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MP arquiva inquérito que apurava maus tratos e torturas a presos em Goiás

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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) concluiu que não existem irregularidades ou omissão a ser apurada, tampouco ato de improbidade administrativa, na denúncia de maus tratos e torturas aos presos do sistema prisional de Goiás, especialmente os do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O arquivamento do inquérito civil público foi pedido pelo promotor de Justiça Fernando Krebs, em substituição na 25ª Promotoria de Justiça, que tem, entre suas atribuições, a fiscalização da execução penal.

“Os presos têm sido tratados com respeito aos seus direitos. São fornecidas três refeições diárias e, em alguns presídios, até quatro. Os detentos têm acesso a água potável e a uniformes do sistema penitenciário, além de material de higiene, os quais, quando não são fornecidos pelo próprio Estado, é franqueado aos parentes dos encarcerados fornecê-los”, diz trecho do documento do MP.

A denúncia da Comissão Pastoral Carcerária foi realizada tendo como base reportagem do jornal O Popular, de janeiro deste ano. A partir daí, Fernando Krebs inspecionou as maiores unidades prisionais do Estado, quando verificou a qualidade da alimentação servida aos presos, as condições de trabalho nas indústrias, o sistema para realização de videoconferências e os serviços de assistência à saúde, dentre outros.

“Eu tinha uma impressão errada do sistema prisional. Eu acho que o Estado mudou muito. A criminalidade despencou em Goiás, e muito tem a ver com essa retomada do sistema prisional. Esse trabalho que vocês estão fazendo é fantástico e o que temos que fazer é ampliá-lo ao máximo”, afirmou o promotor, durante visita ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, aos gestores da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária.

Líderes de facções criminosas

Durante as visitas, Fernando Krebs observou uma “sensível e inegável melhora no sistema prisional goiano, a começar pela retomada do mesmo pelo Estado”.

Segundo ele, em trecho do documento arquivando a denúncia, “muitas unidades prisionais, e elas são 97 em todo o Estado de Goiás, eram comandadas pelos próprios presos e pelo crime organizado. O Estado retomou o controle dos presídios ao isolar os líderes de facções criminosas. Estes membros foram relocados para os presídios estaduais, especialmente os de segurança máxima de Planaltina de Goiás e o Núcleo de Custódia. Esta medida de suma importância propiciou ao Estado a retomada dos presídios goianos.”

Fernando Krebs também comentou sobre a transparência dos atos realizados pela DGAP. “Hoje, não só o MP, mas a Defensoria Pública e a OAB promovem visitas rotineiras aos presídios, sem risco a segurança dos visitantes. Não há mais notícias de motins e rebeliões de presos como outrora.”

A representante do Conselho de Segurança da capital, Adriana Reis, também visitou o Complexo Prisional em março e falou sobre os avanços na segurança penitenciária. “Estou impressionada e deslumbrada com a mudança. Os desafios são enormes, porém, foi a primeira vez que vi de perto a vontade de fazer a mudança acontecer. Visitei a ala reformada. Com custo baixo, eles conseguiram fazer uma organização que protege tanto o policial quanto o próprio apenado”, afirmou.

Investimentos

Diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires lembra que o Governo de Goiás vem investindo pesado na melhoria da infraestrutura das unidades prisionais. “Desde 2019, a administração penitenciária de Goiás já recebeu mais de R$ 20 milhões em investimentos. Os recursos foram utilizados em reforma de estrutura física e construção de unidades prisionais, aquisição de armamentos e munições, novas viaturas e ressocialização dos detentos”, revela.

O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sofreu grande transformação nos últimos três anos. Além de retirar os pontos de energia, as unidades prisionais receberam investimentos em melhorias na infraestrutura, novos equipamentos de segurança, armamento para os policiais penais, aplicação do POP (Procedimento Operacional Padrão) e remanejamento de detentos.

Esses investimentos refletem diretamente no controle do cárcere. De dezembro de 2018 a dezembro de 2021, o número de fugas caiu 70,7% – de 65 ocorrências para 19. No mesmo período, a quantidade de foragidos reduziu 94,3%, de 354 para 20.

Fonte: Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP)

Fonte: Governo GO

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Ação Social

Agehab começa construção de casas a custo zero em 43 novos municípios

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Ordens de serviço para início das primeiras obras já estão assinadas. São mais 1,7 mil moradias nos próximos meses com investimento de R$ 310 milhões

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), dá início ainda este mês às obras de mais 1,7 mil casas a custo zero, em 43 novos municípios (confira lista abaixo). As moradias devem ser entregues nos próximos meses. As ordens de serviço (OS’s) para os primeiros 15 canteiros de obras já estão assinadas, o que significa liberação imediata para as construtoras iniciarem os trabalhos.

Em maio, vão ser assinadas outras 18 ordens de serviço e mais 10, em junho. De acordo com o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, o volume do trabalho realizado hoje pela Agência é histórico, já que nunca antes na trajetória das políticas públicas estaduais de habitação foram construídas tantas unidades habitacionais. “O mais significativo é que a gestão Ronaldo Caiado chegou a um número inédito de unidades a custo zero e com qualidade. Qualquer cidadão que visitar um dos nossos canteiros poderá observar o alto padrão em que estão sendo empregados os recursos do contribuinte goiano”, destaca o gestor.

Baldy ressalta também que estes resultados se alinham com a determinação do governador de ampliar e facilitar o acesso às políticas de habitação de interesse social de Goiás especialmente para a famílias que mais precisam. “Tanto o governador como a primeira-dama Gracinha Caiado, que é a coordenadora do Goiás Social, fizeram do atendimento social no Estado uma prioridade”, sublinha.

Para o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales, todos os esforços estão focados nesses objetivos com uma preocupação adicional: atender todos os municípios goianos, contribuindo assim para o desenvolvimento de todas as regiões. “É uma diretriz da gestão Caiado estar presente em todos os cantos de Goiás com atendimentos sociais, entre os quais está inserida a habitação”, frisa. Com essas novas moradias a custo zero, iniciadas agora, lembra o secretário, estão sendo injetados na economia goiana mais de R$ 310 milhões de investimentos, provenientes do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege).

Com estes novos municípios, o programa Pra Ter Onde Morar – Construção/Casas a Custo Zero teve um crescimento de mais de 10%, expandindo sua presença de 130 para 144 cidades atendidas pelo programa, que passa a alcançar 58% dos 246 municípios que integram o Estado. Além disso, houve um aumento de aproximadamente 22% na quantidade de unidades habitacionais contratadas.

Para ser atendido, o município precisa propor ao Estado a cessão de terreno regularizados para a construção das unidades. “O Governo de Goiás quer atender todos, sem exceção. Basta que os prefeitos entrem na parceria com a Agehab, oferecendo os espaços urbanos regularizados para a construção das unidades”, salienta Alexandre Baldy.

Novos canteiros de obras:
Água Limpa, Bela Vista de Goiás, Bonópolis, Bom Jardim, Buriti Alegre, Caiapônia, Carmo do Rio Verde, Cezarina, Cristianópolis, Cromínia, Cumari, Diorama, Estrela do Norte, Faina, Formoso, Goiandira, Hidrolândia, Itauçu, Itapaci, Jataí, Jaupaci, Jesúpolis, Matrinchã, Mutunópolis, Nova Crixás, Novo Brasil, Novo Gama, Novo Planalto, Padre Bernardo, Quirinópolis (Módulo III), Quirinópolis (Módulo IV), Rubiataba, Santa Fé de Goiás, Santa Rita do Novo Destino, São Domingos, São Luís dos Montes Belos, Silvânia, Taquaral de Goiás, Turvelândia, Uruana, Vianópolis, Vila Boa, Vila Propício.

Fotos: Octacílio Queiroz / Agência Goiana de Habitação – Governo de Goiás

 

 

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