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Não descarte medicamentos no lixo comum

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Medicamentos vencidos ou descartados devem ser entregues pela população em qualquer unidade básica de saúde do DF| Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Por falta de conhecimento, muita gente joga medicamentos que passaram da data de validade ou que sobraram de algum tratamento no lixo comum para serem recolhidos pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O descarte acaba indo para o aterro sanitário, o que traz risco à saúde, prejuízos ao meio ambiente e não é a melhor forma de dar fim aos produtos.

A maioria das pessoas não sabe, mas o GDF mantém contrato com uma empresa para recolher e dar a correta destinação a esse material: a incineração. Os medicamentos vencidos ou descartados devem ser entregues pela população em qualquer unidade básica de saúde do DF. Desta forma, a empresa contratada faz a coleta dos produtos, o transporte, o tratamento – etapa destinada a destruir, descaracterizar e desinfetar os resíduos de serviços de saúde.

A população também pode deixar os medicamentos nas farmácias que, por meio da Lei Distrital nº 5092/2013, são obrigadas a recebê-los e encaminhá-los para o descarte adequado.

O cuidado deve ser tomado com cartelas de comprimido, vidros de xarope, tubos de pomada, seringas e agulhas. O ideal é manter os medicamentos, vencidos ou não, em suas embalagens originais. As cartelas, por exemplo, são chamadas de embalagem primária e devem ser mantidas fechadas até a entrega nos postos de coleta para não serem manipuladas.

“Os medicamentos, se descartados de maneira inadequada, podem chegar a um aterro sanitário e provocar contaminação do chorume produzido pelos demais resíduos. Isso pode gerar a contaminação do lençol freático e dos corpos d’água, como rios, lagos e oceanos”Glauco Amorim da Cruz, coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Sema

Vidros de xarope só podem ser jogados no lixo reciclável se estiverem vazios. O líquido, porém, não pode ser jogado na pia ou no vaso sanitário, pois os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar algumas substâncias que acabam contaminando o meio ambiente. O mesmo vale para tubos de pomada, que, cheios, exigem um descarte especial, mas, vazios, podem ser jogados no lixo. “É igual tubo de pasta de dente”, afirma a enfermeira da Gerência de Medicamentos e Correlatos, da Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde (Divisa/SES), Kleyca Martins.

Os objetos perfurocortantes, como agulhas, devem ser guardados dentro de embalagens resistentes, como latas e recipientes plásticos para eliminar o risco de acidentes, e só devem ser descartados nos postos de coleta. Também é recomendável levar seringas para as unidades básicas de saúde. “Os resíduos biológicos são infectantes, então, a gente tem que segregar a seringa de maneira diferente”, explica Kleyca. Segundo a enfermeira, as caixas de papel, chamadas de embalagem secundária, assim como as bulas, não têm contato direto com o medicamento. Portanto, não são tóxicas e podem ser descartadas no lixo reciclável.

Prejuízos ao meio ambiente

Os medicamentos têm substâncias que podem ser tóxicas ou se tornar tóxicas após a sua decomposição e, por isso, devem ter uma destinação adequada. “Os medicamentos, se descartados de maneira inadequada, podem chegar a um aterro sanitário e provocar contaminação do chorume produzido pelos demais resíduos”, explica Glauco Amorim da Cruz, coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema). “Isso pode gerar a contaminação do lençol freático e dos corpos d’água, como rios, lagos e oceanos”, acrescenta.

Assim, os resíduos podem contaminar a água e o solo, podendo afetar peixes e outros organismos vivos, além de pessoas que bebem dessa água, se alimentam desses animais contaminados ou comem frutas e legumes cultivados em solo infectado. O procedimento também coloca em risco pessoas que entram em contato direto com o resíduo, como garis e catadores.

O esforço para orientar o brasiliense a dar a correta destinação aos resíduos que produz envolve a Sema. A equipe da pasta mapeou os pontos de entrega voluntária em todo o DF onde há a coleta de resíduos especiais, como eletroeletrônicos, pilhas e baterias, vidro, chapas de raio-X, além dos medicamentos. O mapa pode ser acessado no link http://sema.df.gov.br/pontos-de-entrega-voluntaria-pevs/.

“Percebemos o baixo grau de conhecimento da população sobre a existência de locais apropriados para o descarte desses resíduos especiais”, diz Glauco. “Esse esclarecimento é de extrema relevância, pois o descarte inadequado no lixo comum ou na rede de esgoto pode contaminar o solo e as águas, superficiais ou subterrâneas”, acrescenta o analista ambiental.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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