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Mostra vai eleger os melhores morangos produzidos no DF

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Público poderá acessar a exposição e conferir pelo menos oito tipos de morango, como Caminho Real, San Andreas, Oso Grande, Portola e Albion

Começa nesta sexta-feira (10) a Mostra do Morango, na Feira do Morango de Brasília, em Brazlândia. Cerca de 140 agricultores participam com a exposição de amostras de morangos produzidos em suas propriedades. O objetivo é apresentar ao público a produção local e incentivar a melhoria do cultivo por meio da avaliação técnica dos produtos.

Às 15h, jurados convidados pela Emater-DF vão avaliar 190 amostras de morangos e eleger os melhores dentro dos requisitos estabelecidos em regulamento, como conformação anatômica (forma), consistência (padrão Ceasa de comercialização), tamanho, coloração e peculiaridades de cada cultivar.

Jurados convidados pela Emater-DF vão avaliar 190 amostras de morangos e eleger os melhores dentro dos requisitos estabelecidos em regulamento

A partir das 18h, o público poderá acessar a exposição, dentro do galpão da Associação Rural e Cultural de Alexandre de Gusmão, e conferir pelo menos oito tipos diferentes de morango, como Caminho Real, San Andreas, Oso Grande, Portola e Albion.

Morangos com qualidade

Para ter sucesso na produção, a gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Emater-DF, Adriana Nascimento, diz que é importante que o produtor adquira mudas certificadas e fiscalizadas, com origem de material sadio e tamanho correto.

Também é preciso fazer o plantio na época certa, pois o morangueiro é uma planta muito sensível às condições climáticas; ter cuidados com irrigação e qualidade da água; usar sistema de cobertura de solo de acordo com as cultivares e manter atenção ao controle de pragas e doenças.

226produtores cultivam morango no DF, divididos entre produção convencional e orgânica

Desenvolvimento da produção

A cultura do morango foi introduzida no Distrito Federal na década de 1970 por agricultores japoneses vindos da região de Atibaia (SP), assentados pelo Incra, no Projeto Integrado de Colonização Alexandre de Gusmão (Picag) na região administrativa de Brazlândia.

O cultivo começou em pequenas áreas e com baixo nível tecnológico. Como a demanda pelo produto cresceu, aumentou também a necessidade da procura por alternativas de produção que atendessem essa demanda crescente.

Técnicos da Emater-DF reconheceram o potencial econômico da cultura para a região e difundiram inovações tecnológicas, introduzindo também novas cultivares, o que possibilitou um salto de produção e qualidade no início da década de 1990.

Em 1995, quando foi realizada a primeira edição da Festa do Morango, eram 60 hectares de produção. Atualmente, a área produtiva é de 150 hectares, gerando cerca de dez empregos diretos por hectare, principalmente na colheita e embalagem, fase que requer trabalho intenso dos produtores e trabalhadores.

Atualmente, 226 agricultores cultivam morango no DF, divididos entre produção convencional e orgânica. Desses, aproximadamente 95% estão na região de Brazlândia.

*Com informações da Emater-DF

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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