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O canto que acalma os pacientes mentais no Riacho Fundo

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Com o objetivo de criar interação com os pacientes, acolher e diminuir a ansiedade de cada um, o projeto Meu Canto foi retomado nesta terça-feira (3) no Instituto de Saúde Mental (ISM), no Riacho Fundo. Enquanto aguarda atendimento no ambulatório, o público pode se distrair com uma dupla de cantores in loco.

Criado há três anos, o projeto ficou parado devido à pandemia. Após cada música, abre-se um debate para que todos participem e coloquem ideias e percepções para o grupo presente sobre as letras e significados. A atividade é oferecida todas as terças-feiras, às 8h30.

A música fica por conta dos psicólogos Aristóteles de Oliveira e Simone Duarte. Eles cantam as canções e propõem as reflexões para os pacientes | Foto: Geovana Albuquerque/Secretaria de Saúde

“Este é um projeto muito bacana, música é vida e este é um momento de leveza, em que todos os pacientes e servidores começam o dia com alegria e tranquilidade. Além disso, é um projeto que acolhe, traz confiança e liberdade de expressão para os pacientes, que se sentem à vontade para expor suas ideias. O maior foco é a interação do paciente, pois a música ajuda até mesmo em seu prognóstico”, explica o diretor de Atenção Secundária da Região Centro-Sul, Thiago Braga.

A musicoterapia foi implantada na Região Centro-Sul por ideia da superintendente Flávia Oliveira e também ocorre no Hospital Regional do Guará há um ano. 

Iniciativa

Nesta terça-feira as músicas escolhidas para serem cantadas foram Mais Uma Vez (Renato Russo) e Anunciação (Alceu Valença).

O paciente Robson José da Silva, de 42 anos, gostou muito de participar do projeto Meu Canto. “Essa é uma iniciativa maravilhosa, um momento de acolhimento que é tão bom que a gente nem vê o tempo passar enquanto espera para ser atendido. Achei essa iniciativa muito legal, acho que deveria ser implantado em todos os hospitais”, avalia.

A música fica por conta dos psicólogos Aristóteles de Oliveira e Simone Duarte. Eles cantam as canções e propõem as reflexões para os pacientes. “A arte sempre foi utilizada como terapia, sempre investimos em arte como método terapêutico. O principal objetivo do Meu Canto é relaxar os pacientes em um momento de leveza e tranquilidade, reduzir a ansiedade para que eles cheguem nas consultas mais tranquilos e menos introspectivos, pois já foram estimulados com a música”, ressalta Aristóteles.

Simone acredita que o Meu Canto possui dois vieses, sendo um voltado para o lugar de expressão, de cantar, e o outro no sentido de lugar no mundo, de existir e ser importante. “Queremos que as pessoas entendam que elas têm seu lugar e podem ser ouvidas. A música alcança isso”, conclui.

O Instituto de Saúde Mental possui equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais e atende pacientes regulados que estejam com quadro clínico estável.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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