Cultura

Ministério da Cultura lança Programa Conexão, Cultura e Pensamento na segunda (29)

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Revista Pihhy traz pensamento indígena como destaque em 2024

Pihhy’, em mehi jarka, língua falada pelo povo Mehi-Krahô, significa semente e é o nome escolhido para a revista multimídia que inaugura o “Programa Conexão Cultura e Pensamento”. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), através da Secretaria de Formação, Livro e Leitura/DIEFA e o Curso de Educação Intercultural, do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O lançamento ocorre na segunda-feira (29), em formato virtual. As inscrições podem ser feitas aqui.

Inspirado em ações anteriores, como o Programa Cultura e Pensamento, o projeto tem o objetivo de fortalecer espaços públicos de reflexão e diálogo em torno de temas importantes da agenda contemporânea. A atualização deste escopo se inicia pela difusão desta revista multimídia, que será alimentada com conteúdos produzidos por indígenas de diferentes campos de atuação e inaugura o estímulo à criação, produção e circulação, entre múltiplos territórios, baseados em conhecimentos plurais e ancestrais, deixando evidente a complexidade e o valor da pluralidade epistemológica existente no Brasil.

A Revista Pihhy disponibilizará materiais na língua portuguesa, bilíngues ou plurilíngues, e em inglês, em edições mensais, em uma) versão digital hospedada no Portal do MinC na internet. O ambiente tratará temas como educação, direito, conhecimentos, política, ciência, artes, dentre outros, por meio de algumas categorias como: Já me transformei em Imagem; Mestres de Cultura; Cadernos Educativos; Literatura Indígena; A Palavra da Mulher é Sagrada; Vibrações, Sons, Corpos e Direitos Indígenas.

“O Ministério da Cultura tem um papel importante no fomento à produção e difusão do conhecimento. Não há políticas públicas sem os ambientes de reflexões críticas e inventivas para a qualificação de nossas políticas culturais. O programa Conexão, Cultura e Pensamento foi buscar como referência o programa Cultura e Pensamento que exerceu um papel vital em gestões anteriores na articulação de instituições e pesquisadores que estavam produzindo em torno dos temas da cultura. A novidade que apresentamos aqui é trazer a percepção inscrita na palavra conexão”, destaca o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

Ele destaca que, para além da produção do conhecimento, está é uma possibilidade de estabelecer conexões entre saberes, fazeres e territórios distintos. “Gerando confluências e encontros na promoção do que se produz nas mais diversas áreas do conhecimento no sentido de promover não só a diversidade cultural, mas também a diversidade do conhecimento, das ciências. A Pihhy’ é nossa primeira roça indígena para a gente arar um pensamento mais orgânico e diverso nesta parceria do MinC com a UFG”.  Além da Plataforma digital, o Programa deve englobar outras ações, no sentido de fortalecer a produção de conhecimentos e promover a difusão de culturas locais, inclusão social e diversidade das manifestações artística e culturais, conforme orienta as atribuições da SEFLI e da Diretoria de Educação e Formação artística do Minc.

O nome Pihhy foi escolhido no contexto do próprio curso intercultural, e o secretário Fabiano Piúba, enfatiza essa escolha, salientando que “a semente está associada às ideias de criação, cultivo, colheita e aos ciclos da vida e do tempo. Ela tanto pode ser uma semente de Jatobá ou de Sumaúma, como pode ser uma semente de gente, de pessoa, pois tudo é natureza e cultura. Se a natureza faz o tempo, a cultura faz o cultivo, o saber-fazer-viver.  Ou seja, não podemos mais despregar a reflexão crítica dos ciclos vitais dos saberes e fazeres culturais e tampouco dos saberes da própria natureza. A nossa primeira roça é indígena, a segunda será quilombola e todas serão confluências”, detalha, ao falar da alimentação da plataforma em anos subsequentes a 2024.

“Trata-se de um projeto inovador e de vanguarda porque promove a pesquisa, o registro e a sistematização desses saberes ancestrais que foram, no violento processo histórico e colonial, apagados, adormecidos ou invisibilizados no país. Ela traz à tona, então, pensamentos plurais e diversos sobre temas fundamentais para o mundo contemporâneo, como a sustentabilidade, a relação com a natureza, a democracia e o bem viver”, explica o professor Alexandre Herbetta, um dos coordenadores da proposta. Gilson Ipaxi’awyga, professor do Intercultural e membro do povo indígena Tapirpé também é  um dos coordenadores de conteúdo Revista, finaliza afirmando que a revista é uma oportunidade de se difundir os conhecimentos indígenas, de maneira a se refletir as diversas maneiras de se fazer ciência.

Haverá certificação para os participantes.

Programação: 

29/01/2024

8 h–11h: Lançamento da Revista Pihhy 

  • Falas de autoridades, de representantes institucionais e da coordenação, apresentando a proposta da revista e a 1º edição.
  • Mesa virtual com autores e autoras participantes da edição

 

14h–17h: Mesa redonda presencial “Possibilidades de uma pluriversidade para o fortalecimento da democracia e do bem viver” – Bruno Kaingang, Naine Terena, Edson Kayapó e Creuza Prumkuyw Krahô 

A mesa busca refletir sobre a importância fundamental da valorização de outras matrizes epistemológicas e da articulação de conhecimentos pluriepistêmicos para a real democratização de instituições brasileiras, e, também, sobre os intensos e regulares processos de violência epistêmica, ainda presentes em espaços de conhecimento vinculados ao estado.

Serviço 

Lançamento do Programa Conexão, Cultura e Pensamento – Revista Pihhy 

Quando: 29/01/2024

Horário: 8 horas

Local: Transmissão ao vivo no Canal do Núcleo Takinahakỹ UFG

Inscrição aqui.

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Cultura

Governo de Goiás investe R$ 260 mil na programação da Semana Santa da cidade de Goiás

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Procissão do Fogaréu terá reforço na estrutura e serviços de acessibilidade. Previsão é de que 70 mil pessoas visitem a cidade

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), está investindo R$ 260 mil para a realização da Semana Santa na cidade de Goiás, que tem como ponto alto a Procissão do Fogaréu. A programação religiosa deve levar mais de 70 mil turistas ao município, tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

“Recebi o pedido do governador Ronaldo Caiado de realizar este ano a maior Procissão do Fogaréu de toda a história, então estamos investindo muito na estrutura para que possamos atender aos fiéis e turistas da melhor forma possível, garantindo principalmente a acessibilidade a todos”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes.

Foram destinados R$ 260 mil pelo Programa Goyazes, com o patrocínio do grupo Equatorial Energia. O investimento vai custear gastos com limpeza, figurino, decoração, divulgação, equipe de produção, além do pagamento do ECAD e serviços de acessibilidade, e de reparos e manutenção da fanfarra.

“Nosso investimento também contempla outras celebrações durante o mês, como a Semana dos Passos e Semana das Dores, e estamos melhorando a estrutura de todas as atividades para que este evento tão importante para o estado receba ainda mais turistas com conforto e segurança,” destaca Yara Nunes.

Novidades
Neste ano, a Semana Santa na cidade de Goiás será acessível a todos os públicos. Foram contratados intérpretes de libras para as cerimônias. Também serão criadas áreas reservadas próximas ao palco das celebrações e atrações para acesso de pessoas idosas, pessoas com deficiência, gestantes e lactantes. Nestes espaços, integrantes da diocese e voluntários atuarão ainda como apoio às pessoas que precisam de auxílio.

Programação
A Semana Santa na cidade de Goiás começa no Domingo de Ramos (24/03) e tem o ponto alto à meia noite de quarta-feira (27/03), quando os farricocos invadem a antiga Vila Boa com tochas e fazem a famosa Procissão do Fogaréu. A expectativa é receber mais de 20 mil turistas na cidade histórica apenas neste dia.

Além das tradicionais missas, o roteiro das celebrações inclui o espetáculo da Via Sacra, na Catedral de Santa’Ana, e a Procissão dos Penitentes, com início em frente à Igreja São Francisco de Paula, manifestação medieval que foi resgatada há mais de dez anos, muito prestigiada pelo público.

A cerimônia do Descendimento da Cruz e o Sermão das Sete Palavras, no Largo do Chafariz, são outros destaques seguidos pela procissão do Senhor Morto, que é a maior manifestação dentro da Semana Santa.

Fotos: Júnior Guimarães / Secretaria de Estado da Cultura – Governo de Goiás

 

 

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