulo Cezar Martins, Sérgio Bravo, Major Araújo e Humberto Teófilo. A intenção, com o repasse dos recursos, é garantir o custeio de despesas inadiáveis de pequena monta. 

Também vai para a segunda fase o projeto nº 9390/21, da Governadoria. O texto recebeu 20 votos favoráveis e o voto contrário do deputado Jeferson Rodrigues (Republicanos). A matéria estabelece regras e critérios para a reforma e a construção de unidades habitacionais do programa “Pra Ter Onde Morar”, no âmbito das ações sociais suplementares, em conformidade com a lei que institui o Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege Goiás). 

Segundo o texto da propositura, a reforma, de que trata o programa, tem o objetivo de promover a salubridade, a segurança e os padrões mínimos de habitabilidade e de adequação da moradia de famílias em vulnerabilidade socioeconômica. “O valor máximo destinado às reformas por unidade habitacional de que trata este artigo será de 50% do valor destinado à construção de uma casa padrão da Agehab”, informou.

As famílias interessadas deverão preencher os seguintes requisitos: ter renda familiar de até um salário mínimo; não ser proprietárias, cessionárias ou promitentes compradoras de imóvel de qualquer natureza; não ter recebido do Estado nenhum benefício referente a casa, a apartamento ou a recursos para construção; ser o titular maior de 18 anos ou emancipado; comprovar vínculo mínimo de três anos com o município onde será concedido o benefício; ter inscrição ativa no CadÚnico no município para o qual pleiteia o benefício; e residir no município para o qual pleiteia o benefício.

Organização administrativa

O segundo do Executivo foi o que modifica a lei de organização administrativa do referido Poder (processo 9262/21).  A matéria também altera a lei que instituiu a Política Estadual de Atendimento ao Cidadão e criou o Programa Simplifica Goiás. Com 17 votos favoráveis e cinco contrários, a propositura segue agora para a fase de votação definitiva. 

O projeto objetiva modificar a estrutura organizacional das Secretarias de Estado da Administração (SEAD), da Educação (Seduc), e de Desenvolvimento Social (SEDS), também da Delegacia-Geral da Polícia Civil (DGPC), da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

A proposta prevê, ainda, a instituição, no âmbito da Diretoria-Executiva de Saúde do Servidor da SEAD, de Gratificação por Desempenho de Serviços de Segurança e Saúde (GDSSS), e estende o pagamento da Gratificação por Desempenho do Vapt Vupt (GDW) aos servidores lotados na Gerência de Infraestrutura e Manutenção Predial da Superintendência de Gestão Integrada da SEAD.

A Governadoria informa que o impacto orçamentário e financeiro mensal da propositura será de R$ 589.940,01. O valor será compensado pelo saldo decorrente de exclusões na folha de pagamento, em virtude de falecimento, rescisão contratual e aposentadoria de empregados públicos originários da própria SEAD e da Agrodefesa. 

Considera-se as exclusões ocorridas no período de 1º de janeiro de 2019 a 15 de outubro de 2021, que deixaram como saldo decorrente um valor mensal de R$ 664.771,42 . A Governadoria justifica que a proposta vai gerar uma economia mensal aos cofres públicos de R$ 74.831,41 ou R$ 897.976,95, ao ano. 

Votaram contra os deputados Alysson Lima, Paulo Cezar Martins (MDB), Sérgio Bravo (Pros), Major Araújo (sem partido) e Delegado Humberto Teófilo (sem partido). 

Outros projetos

De autoria do deputado Delegado Eduardo Prado (DC), foi aprovado em segunda votação o projeto de lei nº 7657/21, cujo propósito é reconhecer o risco da atividade profissional exercida por advogados  de Goiás. A matéria teve 24 votos favoráveis e agora vai à sanção da Governadoria. 

Os parlamentares também concederam aval ao projeto 8572/21. De autoria do deputado Francisco Oliveira (PSDB), o texto estabelece diretrizes e parâmetros a serem observados para a criação e implantação da Escola Bilíngue na Associação dos Surdos de Goiânia. O projeto de lei recebeu 21 votos a favor e nenhum contra. Portanto, agora segue para a segunda fase de apreciação plenária. 

Igualmente aprovado em primeira votação, o projeto de lei nº 9245/21, de autoria do deputado Humberto Aidar (MDB), trata do controle e da transparência das espécies e programas de incentivos fiscais de ICMS no Estado de Goiás. No placar eletrônico houve 21 votos favoráveis e nenhum contrário.

O processo n° 6851/19, de autoria dos deputados Karlos Cabral (PDT), Chico KGL (DEM) e Lissauer Vieira (PSB), também foi aprovado em primeira fase de votação. A matéria recebeu 27 votos a favor e nenhum contra. Portanto, agora segue para a segunda fase de apreciação plenária. 

Outro aprovado em primeira votação foi o projeto de lei nº 6783/21, de autoria do deputado Amilton Filho (Solidariedade), que declara de utilidade pública a Casa de Apoio RNA, com sede em Anápolis. Houve 23 votos favoráveis e nenhum contrário.

Foi aprovada, com 24 votos favoráveis e nenhuma manifestação contrária, a proposta n° 4094/21, do deputado Rubens Marques (Pros). O texto altera a Lei n° 20.873, de 8 de outubro de 2020, que institui a Política de Atenção e Direitos ao Portador de Síndrome da Fibromialgia e Doenças Reumatológicas. A matéria aguarda agora a segunda fase de votação.

Também vai para votação o projeto de lei nº 5986/21, de autoria do deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania), que declara de utilidade pública a Organização de Voluntárias – Ladies do Bem, com sede em Aparecida de Goiânia. A matéria recebeu 23 votos favoráveis e nenhum contrário.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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