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Parque Distrital do Recanto das Emas será implantado

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No dia em que o Parque Distrital do Recanto das Emas completa mais um aniversário, o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, assumiu o compromisso de tomar todas as providências junto ao Governo do Distrito Federal e ao Brasília Ambiental para que a área, com atributos naturais como cachoeiras, paredões e o Córrego Monjolo, seja implantada efetivamente.

O secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, e equipe percorreram uma trilha ecológica de 6 km que é uma das 50 opções de trilhas oferecidas em parques e unidades de conservação do DF na Semana do Cerrado | Foto: Sema-DF

Isso significa dotar a área de cercas, equipamentos públicos e outros recursos para que a população possa usufruir do parque, criado pela Lei nº 1.188, de 13 de setembro de 1996 como Ecológico e Vivencial. Em dezembro de 2019, o governador Ibaneis Rocha, autorizou a recategorização da área para Parque Distrital.

“Vamos tratar da implantação deste que é um bem da comunidade. Gosto de repetir: quem conhece preserva”Sarney Filho, secretário de Meio Ambiente

A recategorização garante que as Unidades de Conservação da Natureza (UCs) tenham destinação adequada aos atributos ecológicos existentes e um planejamento que garanta o cumprimento dos objetivos para os quais foram criadas. Além disso, a destinação de recursos oriundos de compensação ambiental também necessita que essas áreas estejam adequadas à legislação vigente.

Para conhecer o parque, o secretário percorreu uma trilha ecológica de 6 km na manhã desta segunda-feira (13), dentro da programação da Semana do Cerrado. A secretária executiva da Secretaria de Meio Ambiente, Marília Marreco, e o educador Marcus Paredes, do Brasília Ambiental, também participaram.

“Vamos tratar da implantação deste que é um bem da comunidade. Gosto de repetir: quem conhece preserva. O cerrado é a savana mais biodiversa do planeta. É o segundo maior bioma do Brasil. O cerrado é produtor de águas”, ressalta o secretário.

“São belezas naturais que a população deve aproveitar, mas que não aproveita por falta de segurança, falta de infraestrutura. (…) Vamos fazer com que o parque seja da comunidade de verdade”Cecília Simões, integrante do Grupo de Trabalho que trata sobre a implantação da unidade

“Nós estamos em uma crise climática cuja consequência maior é a crise hídrica pela qual o Brasil está passando. Então, preservar o Cerrado, preservar os bens e serviços ambientais para as futuras gerações é uma obrigação nossa”, ele completa.

O passeio é uma das 50 opções de trilhas oferecidas em parques e unidades de conservação de todo o DF na Semana do Cerrado, em parceria com o Caminhos do Planalto Central (CPC), projeto de incentivo ao uso sustentável das áreas remanescentes de cerrado por meio do incentivo à prática de trilhas.

As trilhas ecológicas têm importante papel na aproximação da população com a natureza e ajudam a desenvolver maior entendimento sobre a importância da preservação ambiental para o incremento da qualidade de vida das pessoas.

Belezas naturais

Para Marília Marreco, é importante mostrar as belezas do cerrado à população. “Para que o pessoal do DF conheça as Unidades de Conservação, conheça essas trilhas e para que quem quiser percorrê-las e ficar perto da natureza saiba que não precisa sair do DF. Nós temos muitas opções aqui”, afirma.

O parque do Recanto foi criado em1996 como Ecológico e Vivencial e em 2019 o governador Ibaneis Rocha autorizou a recategorização da área para Parque Distrital

O compromisso dos órgãos ambientais com a implantação do parque animou a guia voluntária do passeio, Cecília Simões. Integrante do Grupo de Trabalho que trata sobre a implantação da unidade, ela acredita que a área de preservação é fundamental para o Recanto das Emas.

“São belezas naturais que a população deve aproveitar, mas que não aproveita por falta de segurança, falta de infraestrutura. Hoje a proposta foi fazer essa trilha para que as pessoas conheçam um pouco mais do parque e assim possam se aproximar mais dele. Vamos fazer com que o parque seja da comunidade de verdade”, disse.

Marcus Paredes diz que grupos como o dela ajudam na consolidação do parque como um atrativo da cidade. “A participação da comunidade é fundamental. Se a gente conseguir outros grupos assim, o parque passa a ser a porta de entrada da cidade. Estar perto da natureza traz paixão pelo meio ambiente”.

Semana do Cerrado

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema), órgãos vinculados e parceiros, realizam a Semana do Cerrado, entre os dias 11 (Dia Nacional do Cerrado) e 19 de setembro. Com o tema “Cuidar do clima, cuidar da vida”, o evento tem como objetivo atrair a atenção da população para os impactos das mudanças do clima e soluções para seu enfrentamento, além de mobilizar e conscientizar a sociedade para a importância de ações de conservação e preservação ambiental.

Os eventos programados ao longo da semana oferecem opções virtuais e presenciais, abordando políticas públicas executadas pela secretaria por meio de suas subsecretarias, em áreas como a gestão de resíduos e de recursos hídricos, ambiental, territorial e de assuntos estratégicos e ainda o combate a incêndios florestais, todos voltados à relação com o enfrentamento e mitigação dos efeitos das mudanças do clima no DF.

A Semana do Cerrado conta com apoio do Projeto CITinova, realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e executado pela Sema, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), com recursos do Global Environment Facility (GEF).

São parceiros do evento o Brasília Ambiental, Jardim Botânico de Brasília, Jardim Zoológico de Brasília, a Agência Reguladora de águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além da Área de Preservação Ambiental (APA) do Planalto Central, do Caminhos do Planalto Central (CPC).

*Com informações da Sema-DF

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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