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Pesquisas atestam apoio à revitalização e abertura da W3 ao lazer
O primeiro ano do programa Viva W3, que abriu a avenida tradicional de Brasília para esportes e lazer aos domingos e feriados, foi festejado nesse domingo (27), em evento promovido pela Fecomércio-DF, por meio da Câmara Empresarial de Economia Criativa. A comemoração foi respaldada por uma pesquisa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e outra da própria Fecomércio que atestam o apoio de ampla maioria de empresários e frequentadores da área à iniciativa.
Na pesquisa realizada pela Codeplan no domingo anterior (20), 82% de mais de 200 entrevistados afirmaram que não só apoiam a medida como defendem a sua replicação em outras regiões administrativas (RAs). O resultado confirma pesquisa anterior sobre a abertura da avenida, realizada pela Codeplan em outubro de 2020: dos 200 entrevistados, 89% avaliaram a iniciativa positivamente.
Nesta segundo pesquisa, mesmo entre as pessoas que avaliaram negativamente a iniciativa, 29% afirmaram que concordam com a replicação do programa de esporte e lazer em outras RAs do Distrito Federal e 21% responderam que depende do local.
Distrito criativo
O apoio à iniciativa foi também atestado pela maioria dos 108 empresários da área (64%) que responderam questionários de pesquisa realizada pela Fecomércio, no período de 24 de maio e 9 de junho de 2021. O levantamento foi chamado de Distrito Criativo por causa da intenção de se instalar um espaço de economia criativa entre as quadras 502 e 508 Sul.
“Esse movimento está transformando a W3 em um destino turístico, com espaço para experiências da população e para que empresários tenham oportunidade novamente de se instalar aqui”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo
Em resposta à pergunta sobre a maior fragilidade da avenida, 42,59% dos donos dos estabelecimentos apontaram a segurança. A falta de estacionamento, que normalmente apresenta número reduzido de vagas no canteiro central da avenida ou na W2, aparece em segundo lugar de fragilidade com 30,56%. Mais de 52% defenderam que os ambulantes não deveriam estar na região.
Mesmo que a localização tenha sido considerada o ponto forte, conforme 72% dos entrevistados, a maior parte sofre com a falta de movimento. Por isso, feiras de produtores locais, além de eventos culturais e esportivos, são apontados como soluções para que mais pessoas passem pela W3.
Essa reivindicação dos empresários por mais eventos na área será atendida, segundo o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire. Ele destacou a importância das ações criativas para a retomada do comércio, como o projeto Corredor Cultural, previsto para iniciar em setembro e que vai ampliar a opção de atrações na W3 aos domingos e feriados.
”Essas iniciativas criativas estão sendo aplicadas e vão dar movimento nesses espaços criados. É o caso do Infinu (na 506 Sul), um prédio que estava abandonado e agora é frequentado. O Corredor Cultural vai dar ainda mais suporte e lazer para as famílias que estiverem frequentando a W3”, detalhou o presidente da entidade empresarial.
A artesã Simone Sousa, que expôs seus produtos durante o evento do domingo (27), comentou sobre a oportunidade de vender o seu trabalho na Praça das Avós. Segundo a empreendedora, esse espaço está servindo para compensar a redução das vendas desde o início da pandemia. “Por isso, é maravilhoso ter um espaço aberto, com movimento e visibilidade para vender as minhas peças”, comemorou.
Novas perspectivas
Por decreto, o governador Ibaneis Rocha reservou há um ano a avenida W3 aos domingos e feriados, no período das 6h às 18h, para uso exclusivo de pedestres e ciclistas. Para a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, o projeto veio para dar novas perspectivas para instalar na área um circuito turístico e artístico.
Isso inclui a reforma de becos e a revitalização do Cine Cultura, localizado na 507 Sul. Esse prédio, que está deteriorado, será transformado num hub cultural, turístico, de formação e de tecnologia social e de cultura empreendedora.
“Esse movimento está transformando a W3 em um destino turístico, com espaço para experiências da população e uma ressignificação para que todos os empresários tenham oportunidade novamente de investir e se instalar aqui. Graças a esse trabalho que vem sendo realizado com a união e integração de todos”, destacou a secretária.
*Com informações da Secretaria de Turismo
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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