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‘O DF sente o valor dos servidores nesse momento difícil’
Uma cidade bem-cuidada passa por uma boa administração pública, que inclui a atividade zelosa dos servidores públicos. Disso o governador Ibaneis Rocha sabe bem e por isso faz questão de tratar com carinho e respeito todas as categorias. Em entrevista à Agência Brasília concedida no Dia do Servidor, comemorado nesta quinta-feira (28), ele destaca a importância do funcionalismo do DF.
“Foi graças ao empenho do servidor que o GDF não parou durante essa pandemia, mantendo serviços importantes para a população, ampliando e acelerando as obras públicas para ajudar a gerar empregos”, afirma Ibaneis. “O DF sente o valor dos servidores nesse momento difícil. Fiquei orgulhoso do empenho de todos.”
O governador destacou medidas como o cumprimento em dia do calendário de pagamentos, o investimento em qualificação do corpo técnico com a criação do curso superior em gestão pública e o lançamento do plano de saúde dos servidores após décadas de reivindicações. Ibaneis Rocha ainda falou sobre os planos para o Centro Administrativo em Taguatinga e as novas nomeações de concursados. Garantiu, também, que a terceira parcela do reajuste será paga em abril de 2022.
Confira, abaixo, a entrevista.
Quem é o servidor público do GDF? Como o senhor enxerga a força dessa mão de obra que serve nossa população?
Passei toda a minha vida como advogado, defendendo os interesses do servidor público. Sei do valor dessas pessoas, dessas categorias, e é por este motivo que temos valorizado tanto o trabalho deles em nosso governo. Já nos primeiros meses de gestão, eu garanti que não teríamos atraso em pagamento de salários e benefícios – o que temos cumprido, mesmo nesse cenário difícil em todo o mundo. E foi graças ao empenho do servidor que o GDF não parou durante essa pandemia, mantendo serviços importantes para a população, ampliando e acelerando as obras públicas para ajudar a gerar empregos. O DF sente o valor dos servidores nesse momento difícil. Fiquei orgulhoso do empenho de todos.
“Se o servidor estiver bem, a população é quem ganha. Estamos modernizando toda a carreira administrativa, tudo no sentido de prestar o melhor serviço ao público”
Quais investimentos foram feitos para qualificar esse público?
Durante muito tempo, o servidor ficou meio abandonado, sem muitas condições de ascender, sem motivação para trabalhar melhor pela sociedade. Assim, nós passamos a oferecer uma série de cursos e palestras visando não apenas ao trabalho, mas ao bem-estar de todos em nível pessoal. Até uma academia de ginástica foi instalada. Se o servidor estiver bem, a população é quem ganha. Está aí a Escola de Governo, que ganhou mais força, que oferece diversos cursos, desde libras até o curso superior em gestão pública e muitos outros, sempre visando ao aperfeiçoamento dos nossos servidores. E houve outras compensações para corrigir injustiças que perduravam havia anos. Na área da saúde, por exemplo, além de pagar a Gratificação de Atividade Técnico-Administrativa, a Gata, que havia mais de 10 anos era devida, estamos modernizando toda a carreira administrativa, tudo no sentido de prestar o melhor serviço ao público.
Se o senhor pudesse eleger uma grande ação para os servidores nesses três anos, o que destacaria?
Acredito que foi a conquista do plano de saúde, que vinha sendo prometido havia décadas e não saía do campo das intenções. Nos empenhamos muito para que pudéssemos oferecer um dos melhores planos do mercado e que ainda está sendo aperfeiçoado para que a gente possa ampliá-lo, melhorá-lo. Em alguns dias, poderemos oferecer uma opção um pouco mais barata para que todos possam ter acesso ao plano, e vamos oferecer atendimento, inclusive em outros estados. Mas outra grande vitória do servidor é a garantia do pagamento da terceira parcela do reajuste, que também era devida havia muitos anos, mas que conseguimos equacionar, embora tenhamos recebido o governo em uma situação financeira muito difícil. Será pago no ano que vem em um esforço enorme, a partir de um trabalho muito bem-feito dos servidores da Secretaria de Economia. O impacto na folha é imenso, mais de R$ 1,2 bilhão por ano, mas os servidores merecem. Entre os militares, fizemos a redução do interstício, uma antiga reivindicação das forças, para que as promoções se deem de maneira mais justa.
Um plano de saúde no meio da pandemia é uma conquista e tanto. Como está o GDF Saúde?
O plano de saúde foi um desafio que eu abracei desde o primeiro dia de governo. Estudamos diversos formatos, inclusive a adesão a planos já existentes, mas optamos pelo modelo atual, que, como eu disse, está em permanente aperfeiçoamento, com a vantagem que temos a gestão sob nosso controle. Já temos quase 50 mil adesões, mas vamos ampliar mais ainda e oferecer o plano para todas as faixas salariais, sempre com uma ampla cobertura hospitalar. O índice de satisfação dos servidores com o plano supera os 94%, segundo uma pesquisa que fizemos, o que mostra que acertamos no modelo.
Dois grandes questionamentos são o atendimento apenas regionalizado e o preço das mensalidades. Como resolver isso? Como o governo pode melhorar o plano nesses pontos?
É um plano novo. Todas as sugestões estão sendo estudadas, e o plano vai passar por revisões, como acontece sempre, para que seja melhor a cada dia. Em alguns dias, vamos começar a oferecer atendimento nacional, e o segurado vai poder ser atendido em qualquer estado. Também teremos outra linha de atendimento, mais barata, para que mais pessoas possam ser beneficiadas.
“Em alguns dias, vamos começar a oferecer atendimento nacional, e o segurado vai poder ser atendido em qualquer estado”
O pagamento da terceira parcela dos servidores públicos é uma promessa de campanha que o senhor vai cumprir em abril de 2022. Como foi possível fazer isso mesmo depois de uma pandemia?
A parcela tem que ser paga, é um direito dos servidores. Mas foi preciso fazer um esforço muito grande para recuperar as finanças do governo, o que demorou algum tempo. O esforço dos servidores da Secretaria de Economia, comandados pelo André Clemente, ele próprio servidor de carreira, é que possibilitou o resgate da capacidade de pagamento do GDF e a consequente recuperação econômica, que resultou na possibilidade do pagamento da terceira parcela. É um impacto de R$ 1,3 bilhão na folha de pagamento – R$ 100 milhões por mês –, o que demonstra que o trabalho foi muito bem-feito.
Outro compromisso foi o pagamento dos precatórios. Quanto já foi negociado?
É outra pendência de muitos anos que estamos resolvendo. Já negociamos R$ 2,4 bilhões em precatórios, R$ 2 bilhões ainda este ano. É um esforço que também está sendo possível por causa da recuperação econômica. É um trabalho amplo, esse de regularização das pendências e débitos acumulados muitas vezes há décadas, que não eram resolvidos. É mais ou menos como o que estamos fazendo nas cidades todas, recuperando os espaços públicos que estavam abandonados, deixados de lado. Na administração, também estamos fazendo um trabalho de renovação.
E o Centro Administrativo de Taguatinga [Centrad]? Ainda há intenção de transferir os órgãos públicos para lá? O senhor irá também?
Estamos primeiramente terminando as negociações com o consórcio que construiu o Centrad e os bancos que financiaram a obra. Já estamos bem adiantados. Não nos interessa o modelo anterior de gestão, com a administração do local terceirizada; preferimos partir para a compra dos prédios que estão em terreno na Terracap e ficarão sob nossa responsabilidade. Depois de fechado o negócio, vamos ver o que será transferido para lá. Claro que terei um gabinete para despachar de lá. O importante é que a região será muito valorizada e vamos economizar muito em aluguéis, mas sem perder a qualidade do serviço ao público, principal missão do servidor.
O senhor é um dos governadores que mais nomearam servidores concursados até hoje. Foram mais de 18 mil novos servidores, entre efetivos e temporários. O senhor acredita que o processo seletivo é o melhor caminho para ingressar no serviço público?
O processo seletivo por concurso público é o mais justo. Premia quem se preparou melhor, o que ajuda a qualificar o corpo dos servidores público do GDF. Já temos um grupo de muito gabarito, pessoas qualificadas e que estão podendo se aperfeiçoar permanentemente com os cursos que são oferecidos. Quando a pessoa faz um concurso, mostra que quer entrar no serviço público; é uma questão de índole, de escolha pessoal, que se reflete em um trabalho mais dedicado, que é o que todos esperam. Nomeamos muitos servidores para recompor diversas carreiras e sigo nesta certeza de que o melhor para a sociedade é ter pessoas mais bem-preparadas em todos os postos. Ainda teremos mais nomeações este ano, até que todas as carreiras sejam recompostas, porque o cidadão merece um serviço público de qualidade.
Existe a intenção de chamar mais concursados? O senhor acha que vai dar tempo de lançar novos concursos públicos ainda em 2022?
Vamos nomear de acordo com a necessidade, sempre respeitando o limite prudencial determinado pela lei. Esta semana mesmo estamos nomeando 118 servidores para a Secretaria de Desenvolvimento Social. Recentemente, nomeamos mais de 396 servidores para a Saúde. Outras nomeações virão. Sobre concurso, estamos analisando as necessidades; já há pedidos, e estamos estudando o que será feito, definindo prioridades.
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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