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Operação Natal apreende drogas, localiza foragidos e veículos roubados

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Em andamento nas principais estradas do país desde a última quinta-feira (22) pela Polícia Rodoviária Federal, a Operação Natal deste ano já teve apreensão de drogas, recuperação de veículos roubados e detenção de pessoas procuradas pela justiça.

A Operação Natal 2022 segue até amanhã (25), tendo como principal objetivo o de garantir a segurança nas estradas, de forma a prevenir acidentes e preservar vidas nas estradas de todo o país. Entre as ações previstas está o enfrentamento à embriaguez ao volante no período que, tradicionalmente, registra “aumento considerável no fluxo de veículos nas estradas”.

A operação atuará também na fiscalização da velocidade dos veículos, ultrapassagens proibidas e uso de telefone celular pelos motoristas. As abordagens observam também se os ocupantes dos veículos usam o cinto de segurança, além de cadeirinhas e dispositivos de retenção para crianças.

Anfetamina e cocaína

Nas primeiras horas de operação, a PRF apreendeu, em um trecho da BR-364 em Ji-Paraná (RO), um carregamento com mais de 30 quilos de cloridrato de cocaína. A substância estava sendo transportada no compartimento secreto de um Fiat Strada branco por um homem de 36 anos que estava a caminho de São Luiz (MA).

“Rondônia não produz cocaína, mas é um dos estados que faz fronteira com a Bolívia, tornando nosso território um dos corredores de escoamento da produção andina, que é destinada ao rentável mercado europeu”, informou a PRF.

Na sexta-feira, foram apreendidos 72,6 kg de “substância análoga à cocaína” no Tocantins. A droga estava sendo transportada em um compartimento interno de um veículo de Celta branco no município de Guaraí.

Um outro flagrante ocorreu no município baiano de Itaberaba (Bahia), envolvendo um caminhoneiro transportando nove comprimidos de anfetamina (rebite), substância usada para manter motoristas acordados de forma a trabalhar por longos períodos sem descanso.

“Dirigir sob o efeito de substância psicotrópica e não respeitar a lei do descanso são condutas que colocam em risco a segurança de todos que trafegam pelas rodovias federais do país”, informou a PRF, destacando que a Lei 13.103/15 (Lei dos Caminhoneiros) determina o tempo que motoristas profissionais devem descansar. O monitoramento é feito por meio do tacógrafo.

O flagrante ocorreu durante fiscalização da Operação Tiradentes, no Km 225 da BR-242 por volta das 17h de ontem (23). Ao ser constatada a quantidade de horas que o motorista estava dirigindo sem pausa para descanso, os policiais desconfiaram que ele teria feito uso da substância para se manter acordado.

Procurados pela justiça

Também na Bahia (no município de Gandu), um homem com mandado de prisão em aberto por homicídio foi preso na tarde de ontem (23), em um automóvel Celta com placas de Salvador, durante fiscalizações realizadas no km-361 da BR-101.

“Ao serem consultados nos sistemas de segurança os documentos de porte obrigatório, foi verificado que o condutor do veículo, um homem de 29 anos, possuía em seu desfavor um mandado de prisão em aberto decorrente de processo pelo crime de homicídio, ocorrido na cidade de Laje, interior da Bahia. Diante das evidências, foi dada voz de prisão”, detalhou a PRF.

Um outro foragido da justiça – no caso por tráfico de drogas – foi detido pela PRF em Juazeiro (BA) durante as ações de fiscalização na BR-407. Ele dirigia uma caminhonete Saveiro e estava sem documentos.

Ao informar dados pessoais, foi constatada a existência de mandado de prisão em seu nome desde agosto deste ano, a partir de um mandado expedido pela Vara Criminal de Jaguarari (BA). Em maio de 2018 ele havia sido detido por tráfico de drogas.

Veículos recuperados

Em Feira de Santana (BA), a PRF recuperou, na BR-116, um caminhão roubado. Na abordagem, os policiais solicitaram os documentos de porte obrigatório do condutor e do veículo e verificaram que o automóvel possuía restrição de roubo ou furto, registrada no dia 19 de dezembro, na cidade goiana de Formosa.

“O condutor do veículo, homem de 46 anos, informou ter comprado o veículo através de anúncio da internet, na cidade de Barreiras. Afirmou também não ter contato com o suposto vendedor e não possuía comprovante que comprovasse a transação comercial realizada para aquisição do automóvel”, informou a PRF.

Posteriormente, foi constatado que o condutor tinha passagens pelo crime de receptação nos estados do Pará e Tocantins.

Um outro veículo roubado foi recuperado na cidade de Ribeira do Pombal (BA) na tarde de ontem, durante fiscalizações feitas na localidade, próximo ao km 170 da BR 110. Durante a abordagem foi verificado que o automóvel possuía restrição de roubo/furto na cidade de Nossa Senhora do Socorro (SE).

O condutor do veículo, um homem de 36 anos, disse não ter conhecimento da restrição do veículo, e que o estaria utilizando enquanto funcionário de uma empresa há pouco mais de 1 mês.

Na BR-407, em Juazeiro (BA), foi recuperado um veículo Kwid que teria sido furtado em São Paulo. O motorista do veículo foi detido após tentar fugir da fiscalização, desobedecendo uma ordem de parada. Ele então acelerou o veículo e o abandonou em uma rua da cidade.

Segundo a PRF, os policiais o avistaram entrando em uma loja. Após a abordagem, descobriram que tratava-se de um veículo furtado. “O homem alegou que havia adquirido o carro por R$10 mil por acreditar que era um veículo com irregularidades de financiamento”, informou a PRF.

Ontem pela manhã, a PRF recuperou, na BR-104 em Lagoa Seca (PB), um veículo furtado em abril, que estava circulando com “sinais identificadores adulterados”, o que levantou suspeitas de tratar-se de um veículo clonado.

O veículo T-Cross estava em um posto de combustíveis e apresentava uma série de modificações, como suspensão rebaixada, vidro espelhado e roda maior que a original, o que chamou a atenção dos policiais, que resolveram então averiguar se o carro estava de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro.

Durante a abordagem, um homem de 23 anos, se apresentou como proprietário. “Dando prosseguimento à fiscalização, os policiais denotaram que não era somente a estética do carro que estava modificada. Vários elementos de identificação foram adulterados”.
 

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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