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Modo de Fazer Viola de Cocho é revalidado como Patrimônio Cultural

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O Modo de Fazer Viola de Cocho (MT e MS) e a Cachoeira do Iauaretê – Lugar Sagrado dos Povos Indígenas dos Rios Uaupés e Papuri (AM) – tiveram revalidados seus títulos de Patrimônio Cultural do Brasil. As decisões foram aprovadas, por unanimidade, na durante a 99ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada ontem (9).

Os bens culturais registrados devem passar, pelo menos a cada dez anos, por processos de revalidação dos títulos de Patrimônio Cultural. “O objetivo é atualizar informações sobre o bem cultural, avaliar a efetividade das ações de apoio e fomento, e conhecer mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, entre outras questões que contribuem para a continuidade da salvaguarda desses patrimônios’, destaca nota do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O conselho consultivo é composto por representantes de instituições públicas e privadas,  por representantes da sociedade civil e presidido pelo Iphan. Ele examina, aprecia e decide sobre questões relacionadas a tombamentos e registros de bens culturais de natureza imaterial.

Segundo o instituto, no último mês foram realizadas reuniões junto a pesquisadores e comunidades detentoras dos dois bens para formatação de um parecer técnico de revalidação. Esse documento foi colocado em consulta pública e, encerrado o prazo, o parecer e as manifestações da população foram apreciadas pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial, que recomendou pela revalidação dos títulos. O último passo foi a votação pelas revalidações no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Viola de Cocho

O Modo de Fazer Viola de Cocho, tradicional nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é registrado como Patrimônio Cultural do Brasil desde dezembro de 2004. O bem cultural envolve a  produção artesanal do instrumento musical, que é esculpido em uma tora de madeira inteiriça e resultado dos saberes que orientam o manejo das matérias-primas típicas da região Centro-Oeste como o sarã-de-leite, ximbuva e o cedro. 

As comunidades detentoras desses conhecimentos são compostas pelos mestres artesãos que produzem a viola – um elemento fundamental nas rodas de cururu e siriri da região pantaneira.

Cachoeira Iauaretê

A Cachoeira de Iarauetê, também conhecida como Cachoeira da Onça, está localizada na região do Alto do Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, e está  registrada como Patrimônio Cultural do Brasil desde fevereiro de 2006, sob o título de Lugar Sagrado dos Povos Indígenas dos Rios Uaupés e Papuri.

O lugar é referência para povos indígenas da região banhada pelos dois rios, a maioria de filiação linguística Tukano Oriental, Aruak e Maku. A cachoeira reúne pedras, lajes, ilhas e paranás que simbolizam episódios de guerras, morte e aliança em mitos de origem e narrativas históricas desses povos, como a criação da humanidade e o surgimento de suas respectivas etnias.

*Com informações do Iphan

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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