Geral
Pacientes com paralisia facial devem buscar atendimento médico de urgência
A paralisia facial pode ser periférica ou central. A periférica acontece pelo acometimento do nervo craniano responsável pelos movimentos da musculatura da face causando enfraquecimento ou paralisia dos músculos de um dos lados do rosto. E pode ser decorrente de infecções, tumores, cirurgias, procedimentos estéticos, traumas, ou mesmo por causas não identificadas. Já a central ocorre, mais comumente, em virtude de um acidente vascular cerebral (AVC).
“No exame físico realizado pelo médico há diferenças que caracterizam lesões centrais e periféricas”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Neurologia, Karina de Alecio. As manifestações mais características além da perda dos movimentos de um dos lados da face, incluem dificuldade para piscar ou fechar o olho, realizar expressões faciais, como sorrir, entre outras.
Onde buscar atendimento?
Segundo a RTD de Neurologia, toda paralisia facial requer atendimento médico de urgência para que se possa verificar a causa e tratar adequadamente o mais precocemente possível. Além disso, é preciso realizar o diagnóstico diferencial entre outras patologias, tal como acidente vascular cerebral (AVC), bem como para definir o tratamento precoce.
Na rede pública de saúde do DF, os pacientes podem buscar atendimento nas unidades de emergência dos hospitais e passar pelo atendimento do médico clínico, que solicita o parecer do neurologista dentro da necessidade de cada caso. “O fluxo vai desde o primeiro atendimento em unidades básicas de saúde que poderão solicitar parecer aos hospitais regionais ou mesmo em atendimento clínico dos hospitais regionais”, ressalta a médica.
Ela indica que o paciente precisa ser avaliado o mais precocemente possível, de preferência nas primeiras 48 horas, pois o tempo é fator primordial no tratamento de paralisias faciais.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico, o médico realiza a avaliação clínica do paciente e pode solicitar exames para fazer rastreamento e, caso necessário, para diagnóstico diferencial com paralisia facial central. O diagnóstico da paralisia facial periférica, em geral, é feito pelo exame clínico.
Tratamento
O tratamento varia conforme o caso e pode incluir o uso de medicamentos e fisioterapia. É o caso da servidora pública Clarissa Cardoso, de 29 anos, que teve paralisia facial no fim de abril. “Começou com uma dor atrás da orelha e se espalhou pelo rosto, perdi paladar. Depois, no meio de uma reunião on-line, minha boca e meu olho pararam de mexer”, relata.
Foi então que ela procurou atendimento de emergência para descartar a covid. O resultado foi negativo e ela buscou atendimento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). A suspeita é que ela tenha tido paralisia facial periférica em decorrência do vírus herpes zoster.
O tratamento de Clarissa envolveu medicamentos, cirurgia e fisioterapia. Atualmente, ela faz sessões semanais de fisioterapia na Clínica de Saúde Funcional de Sobradinho, além de acompanhamento com otorrinolaringologista e psicóloga em outros locais.
“Na paralisia facial, o fisioterapeuta deve avaliar o paciente minuciosamente, ensinar sobre a sua condição e o que esperar enquanto está se recuperando. Também é importante mostrar o que não deve fazer durante o processo”, explica a fisioterapeuta Tannara Alencar.
Na clínica, ela ressalta que o paciente participa do tratamento de forma ativa e recebe orientações personalizadas para o seu caso. “Ele aprende o que fazer para aliviar a dor ou tensão no rosto e como retreinar os músculos para se moverem de forma simétrica com o lado não afetado”, salienta.
Tannara, que é mestranda na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), estuda a paralisia facial periférica e ressalta a importância de o profissional se manter atualizado para tratar a condição. “É preciso ter conhecimento da patologia, da anatomia facial e seu funcionamento”, aponta. Ela frisa que as fisioterapeutas do ambulatório de neurologia Clínica de Saúde Funcional de Sobradinho passam por atualizações constantes. Atualmente, o local atende 15 pacientes com paralisia facial.
“Considerando que muitos casos não têm resolução espontânea do quadro e que podem evoluir com sequelas importantes, os pacientes com paralisia facial precisam de atendimento com condutas adequadas e atualizadas e, quando possível, dentro de um contexto multidisciplinar”, indica a fisioterapeuta.
Evolução
Clarissa revela que a paralisia impactou vários aspectos da sua vida. Devido ao tempo de tratamento, que já dura meses, ela conta ter ficado desmotivada em vários momentos, mas hoje, com a retomada de alguns movimentos, o ânimo vai aparecendo. “O olho já fecha e um momento de muita emoção foi quando voltou a mexer a boca e sorrir”, comemora.
Ela faz o tratamento em Sobradinho desde maio. “Cheguei aqui sem muita expectativa. Passei pela avaliação e a Tannara foi muito didática. Ela sentou e me deu uma aula. Fiquei encantada, pois a partir dali entendi o que estava acontecendo comigo. Isso me ajuda a continuar. Venho aqui e ela está sempre disposta a tirar todas as minhas dúvidas”, elogia.
Clínica de Saúde Funcional de Sobradinho
A clínica funciona na Quadra 8 – Área Reservada, em Sobradinho. Os pacientes chegam ao local via regulação. Com o encaminhamento médico, pode ir até a unidade básica de saúde mais próxima realizar o agendamento.
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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