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O dilema da pressão urbana sobre áreas de proteção ambiental

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Foto: Arquivo/Agência Brasília
Os participantes apontaram a importância de regras mais efetivas para a manutenção dessas áreas. O objetivo principal é manter a melhor qualidade de vida para todos | Foto: Arquivo/Agência Brasília

Em mais de duas horas de debate na quinta reunião da série Encontros para Pensar o Território, representantes da sociedade civil organizada e técnicos do GDF discutiram soluções para evitar que áreas ambientalmente protegidas e de mananciais sofram com a ocupação urbana, que causa desde a poluição do solo e da água até incêndios florestais.

“A partir do momento em que essas áreas começam a ser ocupadas, há queda na qualidade da água ou até mesmo a morte de córregos e riachos. Será que o direito à moradia deve se sobrepor às nossas necessidades básicas de abastecimento de água?”Giselle Moll, secretária executiva da Seduh

O evento foi promovido de forma virtual pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), nessa quarta-feira (14). O tema foi a Pressão da ocupação urbana em Áreas Ambientalmente Protegidas e Áreas de Proteção de Manancial, escolhido por voto popular para o eixo temático Meio Ambiente e Infraestrutura. Esse é um dos oito eixos abordados na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot).

Os participantes apontaram a importância de regras mais efetivas para a manutenção dessas áreas. O objetivo principal é manter a melhor qualidade de vida para todos, já que locais protegidos ambientalmente e com mananciais garantem a qualidade do clima, do solo, do ar e, também, o abastecimento de água para todo o Distrito Federal.

“A partir do momento em que essas áreas começam a ser ocupadas, há queda na qualidade da água ou até mesmo a morte de córregos e riachos. Será que o direito à moradia deve se sobrepor às nossas necessidades básicas de abastecimento de água?”, questionou a secretária executiva da Seduh, Giselle Moll.

A reunião é virtual e acontece semanalmente. O próximo encontro está agendado para próximo dia 22

Ao longo dos debates, os participantes também fizeram mais sugestões para reduzir as ameaças a esses espaços. Entre elas, a contenção das ocupações irregulares por parte do governo e da população; a previsão de áreas para a recuperação ambiental, com recomposição da vegetação nativa; a criação de um cinturão protetivo reservado ao zoneamento de empreendimentos agrícolas sustentáveis e orgânicos; e parte da verba adquirida pela expansão urbana sendo direcionada à gestão das unidades de conservação (UCs).

“Sugerimos ainda a inclusão das normas das Zonas de Amortecimento no Pdot, evitando a instalação de atividades potencialmente poluidoras e garantindo a preservação e consolidação dos corredores ecológicos e conectividade entre as UCs e demais áreas protegidas”, destacou Pedro Braga, um dos participantes.

Dinâmica

A dinâmica do encontro foi dividida em quatro etapas. Na primeira fase, foi feito um breve resumo sobre a importância das Unidades de Conservação e das Áreas de Proteção de Manancial (APM). Foram apresentados, respectivamente, por servidores do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Logo depois, os participantes foram divididos em três salas virtuais, onde foram discutidos cenários e problemas diferentes envolvendo as APMs e as UCs, como os conflitos causados pela ocupação em áreas de proteção ambiental. A partir disso, sugestões foram colhidas pelos organizadores do evento.

As contribuições feitas pela população foram recebidas pela equipe da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, responsável pela organização do encontro. Todas serão avaliadas e incorporadas à revisão do Pdot, instrumento essencial para a política territorial do Distrito Federal.

Próximo encontro

O próximo encontro está agendado para o dia 22 de abril, quando será abordado o tema Qual o impacto dos imóveis vazios e subutilizados na cidade e como combatê-lo. O assunto está dentro do eixo temático Gestão Social da Terra.

As reuniões serão sempre virtuais, às 18h30, e abertas a toda a população, com um link de acesso disponibilizado dias antes no portal do Pdot. Os encontros estão sendo realizados semanalmente.

Confira as datas dos próximos encontros:

*Com informações da Seduh

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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