Política
Participação da Alego na destinação segura dos rejeitos do césio-137 é lembrada em campanha nas redes sociais
A campanha “Alego Faz História” traz, na postagem desta semana, a memória do maior acidente radiológico do mundo acontecido fora de uma usina, e a contribuição da Assembleia Legislativa de Goiás para a solução de um dos desdobramentos da tragédia: a destinação do lixo nuclear.
O acidente com o césio-137, em setembro de 1987, em Goiânia, deixou além dos quatro mortos diretos e 129 pessoas comprovadamente contaminadas, 6 mil toneladas de lixo e rejeitos. Roupas, terra, entulhos de nove casas demolidas, carros, utensílios domésticos, árvores, animais que foram sacrificados, enfim, todo tipo de material contaminado com o elemento químico, viraram lixo radioativo.
Ao todo, foram 3.500 m³ de resíduos infectados com césio-137, que precisavam ser depositados em um local totalmente seguro, que oferecesse todas as condições de isolamento, para que não houvesse riscos de novas contaminações. Na natureza, o césio-137 leva 30 anos até reduzir seu nível de contaminação radioativa.
Uma verdadeira montanha de rejeitos foi acondicionado em 1.200 caixas e 2.900 tambores, colocados dentro de 14 contêineres de aço e levados, a princípio, provisoriamente, para a cidade de Abadia de Goiás. Anos depois, a cidade foi escolhida para sediar o depósito definitivo. A escolha foi feita levando-se em conta diversos critérios estabelecidos pelos técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), entre elas de que o solo não obtinha águas subterrâneas que abasteciam o município.
Em 1995, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei, criando o Parque Estadual de Abadia de Goiás, uma Unidade de Preservação Ambiental destinada a sediar o depósito do lixo oriundo do acidente. Posteriormente, a Alego também aprovou a lei nº 13.166/97, que deu à reserva o nome de Telma Ortegal, a primeira prefeita de Abadia de Goiás. Ela faleceu em 1996, ainda no exercício do mandato.
No local, os contêineres foram enterrados em dois pontos diferentes dos 32 alqueires do parque, em “piscinões” cercados com placas de concreto com até 25cm de espessura. A superfície foi recoberta por camadas de brita, areia, terra e grama.
O Parque Estadual Telma Ortegal abriga o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCN-CO), que representa regionalmente a CNEN e tem a função de monitorar o entulho do césio e promover pesquisas na área ambiental ligadas à radioatividade.
A estrutura que abriga os rejeitos foi projetada para resistir 300 anos intacta e preparada para desastres como tremor de terra e queda de avião. O local é o único depósito de lixo radioativo definitivo do Brasil.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
Política
“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças
Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população
No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).
O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.
Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.
“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.
Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.
Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.
Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.
Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
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