Política

Palácio da Cultura

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A edificação onde o Parlamento goiano funcionou durante mais de 60 anos pertence à Prefeitura de Goiânia e, com a devolução do imóvel, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) anunciou, nesta quinta-feira, 15, que ela será destinada à criação do Palácio da Cultura. A estrutura, que é um ícone da arquitetura moderna brasileira e da história da Capital, se tornará sede da Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) e de um conglomerado cultural com projetos ainda não especificados.

De acordo com o prefeito Rogério Cruz, além de valorizar o segmento cultural, a destinação trará aos cofres públicos uma economia em torno de R$150 mil mensais, hoje aplicados em aluguéis. “Agora é oficial! Goiânia terá Palácio da Cultura no Bosque dos Buritis, na antiga sede da Assembleia Legislativa. O lugar será palco da arte e da cultura goianiense, com local para ensaio e apresentação da Orquestra Sinfônica de Goiânia e espaço para diversas intervenções artísticas”, afirmou em suas redes sociais.

Como a transferência da estrutura administrativa da Alego para o Park Lozandes ainda não foi totalmente concluída, estima-se que o Paço deverá receber a devolução do prédio em meados de maio. 

Um Palácio moderno e simbólico

O Palácio Alfredo Nasser, construído na década de 60 do século passado, é carregado de um enorme simbolismo, que ultrapassa os aspectos político e democrático. Além de centro de debate e das decisões que determinaram, por décadas, a vida de todos os goianos, o prédio também é referência de uma cidade construída com vocação para a modernidade e, assim como ela, foi projetado com as linhas da arquitetura moderna.

Segundo a urbanista, professora e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Simone Borges, o projeto do prédio foi encomendado ao arquiteto Eurico Calixto de Godoi, que teve a colaboração de Elder Rocha Lima.

A professora, que trabalhou com Eurico e pesquisa o trabalho do arquiteto há mais de 30 anos, considera que a sede anterior da Alego é um dos edifícios mais importantes da arquitetura moderna, tanto de Goiás quanto do Brasil. “Ele tem todos os elementos da arquitetura moderna. O projeto original continha apenas dois blocos: em um bloco ficavam os gabinetes dos deputados e, o outro bloco, abrigava o refeitório e o plenário. Por dentro do bloco principal, pilares e janelas. As divisórias entre os ambientes eram móveis, bastante características desse estilo. Um prédio com essa concepção, projetado em pleno Planalto Central, é um marco histórico”.

Pela importância histórica e arquitetônica, Simone Borges defende a preservação do prédio. “Mesmo com as adaptações feitas ao longo do tempo, é preciso preservar esse patrimônio, dando uma destinação compatível ao valor que ele tem”.

Em entrevista para a Revista da Alego em setembro de 2021, o secretário Zander Fábio da Costa já possuía planos para utilização do espaço. “O plenário pode ser usado para ensaios da Orquestra Sinfônica, já os gabinetes podem ser transformados em salas de aula e, como estaremos integrados ao bosque, já pensamos em apresentações teatrais no bosque, concertos ao ar livre”, vislumbra.

Com a transformação do endereço no Bosque dos Buritis, Setor Oeste, na nova casa da cultura goiana, espera-se que a história do icônico edifício encha suas páginas com momentos que salvaguardem sua importância para o Estado de Goiás.

Utilização do espaço

O destino do Palácio Alfredo Nasser, após a devolução por parte do Legislativo goiano, foi almejado por diferentes órgãos e instituições. 

Uma das propostas de ocupação do prédio, depois da transferência, era da arquiteta Narcisa Cordeiro, uma das maiores estudiosas da história da formação de Goiânia. Ela também é moradora da região e integrante da Associação dos Amigos do Bosque dos Buritis e viu, no prédio, a localização ideal para a materialização de um projeto antigo: a instalação do Museu AA, dedicado a resgatar a memória de Atílio Correa Lima e Armando de Godoy.

A Agência Municipal de Meio Ambiente e a Agência de Turismo também reivindicaram o local para abrigar suas sedes.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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