Política

O médico e pecuarista Altamiro de Moura Pacheco é o personagem da semana da campanha Por Trás do Nome

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O sobrado imponente na esquina agitada da Avenida Araguaia com a Rua 15, no Centro de Goiânia, foi por décadas, a residência desse homem, que escreveu seu nome na história da cidade, do estado e, em parte, até do País. É ele o destaque dessa semana na série “Por trás do nome”, publicada nas redes sociais da Assembleia Legislativa, mostrando as histórias das escolhas dos nomes de bens públicos e particulares de Goiás. 

Altamiro de Moura Pacheco é daquelas personalidades das quais é quase impossível relatar todos os feitos em prol de Goiás e dos goianos, mais especialmente dos goianienses. Médico e pecuarista, Altamiro teve contribuições em várias áreas: ele ajudou a criar a Faculdade de Medicina, que anos depois, se juntaria às outras faculdades existentes: de Direito e de Farmácia e mais o Conservatório de Música, para dar origem à Universidade Federal de Goiás (UFG). Apesar de seu nome não constar nos registros oficiais, historiadores afirmam que foi ele o responsável por conversar com Juscelino Kubitschek e conseguir a assinatura para a instalação da Faculdade de Medicina em Goiânia. 

No campo da pecuária, além de ser o criador da Sociedade Goiana de Agricultura e Pecuária (SGPA), Pacheco ajudou a melhorar a qualidade do rebanho: ele criava gado de qualidade e vendia matrizes a outros fazendeiros para promover a evolução genética dos animais. Mas, diferente de muitos produtores rurais, em sua grande propriedade, comprada ainda em 1938, nas cercanias da então nova Capital, o médico reservou 70% da área para preservação. Essa vasta extensão de mata preservada deu origem, décadas depois, ao Parque Ecológico de Goiânia, que também leva o nome de Altamiro Moura Pacheco. Homenagem mais que justa. 

O Aeroporto de Goiânia Santa Genoveva e o bairro homônimo da região Norte da cidade, também estão ligados ao personagem, já que foi ele quem doou as terras para a construção, tanto do loteamento, quanto do campo de aviação. Em troca da doação dos terrenos, ele pediu apenas que fosse dado o nome da mãe, por quem nutria uma grande admiração, aos novos investimentos.  

No campo da política, Altamiro de Moura também teve uma atuação importante e fundamental para a mudança da capital federal para o Centro-Oeste do Brasil. Ele foi o homem incumbido pelo então governador, Juca Ludovico, para presidir a Comissão de Cooperação para Mudança da Capital Federal. Altamiro foi o responsável pela desapropriação de terras onde foi construído o novo Distrito Federal.

Cultura goiana

Como se não bastasse esse currículo extenso de realizações, Altamiro de Moura Pacheco deixou, ainda, um grande legado na cultura.  Escritor, membro da Academia Goiana de Letras (AGL) e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, intelectual reconhecido, doou a casa histórica onde morou por vários anos, desde que se mudou para a Goiânia, para a AGL. Além do sobrado, foi doado todo o acervo pessoal de Altamiro, contendo fotos, medalhas, livros da histórica biblioteca, bens móveis e obras de arte que preservam a história de Goiás. 

O sobrado, transformado em Casa de Cultura Altamiro de Moura Pacheco, foi integrado ao patrimônio da academia. Desde a doação, em 1993, foi palco de diversas atividades artísticas, como  lançamentos de livros, palestras, solenidades, festivas e abriu suas portas à visitação pública, servindo assim, ao fim pretendido pelo mecenas. 

Altamiro de Moura Pacheco morreu aos 100 anos, em junho de 1996, mas, com tantos feitos em favor do nosso estado, ficará eternizado não somente nos locais ou prédios públicos que levam seu nome e de sua mãe, mas também na história de Goiás. 

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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